Pensamento Design em Startups e cursos de Engenharia

Uma reflexão da baixa inserção do Design em Startups e cursos de Engenharia/Tecnologia

Augusto Pimenta
Augusto Pimenta
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2 min readMar 21, 2016

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No último ano entrei de cabeça em tudo que gira em torno de UX e UI Design. Através de leituras de conceitos, posts, blogs, livros e artigos tenho observado uma pouca convergência do “pensamento Design” em Startups e cursos de Engenharia/Tecnologia

Desde que me formei em 2012, tenho participado do processo construtivo de algumas empresas (startups) de tecnologia focadas em produtos e serviços digitais, e nelas sempre apliquei o conceito Lean Startup, ou seja, construir o mínimo, testar com usuário, retornar a sua cadeira, avaliar/aprender e novamente construir, testar e avaliar/aprender.

Apesar de ter tido bons resultados acredito que isso não foi o suficiente.

Uma startup, na grande maioria das vezes, tem em seu propósito: solucionar um problema para um nicho de mercado, mas não se constrói produtos ou soluciona problemas sem atender às necessidades específicas do usuário/cliente, provendo uma boa experiência para o usuário.

Em muitos projetos que tive a oportunidade de conhecer, vejo 5, 10, 20 desenvolvedores sentados em um laboratório arrodeados notebooks tentando “solucionar problemas” sem nem ao menos conhece-ló. Pensando em casos de uso, criam personagens, atribuem responsabilidades … mas sem sequer conversar com o usuário. Passada essa etapa procuram o cliente, apresentam as 1001 features pensadas para a aplicação e o cliente sai com aquele sorrisão no rosto.

Passado 3, 4, 5 meses aplicando tudo que aprenderam sobre UML, Modelagem de Banco de Dados, Java, Rails, Swift, TDD e etc, entregam a solução para o cliente. E o que acontece? O cliente vem com mil contestações de que não entende como o software funciona, que não consegue realizar atividades básicas e por ai vai.

Nesse cenário me surge uma dúvida, porque o pensamento design não é tão difundido e utilizado nas Engenharias e Startups, como realmente deveria ser? O que podemos fazer para reverter essa situação?

Exemplos de retorno do design nas empresas já temos, como é o caso do Airbnb, empresa fundada por designers que hoje está avaliada em U$ 13 bilhões, ou então as 27 empresas fundadas por designers que foram adquiridas pelo Google e Facebook, como aponta o relatório de Design in Tech Report 2016.

Ao meu ver, o primeiro passo é quebrar a barreira de que os Designers são pessoas que constroem apenas coisas bonitas e difundir que o papel do Design é de melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Qual é a sua opnião?!

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