Gabriel Schmitt
aua surf
Published in
17 min readDec 1, 2014

--

Ele tem apenas 20 anos e hoje lidera o ranking do circuito mundial de surf, o WCT. Faltando apenas uma etapa para o final do campeonato, Gabriel Medina está prestes a realizar um dos maiores feitos do esporte brasileiro. Trazer o tão almejado, sonhado e batalhado primeiro título mundial de surf para o Brasil.

No próximo dia 8 de dezembro, na praia de Pipeline, no Havaí, o maior fenômeno do surf brasileiro, e já considerado por muitos um dos mais promissores surfistas de todos os tempos, enfrentará na última etapa do campeonato não apenas uma das melhores e mais desafiadoras ondas do planeta, mas também adversários experientes e fortíssimos como a lenda 11x campeão do mundo Kelly Slater e o tri campeão mundial Mick Fanning.

Gabriel Medina estará levando para dentro da água não apenas a prancha e o sonho de todo jovem surfista, mas a história de um país apaixonado pelo surf e o coração de milhões de torcedores brasileiros, que estarão a dropar junto com ele a cada onda em busca do título inédito.

Aqui, 10 motivos para você se juntar a essa torcida e conhecer um pouco mais sobre a história de Medina.

O mais importante para Gabriel é estar perto da família. Seja em Maresias, na Austrália ou em Portugal. Ao contrário de muitos jovens atletas de alta performance, que desde cedo se distanciam da família devido ao ritmo de treinos e viagens, “Bi” ou “Biel”, como é chamado pela família, opta por estar a maior parte do tempo acompanhado pela mãe, pelos irmãos, pelos tios e pelo padrasto Charles, a quem Gabriel orgulhosamente faz questão de chamar de pai.

Gabriel foi quem me adotou e logo cedo começou a me chamar de pai.

É Charles quem passa a maior parte do tempo com Gabriel, acompanhando o prodígio nos treinos e em todas as suas baterias de cada etapa. Ex-surfista e tri atleta, foi o pai quem viu logo cedo o potencial do filho com a prancha nos pés. Normalmente é dele o primeiro e emocionado abraço ao final da bateria, seja para comemorarem uma vitória ou para dar apoio diante de um mau resultado.

A mãe Simone Medina é o pilar conselheiro e inspiracional de Gabriel. Muito do sucesso do filho está nessa combinação amorosa, da base técnica do pai com a base espiritual da mãe. Simone é também empresária de Gabriel, sempre com um entendimento claro do atual momento que o filho vive no campeonato. Ela faz ótimas avaliações sobre etapas, adversários, vitórias e derrotas, que ajudam ainda mais o surfista na trajetória rumo ao título mundial.

Nesses últimos três anos ganhamos muita experiência, e agora começamos a aplicar ela. O próprio Gabriel começou a sentir isso. Ele tá surfando com alegria, com vontade e sem pressão.

Nascido na capital paulista, mas indo morar logo cedo no litoral de Maresias, “Bi” começou a pegar suas primeiras ondas incentivado pela mãe. Na época, ele era um garoto de pouca fala, porém bastante hiperativo. O encontro com a prancha foi perfeito.

O carinho e apego que Gabriel tem pelos familiares se materializa até mesmo na tatuagem que fez no braço. Um brasão da família em homenagem a sua simpática avó Aurora, que veio ainda adolescente do Chile para o Brasil. A maturidade, os pés no chão e a leitura serena que faz do momento grandioso que vive hoje, são reflexos desse aprendizado com os pais, sempre orgulhosos do menino.

Após anos de bastante batalha, hoje Gabriel está feliz por poder dar uma vida mais tranquila financeiramente aos familiares.

> Se mãe e pai também tem essa importância na sua vida, aqui está o primeiro motivo para torcer por Gabriel Medina.

Na primeira vez que Sofia, de 9 anos, surfou na vida, era Gabriel quem estava ao seu lado. Mesmo com um pouco de medo, aceitou o convite do irmão e encarou as ondas. Gostou tanto da experiência que já sonha em trilhar os mesmos passos de “Bi”. Não se imagina em outra profissão que não seja o surf. Para ela, Gabriel é irmão, ídolo e inspiração.

A primeira vez que eu surfei foi na piscina e eu estava com muito medo. Aí o Gabriel disse: “Sobe”. Eu subi, fiquei deitada na prancha e consegui. Depois, meu pai me ensinou como surfar, acho que tinha uns cinco ou seis anos. O que eu mais gosto de fazer é surfar. Quando crescer, eu quero ser surfista e campeã mundial.

Fotos da Sofia com Gabriel são vistas com frequência no Instagram dele. Uma das últimas mostrava a pequena promessa dropando uma onda e trazia (junto com milhares de likes) a legenda — Saudade da minha surfista favorita ❤ — .

Um pouco mais novo, Felipe, de 18 anos, também vê Gabriel como ídolo. Se quando crianças as briguinhas de irmãos eram constantes, hoje a relação é de companheirismo, com disputas acirradas no viedeogame, em meio a brincadeiras e risadas. Sabendo que Felipe prefere futebol, Gabriel sempre que pode arranja um tempo para bater uma bola com o irmão e com os amigos. E claro, sempre tirando onda, seja qual for o adversário ou modalidade.

> Se você também se identifica com esse carinho de irmão, tá aqui mais um motivo para torcer por Gabriel.

Não é só no ambiente familar que Gabriel é um cara alto astral, de sorriso tímido e espontâneo, e ao mesmo tempo querido por todos. Medina é hoje um dos surfistas mais queridos no Brasil e no mundo. Sempre que pode está acompanhado dos amigos, sejam eles do tour ou de Maresias.

Garoto de 20 anos normal como muitos da sua idade, não desgruda do celular e de suas redes sociais, que chamam a atenção pelo número de seguidores e de interações. No Whatsapp é adepto das mensagens curtas de voz, seja pra tirar onda com os amigos ou manter a família informada quando está em viagem. Prefere estar no mar com seus amigos, mas não dispensa qualquer jogo ou brincadeira, seja uma partida de sinuca ou testar um drone de controle remoto com os amigos. Mesmo nas brincadeiras, Gabriel não gosta de perder . Quando vence, tirar onda faz parte da brincadeira.

Medina consegue levar esse clima de descontração até mesmo para dentro do competitivo tour mundial. Recentemente, quando se classificou junto com Felipe Toledo para disputarem a semifinal da etapa de Hossegor, na França, ambos se abraçaram e comemoram o fato de ao menos um deles estar garantido na final, levando a bandeira do Brasil para o pódio.

A amizade vai além dos rivais brasileiros. Na próxima e decisiva etapa, Gabriel irá dividir casa com seu maior oponente ao título mundial: o austráliano Mick Fanning, que está na 2ª colocação e que mantém ótimo relacionamento com o brasileiro. Essa boa convivência com seus adversários chega a ser impensável para muitos atletas, fazendo com que ele seja um dos surfistas mais queridos do tour.

> Se você também preza pelas amizades, gosta de se divertir com seus amigos, de preferência dentro da água com muito sol, viajando por alguma praia paradisíaca, então tá aí mais um motivo para torcer por o Medina.

Surfista, solteiro, gente fina, do bem, boa pinta, sarado, famoso, talentoso… Adjetivos como esses, potencializados pela exposição cada vez maior na mídia, tem feito o assédio feminino crescer a cada dia ao redor do Gabriel. Hoje, ao lado de entusiastas do surf do atleta, há uma espécie de fã-clube não oficial, formado por diversas meninas, em sua maioria entre 15 e 18 anos, que já ganharam até o apelido de “medinetes”.

As abordagens cada vez mais implacáveis acontecem nas ruas, nos treinos, nos campeonatos e se estendem para as redes sociais dele, onde frequentemente é possível encontrar centenas de mensagens que vão do apoio a pedidos de casamento.

Gostaria de ter tempo, mas relacionamento agora seria impossível…meu foco é outro.

