Testadores que influenciaram minha carreira em testes de software
Muitos me perguntam como foi minha trajetória em testes de software e quem foram os principais influenciadores dela, quem eu sigo e quem eu costumo ler. Nesse post falo sobre quem são essas pessoas e o por que você deveria seguí-las também.
Testadores que influenciaram o início de minha carreira
2008 foi o ano em que iniciei minha carreira como testador. Nessa época o conhecimento de testes ainda estava concentrado em certificações de teste, cursos, automação de testes e no livro base de conhecimento em testes de software. Ao começar estudos sobre certificações internacionais, conheci Rex Black e Glenford Myers, dois profissionais que ficaram famosos por explicar de formas diferentes o custo do bug. Rex Black continua escrevendo artigos e é um dos representantes do ISTQB no mundo.
Naquele tempo, no Brasil, havia duas pessoas muito relevantes no tocante a cursos, Cristiano Caetano e José Correia, diretores das empresas Qualister e Iterasys, respectivamente. Cristiano com treinamentos e José com cursos. Ambos palestravam e escreviam bastante, mostrando mais sobre testes de software. Na época escolhi a Qualister e tive uma relação de amor e admiração, o que me fez sonhar em trabalhar lá, sonho que realizei posteriormente. Cristiano foi o maior influenciador e o mentor da minha carreira, aprendi com ele que aprender e compartilhar conteúdo é a melhor forma de aprender e atingir seus objetivos.
Eu morava no interior de São Paulo, não havia testes formais por lá. Por isso, precisava de apoio para conseguir implementar essa atividade na empresa na qual eu trabalhava. Foi ai que entrou a Marcela Coutinho, minha antiga diretora. Ela acreditou em mim e no meu projeto e junto com uma grande amiga, Fabiana Correia, montamos a primeira equipe de testes da região.
Elias Nogueira era a maior referência em automação de testes e também era um dos maiores compartilhadores de conteúdo voltado a essa atividade, ainda continua compartilhando conhecimento, mas agora, abrangendo conhecimentos conceituais e técnicos. Realizei o sonho que tinha de conhecer ele quando trabalhamos juntos na Qualister. Um período onde aprendi muito sobre automação e como ser mais técnico. Uma outra pessoa bastante importante nesta época era o Eduardo Souza (Dudú), que organizava o evento TestDay. Compartilhava conteúdo e palestrava falando sobre automação de testes. Outra pessoa que também compartilhava conteúdo desse segmento era o Camilo Ribeiro, que escreveu muitos artigos falando sobre automação de testes e sobre testes de performance com JMeter. Conheci também nessa época o Leonardo Molinari, pois também escrevia, e continua escrevendo, literatura referente a tecnologia e testes de software.
Outra vertente forte nessa época era a ALATS, uma associação que oferecia certificação em testes de software para a america latina. Alguns dos responsáveis por ela escreveram um livro chamado “Base de Conhecimento em Testes de Software” que serviu como conhecimento em testes para muitas empresas que iniciaram naquela época, dentre os autores, o que continua ativo na comunidade de testes é o Aderson Bastos. Eles costumavam promover um evento chamado BRATESTE. Foi em uma edição desse evento que conheci Lee Copeland, Janet Gregory e Martin Pol. Todos muito envolvidos com teste de software e que continuam escrevendo sobre. Lee falando sobre mindset do testador, Janet como uma das principais disceminadoras dos testes dentro do contexto ágil e Martin propondo modelos de teste tradicional como um modelo de maturidade, o TMap.
Duas pessoas começaram a influenciar o contexto dos testes tradicionais e a ensinar técnicas e mindsets completamente diferentes dos que eram conhecidos como absolutos, esses eram James Bach e Michael Bolton. Eles pregam o teste orientado ao contexto, técnicas ágeis e liberdade de criatividade ao testador.
Influenciadores da nova geração
Alguns testadores ganharam relevância depois de 2010, eles ajudaram e continuam ajudando a disceminar novas crenças e mindset sobre como a área de testes é interpretada. São pessoas que produzem bons materiais e despertam discussões muito produtivas.
Samanta Cicilia é muito ativa na comunidade de testes, já vi palestras, artigos e também eventos que ela organizou. Ela também se mostra bastante ativa na questão da inclusão de mulheres na tecnologia, com várias iniciativas ligadas a esse tema. Junto ao Leonardo Galani, organiza o Agile Testers Conference, um evento voltado a disseminação de conhecimento em testes de software. Galani é uma pessoa bastante pragmática e que tem uma visão bastante contemporânea sobre o testador e seu papel em uma equipe de desenvolvimento. Tem argumentos fortes e seus textos e palestras são muito bons.
Outra pessoa que costumava produzir bons materiais e palestras é o Stefan Teixeira. Considero ele um dos testadores mais técnicos que conheço. Ele atuou em muitos projetos legais e ajuda a disceminar conhecimento que ajuda testador ser mais técnico. Quem faz um trabalho semelhante é o Walmyr Filho, que tem escrito muitos posts, e inclusive um livro, sobre automação de testes com frameworks modernos. Além de assumir um papel de Software Engineer com foco em Testes, o que é algo em que acredito muito. Outra pessoa que também vale a pena seguir é o Fredão Moreira, que organiza o Minas Testing Conference, palestra e também escreveu conteúdos voltados a testes de APIs e Microserviços. Por fim, também menciono um amigo que começou a pouco escrever sobre engenharia de software, mas que me influenciou muito nos últimos 6 meses, o Danilo Albuquerque. Ele é Software Engineer, mas desenvolve suas aplicações fundamentando-se em testes automatizados. Isso é inspirador e inovador, por isso, tenho procurado seguir mais desenvolvedores que possuem esse mesmo mindset e recomendo que vocês também o façam.
Agradecimentos
Os objetivos de cada um desses profissionais que foram mencionados certamente é muito variado, mas foi baseado em muitos textos e conhecimentos disseminados por eles o que me ajudou a construir o meu mindset atual. Por isso, deixo aqui meu agradecimento pelo tempo que dedicaram à comunidade de testes e o que conseguiram formar até agora.
O que eu diria a você, leitor, é que compartilhe também seus conhecimentos, para ajudar a formar novos conceitos e práticas em testes de software.
Sucesso, keep writing!
