CASO GIL RUGAI: Defesa de Gil Rugai aponta ex-funcionário como suspeito

Ayrina N. Pelegrino Bastos Maués
Ayrina Pelegrino
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3 min readJun 11, 2018

Ayrina Pelegrino — 22/02/2013–10h38

Os advogados de defesa de Gil Rugai questionaram na quinta-feira (21/02), quarto dia de julganento do caso, o depoimento dado por um ex-funcionário de Luís Carlos Rugai. Durante as investigações, ele afirmou ter visto uma briga entre o réu e o pai e na própria empresa Referência Filmes. O motivo da briga: o pai teria descoberto um desvio cometido pelo filho na empresa. Segundo o advogado Thiago Anástacio foi “o erro fundamental” de toda a investigação e que esse ex-funcionário do empresário, que estaria supostamente “desaparecido”, seria um supeito do crime.

De acordo com o advogado de defesa, o ex-funcionário de Luíz Rugai tinha as chaves da casa onde o casal foi morto e estaria interessado em receber R$ 600 mil por conta de uma dívida trabalhista com o pai de Gil Rugai.

“Não sei se ele matou, mas me parece que ele tem bastante motivo para matar: R$ 600 mil. Era um funcionário da empresa Referência, assim que se inicia essa investigação ele mesmo diz: ‘somente duas pessoas tinham as chaves (da casa): eu e o Gil’. Pergunto: por que ele não foi investigado? Segundo, é ele quem dá o motivo mentiroso de que o Gil teria brigado com o pai. (…) E depois ele acredita, e põe no papel, que o Luiz Rugai deve a ele R$ 600 mil, referente a uma dívida trabalhista”, disse Marcelo Feller, um dos advogados de Gil Rugai.

Neste terceiro dia do julgamento houve o depoimento do próprio Gil Rugai. Seu interrogatório começou às 15h40. Ele contou ao juiz Adilson Palkoski Simoni que na época do assassinato do pai e da madrasta já havia deixado a faculdade de teologia, e em janeiro, também havia parado de trabalhar na empresa Referência Filmes. Segundo Gil Rugai, ele saiu da empresa “por conta-própria”, mas ainda trabalhava para o pai em uma cooperativa.

O réu negou o desfalque na empresa, mas admitiu que copiava a assinatura do pai para preencher cheques enquanto ele estava ausente. De acordo com Gil Rugai, fazia isso com o consentimento prévio ou posterior do pai. Ele também negou ter posse de arma de fogo, mas confirmou ter feito uma aula de tiro.

Continuou a dizer que era inocente e que não foi à casa das vítimas no dia do assassinato e que estava na casa de sua amiga “Folha”. Soube do crime quando estava dormindo na casa da mãe. O acusado não quis acrescentar nenhuma declaração ao final do questionamento do juiz, afirmando que “falar que sou inocente não adianta muito”. Um fato que chamou a atenção de todos no júri foi o tratamento que Gil deu a Luís Rugai e à madrasta durante o depoimento, chamando-o de “papai” e a Alessandra de “Lelê”, o que poderia ser uma estratégia da defesa.

http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticias/60732/defesa+de+gil+rugai+aponta+ex-funcionario+como+suspeito+.shtml

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