> Se você também faz parte do time das “medinetes”, esse é um ótimo motivo para torcer para o Medina.

Demorou não mais que uma sessão de surfe com a prancha do pai para que, aos 7 anos, o potencial talento já aparecesse. De lá pra cá títulos se acumularam, recordes foram quebrados e uma certeza surgiu: Medina é hoje um dos melhores e mais completos surfistas do mundo.

Logo que ele pegou as primeiras ondas eu já notei que ele colocava o peso do pé certinho na prancha e fazia ela andar. Ele tinha um talento diferente dos outros e parecia ter nascido para aquele negócio. Quando ele tinha uns 10 anos a gente já percebia que ele seria um surfista diferenciado. O Gabriel ainda nem arriscava as manobras mais difíceis, mas já era possível notar que ele descia as ondas de uma maneira especial — Charles Medina

A tranquilidade e a frieza chamam a atenção. Não importa as condições do mar e a pressão do momento, há qualquer instante Medina pode arriscar (e possivelmente acertar) um áereo que poucos arriscariam (e que poucos acertariam) ou dropar com tranquilidade e maestria uma “bomba” que até alguns profissionais do tour puxariam o bico.

Recentemente foi isso que aconteceu na temida etapa do Taiti, que entrou para a história pelo tamanho e consistência das fortes ondas que explodiam a cada série na rasa bancada de corais de Teahupoo. Medina surfou como um gigante e levou a etapa vencendo na final o maior de todos os surfistas: Kelly Slater.

Sempre consegui ser frio. Eu achava que isso era um defeito, mas hoje vejo que é algo bom.

A mesma tranquilidade, o talento incrível e o surf diferenciado já fizeram, nos últimos segundos, o garoto virar baterias que estavam praticamente perdidas. Esse ano, na primeira etapa do campeonato, vencida por ele na Austrália, conseguiu garantir a classificação para a final a apenas 40 segundos do final da bateria, deixando o líder local Taj Burrow para trás. Na final, a virada se repetiu mais uma vez. Há poucos segundos do fim, sua última onda garantiu a virada sob o também australiano Joel Parkinson, atual campeão mundial. Com o resultado, abriu frente na liderança do WCT de 2014.

Na elite do surf há 34 atletas. Cada um com características e estilo de surf diferentes. Poucos porém conseguem ser tão completos nas mais variadas ondas do planeta, e com um arsenal de manobras explosivas, como Gabriel Medina. Alguns levam mais vantagens em ondas menores e mais manobráveis, outros tem por característica maior vantagem em ondas grandes e tubulares. Também há atletas que pontuam melhor em etapas com ondas quebrando para a direita ou para a esquerda… Medina tem apresentado um surf de alta performance em todos os tipos de ondas. Não á toa é o líder do ranking, mostrando uma constância de boa pontuação mesmo em etapas onde não venceu.

Medina chamou a atenção do mundo do surf por “voar” e aterrissar nas ondas como poucos. Sua especialidade é o aéreo. A facilidade com que ele se projeta para o ar e gira com a prancha nos pés chama a atenção. Em 2012, um vídeo filmado por seu padrasto rodou o mundo mostrando em um treino no Havaí, o garoto executando com perfeição um Backflip, a quase impossível manobra onde o surfista dá um mortal para trás e “aterrisa” novamente na onda. E não era a primeira vez que ele tinha conseguido executar a manobra. A própria ASP (Association of Surfing Professionals) precisou redefinir o sistema de pontuação para reavaliar esse “surf voador”, isso porque são manobras de alta dificuldade em condições cada vez mais extremas de mar.

A maioria dos jornalistas especializados considera Medina hoje o maior especialista do mundo em áereos. Recentemente, a americana Surfline, uma das bíblias atuais do esporte, destacou assim os aéreos do brasileiro:

Gabriel distribuiu seus aéreos em grande quantidade, com a leveza habitual, o que nos leva a pensar que a manobra é uma coisa fácil de realizar, ao alcance de todos.

