Shh… Não diga a eles que não existe mágica no design thinking
Tradução e interpretações do texto de Jared M. Spool
Quando o termo design thinking surgiu muitas empresas e profissionais começaram a falar dele como sendo uma metodologia revolucionária.
🤔 Será que precisávamos de um termo novo?
Jared Spool diz que a prática do design thinking não é algo novo.
Ele, trabalhando há 37 anos nesse mercado, diz que “design” já representava o que design thinking é e que "design" funcionava muito bem.
Contudo, por décadas ele e outros designers tiveram que explicar o porque design é muito mais do que fazer algo bonito. Quem é designer conseguia entender isso. Agora para as pessoas que não eram designers, surgia a necessidade de convencê-los de que design não é só fazer algo bonito, e sim resolver problemas e encontrar soluções de ponta a ponta.
"Para aqueles de nós que fazem isso há muito tempo, o design thinking não significa nada de novo. Mas também não significa “torná-lo bonito”. E é por isso que funciona." Jared Spool
Quando você adiciona “thinking” para a palavra “design” a conversa muda. Não é mais sobre cores e decoração. É sobre um processo. É sobre chegar em um resultado mais intencional. É sobre pensar na experiência do consumidor, usuário, funcionário.
👀 Design thinking é um reframe de design
O Design Thinking é um atalho para uma nova maneira de os não-designers abordarem o design:
- Vamos fazer as coisas de maneira diferente de como sempre fizemos antes.
- Vamos estudar problemas antes de irmos para soluções.
- Vamos tratar os requisitos como suposições e validá-los.
- Vamos divergir sobre nossas melhores ideias antes de escolher a melhor solução.
- Vamos mapear a jornada do cliente para ver onde fizemos as coisas.
- Vamos criar vários protótipos e ver os usuários interagirem com eles para saber o que é melhor.
💬 O autor apresenta uma analogia do design thinking com o seguinte conto:
O conto folclórico da Europa Ocidental:
Um viajante pedia comida em um vilarejo e todos diziam estar em uma seca. Não tinham comida suficiente nem para eles mesmos e diziam que por isso não conseguiam ajudar o viajante.
Depois de algumas tentativas frustradas, ele decidiu que precisava fazer algo.
Ele foi no meio da cidade, tirou uma panela, acendeu uma fogueira e colocou uma pedra dentro da panela e disse estar fazendo sopa de pedra.
Os curiosos perguntaram como seria o gosto disso e ele disse que ficaria melhor com água, então os curiosos buscaram água para ajudar. Depois falou da cenoura e trouxeram cenoura para a sopa, então falou de vegetais e trouxeram vegetais. Por fim, todos contribuíram com um pouco e se beneficiaram juntos da "sopa de pedra".
O viajante agradeceu a todos pela contribuição e antes de ir embora, deu a pedra a eles e disse:
- "Eu gostaria de presentear esse vilarejo com essa pedra, assim vocês poderão continuar fazendo sopa mesmo quando tiver uma seca".
Todos aplaudiram com alegria.
A mensagem é que a pedra é o design thinking. Ela não faz milagre. Ela traz a organização toda para resolver os grandes problemas. Ela ajuda a fazer o reframe da situação.
As pessoas teriam comida suficiente para comer, se trabalhassem juntas.
A pedra não é mágica, é um dispositivo.
Os designers não devem acreditar que existe mágica no design thinking.
Os stakeholders podem achar isso, os designers não.
É isso o que entendi do texto de Jared Spool.
Para um maior aprofundamento, recomendo a leitura do texto original: Shh… Don't tell them there's no magic in design thinking
Outros resumos relacionados a UX Design: