Clube da leitura: Clean Code
O clube do livro surgiu na Aurum com a idéia de desenvolver e amadurecer os desenvolvedores menos experientes, além de ser uma iniciativa para criar o hábito da leitura e aprendizado contínuo, mas o convite se estendeu a todo time de tecnologia. A iniciativa partiu do nosso CTO cuja proposta foi a leitura de um livro na área da tecnologia e, após algumas sugestões, o livro escolhido foi o Clean Code (Código Limpo) do Autor Robert Cecil Martin.
Não é a primeira vez que o Clean Code foi apresentado na Aurum. Um tempo atrás houve uma breve apresentação da filosofia do livro e um case em que foi aplicado algumas de suas boas práticas no código. Só que agora a proposta era diferente, cada um efetuaria a leitura de um capítulo para um primeiro encontro, e neste encontro teríamos conteúdo e propriedade para discutir o que foi abordado neste capítulo.
Algumas pessoas que participaram do primeiro encontro já tinham lido e relido o Clean Code, outras estavam pela primeira vez. Ótimo para gerar discussões, afinal esse era o propósito do nosso clube do livro, pessoas de times diferentes, com nível técnico diferente e todos com o objetivo: adquirir conhecimento para melhorar seu lado técnico e adquirir novas idéias para melhorar a saúde do código.
Capítulo 1: Clean code
Sala cheia, todo mundo curioso pra saber como seria. Começou de forma tímida a discussão, mas logo ficou intensa e rica, afinal esse era o propósito. Pessoas de projetos diferentes, visões diferentes e um primeiro capítulo onde é abordado o que é um código ruim, código bom e outros assuntos. Tudo parece tão óbvio, só que sabemos que não é bem assim. Sempre vai ter aquela cobrança para dar conta da Sprint, aquela correção que o cliente está esperando…
O problema não é escrever um código ruim, o problema é escrever algo que não é elegante e não pesar a consciência para quando sobrar um tempo voltar e fazer de forma melhor. Além disso, quando estivermos corrigindo algo e nos depararmos com aquele método grande, devemos tomar alguma atitude, uma pequena atitude como uma extração já melhora a legibilidade.
Grandes mudanças começam com pequenas atitudes e se a equipe estiver com esse pensamento, a qualidade do código aumenta, você como desenvolvedor fica mais satisfeito e o GPA do projeto aumentará. Além disso, o principal é a mudança de conceito de legado. Devemos encarar e deixar um legado como algo bom, algo que vai servir de exemplo de como fazer e não como muitos veem atualmente, onde o desenvolvedor escuta a palavra legado e já dá um passo para trás.
Demais capítulos:
Nossos encontros continuaram numa frequência de aproximadamente 3 semanas com o “dever de casa” da leitura para nos encontros a discussão ser rica. E assim foi, todos com fome de aprendizado. O que foi discutido no primeiro capítulo, rapidamente foi sentido pelos membros dos times durante a sprint seguinte. A galera ficou mais engajada em melhorar a saúde de código e, de certa forma, gerou uma empolgação no clube. Surgiram discussões de padronizar nomes de métodos e variáveis que até então eram bagunçadas e cada um fazia do seu jeito.
O capítulo 3 foi o mais polêmico e discutido, afinal estamos falando de funções. Saíram mais padrões e um entendimento maior que aquele Pull Request com uma função grande e mais que um propósito, não vai passar!
Conclusão:
O clube da leitura surgiu com um propósito de aprimorar o lado técnico dos times. Mas ele foi muito além disto gerou boas discussões sobres temas que são do dia a dia e que se cada um fizer o seu de forma correta e adequada, ao longo do tempo teremos um grande ganho tanto profissional quanto para a saúde e qualidade do código.
A mudança de pensamento, na qual ao invés de deixar aquele código ruim pra depois e fazer algo outro momento, podemos fazer uma pequena ação que vai ter um bom impacto no projeto. E principalmente as discussões, que sempre trazem um ganho fantástico! Já estamos discutindo qual será o próximo livro do nosso clube da leitura :)