A imprensa estrangeira vai além e chega a brincar com o fato de Gabriel surfar com naturalidade qualquer etapa, como se estivesse surfando com seus amigos, em Maresias.

A tranquilidade e leveza do surf dele refletem sua personalidade. Medina lidera a atual geração de surfistas profissionais brasileiros. Filipe Toledo, Miguel Pupo, Alejo Muniz, Adriano de Souza, Raoni Monteiro e Jadson Andre. Além de amigos de Gabriel, esses são nomes que representam o melhor do surf brasileiro e que estão fazendo bonito no circuito mundial.

Essa geração é reconhecida por rivais, juízes, técnicos, jornalistas e fãs do mundo todo como a melhor geração brasileira da história do surf. Tamanho talento e admiração por parte dos gringos fez nascer o nome: The Brazilian Storm — A Tempestade Brasileira.

> Se você também é um apaixonado pelo surf, e um admirador do talento único do Gabriel, esse é mais um dos motivos para torcer para o cara.

O tour do WCT tem 11 etapas e passa por 8 países. Encarar essa maratona de viagens, treinos, disputas, com ondas que se diferem muito umas das outras, exigindo um preparo coordenado e específico do atleta, exige também uma equipe a altura do desafio.

Para seguir voando cada vez mais alto, Medina segue uma rigída rotina de ginástica funcional, preparada exclusivamente para cada uma das etapas e perfis de onda que irá enfrentar.

Além disso conta com patrocinadores de dar inveja a qualquer atleta profissional: Rip Curl, Oakley, FCS, Gorilla Grip, Pukas Surfboards, Guaraná Antarctica, Mitsubishi 4x4, Gillete, oi, Vulti Cosméticos e, recentemente, Samsung.

Os patrocinadores garantem ótimo apoio financeiro, bancam as viagens de treinamento e de competição e ainda fornecem equipamentos de ponta. E é aí que entra, claro, seu equipamento mais importante: as pranchas. Várias. Uma para cada tipo de onda e condição do mar. Todas projetadas, fabricadas e esculpidas pelas mãos do shaper paulista Johnny Casabianca. Foi ele quem, a pedido de Simone, fez a primeira prancha para Medina, quando ele tinha apenas 9 anos de idade e a família não tinha dinheiro para a compra de uma.

De lá pra cá a parceria se consolidou. Ninguém conhece tão bem as nuances do surfe do garoto para projetar a prancha perfeita para cada situação. Seja ela para aéreos altos em ondas menores, surfe de borda — onde Medina “rasga” a onda com diversas manobras — ou pranchas para dropar ondas fortes de mais de 9 pés. O gereciamento do equipamento e acompanhamento dos treinos fica a cargo de Charles, que normalmente está na beira, pronto para ajudar numa rápida troca de prancha ou troca de ideias relacionada a acertos e ajustes na linha de surf do Gabriel.

Outro fator que tem se mostrado um diferencial nas competições é o preparo físico específico para cada uma das etapas. Para o Billabong Pipe Master que inicia no dia 8 de dezembro, Gabriel junto do seu preparador físico Allan Menache, vem fazendo um trabalho de fortalecimento muscular de pernas e linha de cintura. O objetivo é trabalhar o conjunto de 29 pares de músculos que suportam e estabilizam abdômen, bacia e pélvis. A ideia é preparar ao máximo Medina, dando a ele mais força e estabilidade, a fim de garantir que ele consiga permanecer em cima da prancha e executar seu surf nos fortes tubos de Pipeline. O otimismo e confiança nesse trabalho se justificam. Nas etapas de Fiji e do Taiti a mesma preparação resultou em vitória.

Além disso, Gabriel faz parte da geração de surfistas brasileiros mais bem preparada profissionalmente. E esse preparo vai além do suporte financeiro, psicológico e físico. Hoje em dia, surfistas de competição na mesma idade do Medina já rodaram o globo, surfando nos principais picos. Talvez seja esse o maior preparo e bagagem que um surfista precise para competir com chances em um tour onde ondas com diferentes características e tamanhos serão surfadas. Quando perguntado sobre Pipeline, Gabriel já não tem certeza se essa é sua 5ª ou 6ª temporada de preparação no Havaí. Desde muito cedo ele vem se preparando nessa onda e dando show. Seja em sessões free surf ou nas baterias de competição.

