Uma Comissão para contar histórias

4 parágrafos sobre a Comissão da Verdade.

Gilberto Camargo
Atualidades Brasil

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Se você é um estudante de pré-vestibular, universitário ou concurseiro, estamos no mesmo barco. Meus textos são consequências das minhas práticas de redação — e é por isso que normalmente são quatro parágrafos sujeito a erros — que resolvi compartilhar com o mundo. Acompanhe-me por aqui ou no twitter. A cada 7 dias, ou menos, um novo texto.

Para se analisar a importância da Comissão da Verdade para a sociedade brasileira é necessário que se discutam suas causas e consequências. Nosso país, outrora, viveu períodos não democráticos e, para reafirmar a atual presença da democracia, faz-se necessário revisitar e conhecer o período de sua ausência.

Embora o brasileiro não goste de lembrar e discutir a sua ditadura, ainda existem grupos, em especial políticos, atingidos diretamente pelo período, interessados em revisitar e publicitar as atrocidades cometidas pelo Estado, de 64 a 85, contra a própria população. Se esses são os políticos que lutaram para que vivêssemos em uma democracia, é natural que se esforcem para nos recordar dos malefícios da sua ausência.

Como consequência destes esforços de reconstrução histórica e reafirmação da necessidade de progressão do sistema político — sob esta ótica, a democracia seria uma evolução da ditadura — é que se criou a Comissão da Verdade no Brasil. Inspirada em Comissões semelhantes da Argentina, do Chile e da África do Sul, o grupo de trabalho brasileiro vêm contribuindo para publicitar incontáveis crimes cometidos por militares e afastar, cada vez mais, a população de um possível interesse em um novo golpe. Assim, a principal importância da criação desta Comissão tem sido a publicidade de fatos para a manutenção do regime atual e todos os benefícios que advém desta consequência.

Dado o exposto, compreende-se que a Comissão foi criada devido aos interesses políticos e a necessidade de se iluminar o período militar, porém seus trabalhos têm tido consequências bastante limitadas. Bom seria se os envolvidos se esforçassem para produzir livros, documentários e outros que mostrassem às nossas crianças, que não viveram esta história, não só os crimes, mas também o poder do povo frente a um governo corrupto e autoritário.

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Gilberto Camargo
Atualidades Brasil

Morador de Pelotas/RS. 22 anos. Comunicativo. Detalhista. Curioso. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. gilbertorcamargo@gmail.com