#pracegover: rapaz com fones de ouvido, atravessando a rua e alguns automóveis ao fundo

Mais acessibilidade à vista (e aos ouvidos)

Alex Mendes
Reticências
Published in
3 min readOct 20, 2018

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Há pouco tempo escrevi alguns artigos para o blog do Portal Unimed. O primeiro falava sobre a acessibilidade nos meios digitais. O outro descrevia ações globais em que a tecnologia foi empregada em prol do ser humano.

E hoje, enquanto cozinhava, decidi retornar à minha lista de podcasts e encontrei mais duas opções de tecnologia que estão ampliando a acessibilidade e a inclusão social.

Áudio Acordes

A Samsung lançou um sistema prático e intuitivo que ensina pessoas com deficiência visual a tocarem violão.

Material de divulgação da campanha de lançamento do aplicativo Áudio Acordes — app elaborado para ensinar pessoas sem visão a tocar violão. #pracegover: um celular com o aplicativo áudio acordes, ao fundo uma pessoa com um violão.

Essa é mais uma das ações da sulcoreana que, alinhada com seu conceito "Do What You Can't", sai na frente com um aplicativo que usa o sistema de voz para ditar acordes. Ao ouvir a música e o acorde juntos, a pessoa com deficiência visual ganha mais liberdade para tocar sem precisar ler partituras em braille.

Com um acervo que vai do Pop ao Rock, do Funk à MPB, do Samba ao Sertanejo, o Áudio Acordes pretende oferecer momentos de interação da pessoa cega ou com baixa visão com um instrumento. Além disso, a metodologia do sistema possibilita que videntes também aprendam a tocar violão e a se conectarem com outras pessoas através da música.

Com metodologia elaborada pela Samsung, o aplicativo instrui desde posições dos dedos até ouvir e identificar notas e acordes #pracegover: tela do site da samsung com um acorde ilustrado demonstra a metodologia do aplicativo Áudio Acordes

- 6,5 milhões de pessoas no Brasil possuem alguma deficiência visual

- 10% das pessoas cegas no Brasil sabem ler o braille

O Áudio Acordes faz parte do escopo de projetos sociais próprios da Samsung (Samsung Social) que aborda educação, acessibilidade e empoderamento feminino.

Audima

Com rotinas cada vez mais apressadas, nós mal conseguimos parar para ler aquele artigo curto que salvamos nos favoritos.

A praticidade do acesso à informação e o impacto que isso pode gerar foram as principais motivações de Paula Pedroza, idealizadora da startup Audima — desenvolvedora de uma tecnologia que torna audível qualquer texto de um site. Paula foi selecionada para uma aceleração no Vale do Silício e maturou seu projeto dentro GSV Labs (aceleradora de startups).

A tecnologia possui a mesma lógica dos audio books: muitas pessoas preferem ouvir determinado conteúdo por estarem ocupadas com tarefas paralelas. No entanto, a Audima está fazendo a diferença na vida de pessoas cegas, de baixa visão, idosos, analfabetos funcionais e analfabetos. O que antes era apenas uma questão de praticidade, está se tornando uma ferramenta de inclusão e navegabilidade :)

Há uma conscientização no mundo todo de que empresas que buscam impacto social também podem ser lucrativas. E a gente é isso. Somos super atraentes para investidores — Paula Pedroza

Para transformar o conteúdo textual em áudio, basta instalar o player da startup no código do site e a mágica estará feita :) Aparecerá um botão indicando "Ouça este conteúdo" e é só dar o play!

O plugin se destaca pelos tipos de vozes que podem ser configuradas e acaba fugindo de uma voz metalizada e robótica (nada agradável, convenhamos!)

  • O player da Audima foi visualizado 250 milhões de vezes em menos de um ano
  • O serviço foi utilizado 8 milhões de vezes
  • Média que um site paga pelo plugin: R$ 19,90
  • A startup possui planos para levar o serviço para mobiles
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Este é mais um artigo sobre acessibilidade. Se você se identifica com o assunto e quer saber mais, é só clicar em "follow". Quer comentar algo? Sugerir? Fique à vontade ˆˆ

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Alex Mendes
Reticências

Publicitário, nortista e designer que trabalha com UX e adora livros.