A preparação está baseada numa rotina de muita disciplina e horas e mais horas de surf. Em um dia normal de treino, ele chega a cair na água até três vezes, cerca de uma hora por sessão. Essa rotina começa sempre muito cedo, muitas vezes antes mesmo de o sol nascer. Mesmo em finais de semana, ou quando está de férias, Gabriel procura estar na água. E desde cedo foi assim.

Se o dia tivesse 26, 27 horas, o moleque ficava o dia inteiro na água — Lembra o shaper Johnny.

Em 2011, Kelly Slater, a lenda viva do surf, após ser derrotado por um ainda pouco conhecido Medina, escreveu em seu Twitter:

Parabéns, Gabriel. Grande desempenho! Só vou ter de lidar com você por um curto período. Sinto pena dos garotos da sua idade.

No início de 2014, Slater voltou a rasgar elogios ao garoto:

Gabriel já venceu mais etapas que a maioria dos surfistas ganhou em toda a carreira. Todos o temem e esse ano o título mundial é uma realidade para ele.

Recentemente, após ser derrotado por Medina na final de Teahupoo, Slater deixou uma longa mensagem em seu Instagram:

Parabéns Gabriel Medina por sua performance nesta semana. Não se fala de outra coisa, senão deste garoto, e com razão. Ele é o cara mais perigoso do mundo do surfe. Ele consegue e vence em ondas e condições nas quais ele não tem muita experiência e ninguém sabe o que esperar dele. Ele é mais determinado e faminto por vitória do que qualquer outro surfista. Ele passou por todos os testes. Farei o possível para tentar parar este garoto. Sou um grande fã do surfe dele.

Se o maior surfista do planeta, 11 vezes campeão do mundo, afirma isso, imagina o que pensam os outros adversários.

Eu tinha um sonho que era ser surfista profissional e hoje eu estou surfando ao lado dos caras que antes eu só via em filme e em revistas.

  • Começou a surfar com 7 anos.
  • Aos 11 venceu seu primeiro campeonato nacional.
  • A partir daí, venceu campeonatos do Brasileiro Amador e foi campeão dos circuitos Volcom Sub-14, Quicksilver King of Groms, Rip Curl Grom Search e tricampeão Paulista. Na Califórnia, foi vice do Volcom Internacional Sub-14 e, no Equador, vice-campeão do Mundial Amador Sub-16.
  • Aos 14 anos já fazia as finais nas competições do Paulista Profissional, contra atletas bem mais velhos que ele.
  • O mais jovem surfista brasileiro a entrar no tão cobiçado circuito da ASP, restrito aos melhores surfistas do planeta.
  • Se profissionalizou em 2009, fechando um contrato com a Rip Curl com apenas 15 anos.
  • Apenas 10 dias depois, já venceu a etapa do Mundial Profissional.
  • Foi o atleta mais novo a vencer uma etapa do Mundial de Surf .
  • Já em 2011 veio a sequência que o levou à condição de partilhar as ondas com os tops do Mundo, o WQS 6 estrelas Prime em Imbituba/SC, os dois WQS 6 estrelas na França e na Espanha. Soma-se também a vitória na etapa do Mundial Pro Júnior, também em ondas francesas.
  • É o primeiro brasileiro a ganhar uma etapa Australiana de Backside na Gold Coast Australiana.
  • É o surfista brasileiro que mais tempo liderou e pontuou no ranking mundial na história.
  • É o 2˚ brasileiro, ao lado de Bruno Santos, a vencer a temida etapa de Teahuppo, no Taiti.
  • Ingressou na elite surf mundial (World Tour) em 2011, com apenas 17 anos, se juntando ao seleto grupo dos 35 melhores surfistas do planeta.
  • Em 2011 venceu duas etapas do ASP World Tour, nos eventos realizados na França e Estados Unidos.
  • Nesse ano ganhou grande repercussão na mídia por completar a manobra backflip.
  • Se vencer esse ano, Medina será o segundo campeão mundial com apenas 20 anos de idade, como foi o recordista Kelly Slater em 1992.

