De Cientista Social a UX Researcher: minha jornada no banQi

Poliana Santos
banQi
Published in
4 min readNov 17, 2021

Oi, eu sou a Poliana, cientista social por formação e UX Researcher no banQi há cinco meses. Nesse artigo, quero contar um pouco sobre como foi minha experiência ao migrar para a área de UX Research, aprendizados desses meses iniciais por aqui e algumas dicas para quem também está migrando de área.

Como será que uma cientista social acaba caindo em UX? Pra te ajudar a entender, vou resumir um pouquinho de minha trajetória. Já trabalhei fazendo pesquisas de mercado e opinião e também pesquisas de marketing. Sempre gostei de atuar com pesquisas, mas sentia falta tanto de entender a origem estratégica das demandas que recebia quanto de acompanhar o impacto dos insights que eram gerados. Afinal, qual era o contexto em que aquelas demandas estavam inseridas? E o que era produzido a partir daqueles dados?

Em junção a essas inquietudes surgiram muitas discussões nas Ciências Sociais sobre nossa atuação no mercado de trabalho e foi assim que conheci a área de UX Research. A princípio, o que me chamou mais atenção foi o fato de ser uma área de pesquisa que já existe dentro das organizações e que está presente de ponta a ponta nos processos de desenvolvimento de produtos.

Então comecei a ler mais sobre o assunto, acompanhar grupos e outros profissionais, até que surgiu o convite para o processo seletivo aqui no banQi. Eles estavam buscando alguém que tivesse um histórico profissional como o meu, com experiência em análises quantitativas e pesquisas de mercado. Faltava então entender melhor a tal da UX.

Confesso que fiquei um pouco ansiosa com o processo de migração de área, mas, ao mesmo tempo, eu estava muito empolgada com as possibilidades que me foram apresentadas, então eu aceitei o convite para fazer parte do time e mergulhei de cabeça em mais conteúdos e cursos.

Os primeiros desafios que enfrentei na nova função foram:

  • Entender o funcionamento de times de produto. Afinal, o que é PM, PO, GPM, PD? Qual é o papel de cada uma dessas pessoas e como elas se relacionam com o time de UX?
  • Entender de que maneira as pesquisas auxiliam na estratégia da organização e, de maneira mais específica, na estratégia das tribos e squads em seu cotidiano de priorização de desenvolvimento.
  • Entender a maturidade em pesquisa dos times e qual o formato de insights é mais útil para eles no cotidiano de tomada de decisão.

Ou seja, migrar de área não é fácil e, nos primeiros meses, eu fiquei um pouco perdida sobre os caminhos que meus projetos estavam seguindo. Mas eu pude contar com o suporte do time de UX aqui do banQi para sanar minhas dúvidas e entender o contexto da empresa.

Além disso, ao recorrer às habilidades que desenvolvi no decorrer da minha jornada profissional, muitas coisas começaram a fazer mais sentido. Outro fator que tem contribuído é poder estar presente nas reuniões dos squads e acompanhar como tem sido o processo estratégico deles.

Hoje, após participar de diversos projetos, cheguei a alguns pontos importantes para quem também está migrando de área e já tem conhecimento prévio de pesquisa:

  • Minha formação em Ciências Sociais me oferece muito suporte no processo de migração de área, pois desenvolve muitas das habilidades relacionadas a metodologias de pesquisa. E UX Research nada mais é do que pesquisa. A diferença é o contexto em que a pesquisa será conduzida. É importante trazer das Ciências Sociais o rigor científico para executar projetos de qualidade.
  • Cursos de baixo investimento e até mesmo gratuitos podem auxiliar no processo de migração tanto para conhecer as diferentes técnicas de pesquisa utilizadas pela área, mas também para conhecer as terminologias e entender como as empresas percebem a atuação de um UX Researcher.
  • Aqui no medium existem muitos textos de profissionais de UX que podem ajudar a entender a atuação dos times de pesquisa e a conhecer boas práticas.
  • E por último, mas não menos importante, converse com outros profissionais da área! Assim você pode aprender sobre diferentes formas de se organizar, ferramentas que pode utilizar, estruturas dos times, dicas de cursos, leituras e vídeos, lições aprendidas e outras dicas que a experiência do dia a dia pode proporcionar.

Por aqui brincamos que anos de banQi são como anos de cachorros e eu não poderia desmentir. Esses 5 meses foram muito intensos. Se antes eu não conseguia entender muito bem o caminho dos meus projetos, hoje desenvolvo-os do início ao fim sem sombras de dúvidas sobre o impacto positivo que eles estão causando.

Mas isso só é possível porque tenho companheiros de trabalho incríveis e nenhum projeto é conduzido somente por mim, tanto o time de UX Research quanto UX Writers, Product Designers (PDs), Product Managers (PMs), Group Product Managers (GPMs) estão presentes nos processos tornando-os possíveis e utilizando dos resultados para tomar decisões com base nos dados.

E por isso, ao time banQi, muito obrigada!

E a vocês que chegaram até aqui, até a próxima!

Se quiser bater um papo, meu linkedIn tá sempre de portas abertas.

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