Porquê executivos devem criar conteúdo
O boom do marketing de conteúdo trouxe a necessidade da criação de conteúdo em escala.
Cada vez mais equipes de marketing focam em escrever posts, ebooks, e produzir vídeos em velocidade alucinante.
Inbound marketing, Account-based Marketing, e outras estratégias digitais já provaram sua eficiência.
Mas como tudo no mundo digital, as coisas mudam muito rápido.
Estar presente no digital passou a ser uma necessidade. Seja para gerar novos negócios ou ganhar mercado frente à concorrência.
Mas uma consequência inevitável é a saturação. Podemos pensar como lei da oferta e demanda do mercado de conteúdo.
No final do dia, isso vai influenciar em uma coisa: ROI.
Mais gente, investimento mais dinheiro, nos mesmos canais, sem alterar a demanda, joga os custos lá no alto.
Por isso, a tomada de decisão de compra e a geração de novas oportunidades migram para outros canais — e para outras estratégias.
Mas você sabe qual é o grande diferencial das empresas que têm números positivos?
Relacionamento e autoridade.
Relacionamento é a ferramenta de venda do século XXI. E autoridade é a grande diferenciação de mercado.
Mas fazer isso usando blog posts focados em SEO vai ser bem difícil — para não dizer impossível.
A solução?
Coloque seus executivos para criar conteúdo. Todo. Dia.
Pode parecer exagerado, mas trouxe 3 motivos para você incentivar seus gestores, diretores e C-Levels a criar conteúdo frequentemente.
1. Thought Leadership
Thought Leadership é um conceito que o LinkedIn vem defendendo há um tempo.
É uma abordagem diferente do marketing de conteúdo padrão que estamos acostumados.
A ideia aqui é se posicionar como autoridade e líder de mercado compartilhando ideias, posições e aprendizados.
Na grande maioria das vezes, os verdadeiros líderes oferecem orientação, clareza, e até opiniões controversas sobre temas que podem — ou não — causar polêmica.
Mas na prática, por quê você precisa considerar o thought leadership e incentivar seus executivos a produzir conteúdo?
Simples: consumir conteúdo nunca foi tão fácil.
O Google analisa 3.5 bilhões de buscas por dia. Mais de 2 milhões de blog posts são publicados por hora ( Hosting Tribunal).
É muito fácil ser só mais uma página sendo indexada pelo buscador.
A diferenciação acontece quando sua posição sobre um tema é diferente do bê a bá do marketing de conteúdo que vemos por aí.
Uma maneira escalável de fazer isso é criando estratégias de conteúdo baseadas nos seus executivos.
Eles possuem a expertise, conhecimento de mercado, e visão para fazer isso acontecer.
2. Crescimento exponencial de compra de mídia programática
Falei no começo do texto sobre a lei de mercado de oferta e demanda.
Um exemplo claro e atual é o investimento em publicidade digital. A previsão mundial para 2019 é de $333.25bn, chegando a $517.51bn em 2023.
Mas vamos dar um passo para trás e ver esse panorama no Brasil.
Em 16 anos, o investimento em mídia na web cresceu 3.304%. $1.442 bilhões em números inteiros.
Não é de se espantar que o seu CPC já não é tão atrativo como era antes.
Fazendo um teste rápido, os ads mostrados na busca do Google para “ Automação de Marketing “ não são de nenhum dos top players do mercado brasileiro.
Inclusive, o primeiro resultado orgânico é da Resultados Digitais, líder de mercado no Brasil.
Fica muito claro que a diferenciação é extremamente importante para o tomador de decisão.
Quem assina o cheque em deals enterprise não compra um produto ou serviço, eles compram a sua perspectiva e abordagem na resolução de problemas.
E um Ad não vai vender isso.
3. Buscas no-click no Google
Todos nós contamos com o Google para nos ajudar com nossos maiores questionamentos.
Porém, as últimas atualizações do algoritmo e da interface da SERP mostram que o Google não quer, necessariamente, que você vá para outra página para encontrar as respostas que procura.
A maior tendência do buscador atualmente são as no-click searches. Buscam que terminam sem clique em nenhum link da página de resultados.
Na prática, é isso que eu quero dizer:
Se eu não quiser comprar o ingresso online, ou estiver apenas conferindo qual horário se encaixa na minha agenda, o Google já me deu a resposta.
O mesmo vale para buscas de produtos:
Perceba o Sponsored no alto da tela.
Mas qual é o ponto aqui?
Se juntarmos menos cliques nos resultados de busca à maneira como os tomadores de decisão escolhem seus parceiros, podemos afirmar que focar 100% em ranquear na SERP não vai trazer os resultados esperados.
Se você tem menos cliques/tráfego, têm menos oportunidades de gerar leads e abastecer o seu funil de vendas.
Um dos aspectos que eu considero mais interessante sobre ter o seu time dedicado em criar conteúdo, é encontrar outros canais de aquisição de tráfego. E leads.
LinkedIn, Medium e Instagram são excelentes plataformas para você testar.
Cada um tem um direcionamento e abordagem, que você deve levar em consideração junto com seu mercado. Mas são três plataformas incríveis para sair da “mesmisse” de criar posts para ranquear bem.
LinkedIn é muito forte no B2B, Medium para techs e startups, e Instagram juntando relacionamento com cenas dos bastidores.
Notas finais
Marketing de conteúdo faz parte do dia a dia das empresas que entendem — ou não — a importância do digital.
Por isso, se diferenciar é cada vez mais importante.
Para mim, não incentivar que os seus colaboradores de alto escalão criem conteúdo é um erro grave.
Provavelmente você faz isso com seus analistas e gestores, mas deixa seus diretores passarem.
Não comenta esse erro.
Como o mercado te percebe é extremamente importante. E você tem uma excelente oportunidade de direcionar essa percepção.
É a mistura ideal entre branding e autoridade.
O que você tem feito para diferenciar sua empresa atualmente?
Publicado originalmente no blog da Avellar Media.