Número de vitórias: 11, sendo 5 em ASP World Tour.

2014

  • Billabong Pro, Teahupoo — Taiti / WCT
  • Quicksilver Pro, Gold Coast — Austrália / WCT
  • Fiji Pro, Tavarua — Fiji / WCT

2013

• Campeão Gold Coast WCT Australia

• Campeão WCT Fiji Pro

• Vice-campeão WCT France

• Campeão Mundial Pro Junior ASP 2013

2012

• Vice-campeão WCT Portugal

• Campeão Prime Trestle EUA

• Vice-campeão WCT Fiji

2011

• Campeão Prime Imbituba/SC — Brasil

• Vice-campeão Prime Ericeira — Portugal

• Campeão WQS 6 Estrelas Lacanau- França

• Campeão WQS 6 Estrelas Zarautz — Espanha

• Campeão Pro Junior Lacanau — França

• Campeão WT Hossegor — França

• Campeão WT São Francisco — EUA

• 4º lugar no Ranking Final — World Ranking

2010

• Campeão Mundial Amador ISA Sub-18 — Nova Zelândia

• Campeão Rip Curl Grom Search Sub-16 Bells Beach — Austrália

• Vice-Campeão WQS 6 Estrelas Praia do Santinho/SC — Brasil

• 3º lugar WQS 6 Estrelas Zarautz — Espanha

• 3º lugar WQS 6 Estrelas Praia Mole/SC — Brasil

2009

• Campeão WQS 6 Estrelas Praia Mole/SC — Brasil

• Campeão King of Grom Sub-16 Hossegor — França

Dos pioneiros que começaram a moldar as pesadas “madeirites” na década de 50 e 60 aos tantos heróis que colocaram o Brasil como potência mundial do surf, são muitos — mas muitos mesmo — os responsáveis pela consolidação do surf em nosso país.

Tanto que não é de hoje que batemos na porta e não conseguimos entrar para o grupo de países que detêm um título mundial da ASP. A geração de Teco Padaratz e Fábio Gouveia abriu as portas, a de Victor Ribas mostrou que é possível chegar lá e agora chegou a vez do Brazilian Storm alcançar o objetivo máximo no esporte.

> Talvez aqui esteja um dos mais belos motivos para torcer por Gabriel. Ele é resultado de mais de três gerações de apaixonados por surf. Muitos que dedicaram uma vida ao surf para que a bandeira do Brasil estivesse no lugar mais alto do pódio. Dos surfistas amadores aos profissionais. Dos shapers aos fotógrafos. Da mídia especializada aos fãs do esporte. Dos designers das inúmeras marcas brasileiras de surfwear aos milhões de adeptos da cultura surf. Todos nós queremos levantar essa taça com Gabriel.

Gabriel chegou até aqui por méritos. Único atleta a vencer 3 das 10 etapas do mundial deste ano e um dos poucos a manter uma constância alta de pontuação o que lhe dá hoje a 1˚ colocação no ranking mundial.

É uma temporada fantástica. A esmagadora maioria dos surfistas profissionais não conseguiu em toda a carreira o que Medina conquistou em um único ano de tour. Até mesmo rivais como Slater, Taj Burrow, Mick Fanning e John John Florence já afirmam não ser surpresa Medina vir a se tornar campeão Mundial.

Nunca antes estivemos tão perto. Chegou a vez de Gabriel Medinal. Chegou a vez do Brasil.

VAI MEDINA!

Quer ler mais histórias legais sobre o universo do surf? Acompanhe o canal AUA.

Tá afim de participar com textos, reportagens, fotos e boas histórias? Escreva pra gente!

Patrocine esse canal apoiando novas histórias, entrevistas, trips e reportagens.

auasurf@gmail.com

--

--