Califorvacation

Lucio Caramori
Assistindo à guerra, de biquini
4 min readJun 12, 2018
Hey, ho, let’s go!

Bom, então vamos lá pra minha viagem à Califórnia. Foram 10 dias entre Los Angeles e San Francisco, passando por Santa Barbara, San Luis Obispo, Carmel e Monterey, via Highway One. É, só eu e Deus. E em alguns lugares Ele nem topou entrar comigo. Achou a galera estranha e preferiu voltar para o hotel.

Eu queria postar tudo de uma vez, mas, como tá complicado, vamos aos poucos. Quando você chegar ao post “Contando Estrelas” acabou esse primeiro bloco. Depois vem mais.

By myself

Eu sou aquele segurando a câmera

E todo mundo me pergunta se não é chato viajar sozinho. Como tudo na vida, tem vantagens e desvantagens. Se eu quero encarar um festival de 6 horas, depois uma caminhada de 40 minutos, para dançar mais 3 horas em um after (ver o post sobre essa peripécia em San Francisco), eu simplesmente vou. Sem consultar ninguém. Meus joelhos reclamam, mas quem manda neles sou eu. Mesmo que eles se vinguem dolorosamente depois. O outro lado é aquela vontadezinha de comentar um quadro, uma paisagem, uma pessoa engraçada, com alguém e nem sempre poder. Ou pior: lembrar de alguém que você gostaria que estivesse ali te acompanhando. Mas, aí, você anda mais um pouco, sente mais dor nos joelhos, e a lembrança passa.

Cidade dos Anjos. E dos carros.

Rodeo Drive, de dentro do carro

Achei Los Angeles uma cidade difícil de ser vivida. Não é como as outras em que você, com um pouquinho de estratégia e estudo, consegue aproveitar e absorver como se fosse um local. Pra aproveitar de verdade aquele lugar, só mesmo sendo uma estrela de cinema. Foi a sensação que tive ao assistir na TV, pela primeira vez, um episódio da série Entourage, que se passa em LA. Aqueles caras sabem como e onde se divertirem pela cidade. E tem acesso a isso.

Além de tudo, é uma cidade em que não se sobrevive sem um carro. E com GPS. Uma dica: dependendo do tempo que você for ficar por lá, vale mais a pena comprar um GPS do que alugar pelos dias em que você for utilizá-lo. Ele só vai funcionar nos EUA, mas você pode emprestá-lo depois para um amigo que estiver indo pra lá. (Valeu, Luchiiiii!)

E quando falo Los Angeles aqui me refiro àquelas partes onde ficam a Hollywood Boulevard, Beverly Hills, Melrose, etc. Porque a parte mais perto da praia, para mim, foi outra história. Mas, de qualquer jeito, vai aí uma dica bacana da Cidade dos Anjos.

Dim Mak Tuesdays

É aqui mesmo.

Um dos guias online que consultei para a viagem dizia que São Paulo tem o que as outras cidades do mundo só fingem ter: uma vida noturna de segunda à segunda. E, fora o mundo Entourage, é difícil mesmo encontrar uma baladinha fora dos fins de semana. A única que esbarrei foi a “Dim Mak Tuesdays”. A Dim Mak é uma gravadora que tem em seu catálogo gente como MSTRKFT, Steve Aoki, Bloody Beetroots e outras esquisitices que tenho escutado bastante ultimamente. E eles tem também essa festa, na terça-feira, em um lugar chamado Cinemaspace, na 6356 Hollywood Boulevard. E pra lá eu fui, depois de um legítimo hot dog no Mel’s Drive In, bem tradicional da cidade.

Strange party with freak people

E quase perdi a festa que mais queria ir em toda minha viagem. Só com minha carteira de motorista, fui barrado na porta por não estar com o passaporte. Depois de muita conversa, paguei um “Passport Problems Fee” de US$ 20 e consegui entrar. É, o jeitinho americano também existe. Mas, lá dentro, as coisas não foram como eu esperava. Apesar do lugar bacana, as pessoas e a música não foram tão assim. Os DJs principais não se apresentaram, a banda convidada não era essas coisas e o povo era uma mistura de turistas perdidos — eu sabia o que estava fazendo — e locais entediados. Tudo bem diferente das fotos que eu tinha visto. Mas coloquei a dica aqui porque, na semana seguinte, umas amigas pra quem indiquei o lugar estiveram lá e, para elas, foi a melhor balada de todos os tempos. Com direito ao Steve Aoki e o Does it offend you, yeah? tocando por lá. Pois é. Quem sabe da próxima vez.

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