O 8° Passo — A Máquina do Comportamento

Edson Rigonatti
Astella
Published in
3 min readMar 7, 2015
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“If you can’t measure something, you can’t understand it. If you can’t understand it, you can’t control it. If you can’t control it, you can’t improve it.”

Alguns a chamam de Governança Corporativa. Outros, de controle organizacional. Nós a chamamos de a Máquina do Comportamento.

Para que tenhamos algum controle sobre o nosso destino e da nossa empresa e possamos garantir que nossos objetivos sejam atingidos, precisamos de ferramentas para influenciar e canalizar o nosso próprio comportamento, assim como o dos nossos colaboradores.

A intenção não é controlar o nosso comportamento e o de outras pessoas de maneira pré-determinada, mas sim de prover os elementos para que todos possamos decidir e agir consistentemente de maneira alinhada com os objetivos. O que buscamos é motivar e aumentar a probabilidade que o comportamento seja adequado.

Para isto, precisamos de um sistema de informações que nos permita entender o que esta acontecendo, quais sãos os problemas e o que precisa ser feito. Só assim podemos coordenar os esforços das mais diversas partes da empresa.

Nossa Máquina de Comportamento, que tem como inputs as métricas e outputs as mudanças de comportamento, precisa então de 3 elementos para cumprir seu papel:

Comportamento

1) Planejamento: para definir o padrão de performance esperada, precisamos definir os resultados desejados da empresa, dos departamentos e dos indivíduos. As ferramentas de planejamento estratégico, orçamento e modelagem financeira servem para instrumentalizar e apontar os resultados esperados. O insumo básico nessa etapa são as métricas. Uma boa métrica muda o seu comportamento e das pessoas em todos os níveis. A principal questão a ser feita quando se define uma métrica é: o que vou fazer de diferente conforme esta métrica estabelecida for mudando? Toda métrica tem que ser um ensejo para uma ação!

2) Medição: é o processo de representar as propriedades e qualidades de uma ação de forma quantitativa. Existem dois blocos de medição: o operacional (os famosos KPIs ou key performance indicators) e o contábil/financeiro (antes de você bocejar, você sabia que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme para contabilizar sua produção? Ou seja, você escreve e se comunica hoje por causa de um contador!). O grande desafio nessa etapa é coletar as informações (apontamentos contábeis e operacionais). É na coleta que devemos focar nossos esforços de qualidade, para garantir que os dados sejam capturados. A medição por si só tem uma enorme importância comportamental. O simples fato de estarmos medindo uma ação faz com que nós memos e nossos colaboradores prestemos mais atenção aos aspectos do trabalho sendo medidos.

3) Avaliação: os relatórios — demonstrativos contábeis, dashboards, formam a linha de frente na avaliação dos resultados e são uma das formas mais relevantes e frequentes de feedback para as pessoas e departamentos; e assim contribuem para a avaliação, remuneração e promoção dos talentos (ver Máquina de Talentos). Quaisquer sejam os mecanismos de avaliação e remuneração, eles devem reforçar a boa performance e modificar a má.

Colocando a Máquina de Comportamento em Ação:

1. 5 Passos para o Planejamento Financeiro e Operacional da sua empresa;

2. Em dúvida quais as melhores métricas para o seu modelo de negócio ou para os diferentes departamentos? O livro Lean Analytics é uma excelente fonte de métricas para os diferentes modelos de negócio, e o Klipfolio é um SaaS que fornece exemplos e templates de KPIs por departamento, também conhecidos como máquinas! :);

3. Que tal rever a dinâmica de apontamentos contábeis e operacionais? Eu tenho certeza que você não sabe o que é ou irá se surpreender com a quantidade de erros no processo.

Tá esperando o quê?

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