O que você precisa saber para começar a editar vídeos?
*texto originalmente postado por Impacta
Quando o assunto é audiovisual, não há como negar que a edição é uma das partes mais importantes para a apresentação final de qualquer vídeo. Afinal, é nesse processo que as cenas são selecionadas e organizadas para que a narrativa tenha ritmo e impacto visual.
Apesar da complexidade desse trabalho, qualquer pessoa que possua um bom computador ou celular com acesso à internet pode aprender a editar vídeos, desde que disponha de tempo e de dedicação.
Neste post, você vai entender alguns conceitos importantes para começar a editar vídeos como um profissional. Confira:
O essencial
A maioria dos cursos de edição de vídeos costumam focar no funcionamento e na utilização de softwares e editores, mencionando poucos elementos técnicos que são essenciais para a compreensão da produção de vídeos.
Por isso, é preciso que você conheça alguns termos que serão importantes para editar vídeo, como:
- bitrate: quantidade de informações presentes a cada segundo em um arquivo. Quanto maior for seu número, mais qualidade (e peso) o vídeo possui;
- campo: refere-se, basicamente, à imagem que a câmera vê;
- computer graphic image (CGI): técnica especializada na criação de imagens e de efeitos especiais por meio de softwares específicos;
- chroma key: efeito visual que consiste na sobreposição de uma imagem sobre a outra por meio do anulamento de uma cor padrão (geralmente verde ou azul);
- off: toda ação que acontece fora do campo, mas que pode ser percebida pelo som ou pelos efeitos visuais que produz;
- plano: o enquadramento de um objeto (ou de um modelo) filmado em relação ao resto da cena;
- traveling: refere-se a uma cena marcada pelo deslocamento da câmera.
Os principais programas para editar vídeos
A forma como um vídeo é editado pode impactar diretamente o seu sucesso. Portanto, selecionar o editor mais adequado para atender às suas necessidades (de acordo com o seu nível de expertise) é essencial, já que esse hardware possui um dos maiores níveis de importância no processo de produção.
Movie Maker
Ele é recomendado para iniciantes, este software já acompanha o Windows e é muito básico, recomendado para quem deseja dar os primeiros passos dentro de um editor de vídeos de forma intuitiva, mas e bem ruim, indicaria ela somente em um caso de extrema necessidade.
Com ele, é possível realizar tarefas simples, como:
- cortar trechos das gravações;
- inserir transições entre uma cena e outra;
- adicionar música ou efeitos básicos.
Sony Vegas
Os editores que desejam fazer produções dignas de Hollywood podem contar com o Sony Vegas, que possui interface extremamente interativa e permite editar e renderizar diversos formatos — inclusive importados do Photoshop! — com precisão.
Apesar de possuir uma usabilidade intuitiva, esse software exige um pouco mais de conhecimento para ser explorado, já que se trata de uma ferramenta profissional que inclui recursos e plugins mais avançados.
Adobe Premiere Pro
Este programa é um dos editores mais renomados do cinema norte americano, acredite! Sua estrutura é completa para criar efeitos, cortes, transições, ajustar trilhas e diferenciar produções de caráter profissional para filmes, televisão e web.
Outro ponto positivo deste software é a sua integração com outros programas da Adobe como o Photoshop e After Effects. Os recursos estão disponíveis tanto para Mac quanto para Windows.
Adobe After Effects
O Adobe After Effects não é considerado por alguns profissionais como um editor de vídeos propriamente dito, mas sim um software especializado em pós-produção. Não se engane ao pensar que os recursos deste programa são limitados: ele é um dos mais usados no mundo para a criação de efeitos especiais de animações (tanto 2D quanto 3D).
Com ele, é possível criar camadas de videos de diversas formas, aplicando e combinando efeitos audiovisuais avançados ou até mesmo animando objetos.
É importante se lembrar de que não existe nenhum programa para editar vídeo que seja o mais recomendado para todos. O ideal é explorar as opções disponíveis de acordo com o seu domínio técnico e escolher a alternativa que funciona melhor para você.
As mixagens
Pense nos últimos vídeos que você gostou de ver on-line. O que mais te atraiu na produção: a trilha sonora? Os cortes bem-feitos? A criatividade dos efeitos especiais?
Todos esses detalhes importantes só puderam ser inseridos graças a um mixer de vídeo, que é o sistema que permite as transições de cenas, o chroma key e outros efeitos. Também é por meio da mixagem que o áudio é conciliado com as imagens do filme.
Este processo é especialmente importante, já que a trilha sonora pode dar mais vida ao vídeo, determinando um caráter ou uma atmosfera adequados para cada cena. Por isso, não subestime o impacto que esse recurso pode fazer pelo seu projeto.
Nessa hora, é importante utilizar apenas as músicas ou os efeitos sonoros de domínio público para que não tenha problemas com direitos autorais. Com o tempo e a experiência, você poderá comprar ou compor os seus próprios sons no futuro.
Outra dica é ser cauteloso na escolha da trilha sonora. Cenas com diálogos ou com monólogos podem não combinar bem com músicas cantadas, que distraem o telespectador. Na dúvida, sempre opte pelas músicas instrumentais.
Os tipos de cortes
Também conhecido como “transição”, o corte é, basicamente, uma mudança abrupta que transfere uma cena para outra. Os tipos de corte que você poderá usar nas suas edições variam de acordo com o editor que está usando. Mas, no geral, as produções profissionais só trabalham com alguns deles:
- hard cut/corte seco: é o tipo mais básico de transição, pois não tem duração longa ou sobreposições. Quando uma cena termina, outra começa imediatamente;
- J cut acontece quando o áudio do segundo corte começa antes, ele é antecipado, o som chega para o espectador antes da imagem. Eles são usados de forma sutil e geram uma transição suave entre os planos sempre orientado pelo áudio.;
- L cut é um tipo de corte que acontece quando o áudio do primeiro corte se prolonga e é transferido para o segundo.
- jump cuts: as transições ocorrem entre a mesma cena, Muitas vezes, o áudio da próxima imagem pode até entrar antes do final da cena atual e vice-versa.
Provavelmente, o seu editor te dará mais opções de cortes, como os wipes. Eles fazem as transições tomarem forma de círculos, corações, persianas etc. e “varrem” uma cena para colocar outra em seu lugar (de forma semelhante ao que acontece com muitas apresentações tradicionais de PowerPoint).
Apesar disso, muitas vezes os cortes simples são a melhor opção, pois transmitem elegância, discrição e conversam melhor com o espectador. Na dúvida, é melhor escolher entre o corte seco, fade ou jump cut para evitar possíveis erros.
Editar vídeo é como realizar qualquer outra atividade: a prática leva à perfeição. Fazer um canal noYouTube e gravar os seus próprios vídeos é uma ótima maneira de começar, mas você também pode baixar alguns filmes que gosta e tentar adicionar o seu próprio toque pessoal, explorando-os com os editores que você já conhece.
Nossas fontes: Impacta, Brainstorm Tutoriais
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