O que nós aprendemos com os vira-latas?
O 1º Design Day do banQi foi um marco importante pro nosso time. Pudemos parar para respirar, olhar pra trás e sentir orgulho de tudo que fizemos em um ano. Também pudemos olhar pra frente e planejar onde queremos chegar nos próximos 12 meses. Tudo isso com uma ajudinha de nossos amigos de 4 patas.
Há apenas um ano publicamos nosso primeiro artigo como time de design do banQi. Éramos 8 pessoas empolgadas e ainda um pouco perdidas. Nem nas nossas apostas mais altas tínhamos imaginado que, 12 meses depois, teríamos dobrado de tamanho e estaríamos estruturados o suficiente para mostrar nossos resultados para a empresa inteira. A coisa foi tão séria que teve até nome em inglês: Design Day.
A história que a gente resolveu contar foi sobre o que aprendemos com os vira-latas. Afinal, eles são um megazord de bichos incríveis, que ficaram ainda melhores quando se misturaram. E a gente acredita que UX é o vira-latas das empresas: são experiências, conhecimentos e perfis que funcionam muito melhor quando se misturam. Ah, e tal qual os vira-latas, nós também
nos distraímos facilmente com coisas coloridas. Foi uma experiência tão legal que resolvemos dividir as lições que aprendemos com os peludos.
Lição 1 — Eles se adaptam rápido às mudanças
O banQi cresceu muito e cresceu rápido. Mudar era uma questão de sobrevivência. Para acompanhar o ritmo da empresa e chegar mais perto da tão sonhada maturidade em design, precisamos avaliar nossos processos, estruturas e entregas com honestidade. E, como bem definiu o Pedro Sant’Anna, maturidade em design é que nem cebola: ela tem camadas e ganha força ao atender expectativas na organização.
Usamos o modelo da InVision e descobrimos que já percorremos metade do caminho. Ainda precisamos melhorar em bastante coisa mas já somos muito mais maduros que em 2021 (e quem não é depois de 2 anos de pandemia, né?).
Lição 2 — Eles podem ter tamanhos diferentes
Aqui o Gabriel Sicuro contou que analisamos como e por que passamos de 8 para 16 pessoas. Como estamos em relação ao mercado e que fatores consideramos pra garantir um crescimento sustentável do time.
Quando falamos de maturidade do time de produto o ratio ideal é de 1:1, de acordo com o mercado. Isso significa que precisaríamos de 22 Product Designers, 6 UX Researchers e 6 UX Writers no nosso cenário atual.
Embora essas pesquisas forneçam informações úteis sobre as médias do setor, há muitos fatores que as empresas devem considerar, incluindo:
- Tamanho e maturidade da empresa
- Complexidades do design do produto
- Proporções da equipe de produtos
- Estrutura da equipe de UX (pesquisadores/designers)
- Métodos de pesquisa do usuário
- DesignOps & Design System
- Tech Stack
- Produtos B2B vs. B2C
Portanto, quando consideramos nossa capacidade de impactar as métricas do negócio, percebemos que estamos num patamar que pode ser considerado ideal, dado o tamanho da empresa.
Lição 3— Eles se comunicam muito bem
A hora e a vez do UX Writing brilhar. A Claudia Casanova aproveitou para reforçar a importância do design de conteúdo para os negócios e mostrar um pouco da ciência por trás das mais de 10 mil palavras existentes no nosso app.
Também discutimos a relação entre engajamento de redatores, designers e pesquisadores e produtos mais eficientes — ou seja, quando os três trabalham juntos, quem ganha é o usuário. E conseguimos provar essa teoria mostrando resultados das nossas experimentações em testes de conteúdo com usuários.
Lição 4 — Eles metem o nariz onde são chamados
Guilherme de Paula e Poliana Santos contaram como começamos a medir e mostrar o valor das pesquisas que realizamos aqui, inclusive fazendo um cruzamento entre quantidade x qualidade das entregas. Fazendo uma análise dos últimos 12 meses, percebemos que todas as nossas entregas tiveram conexão direta com as metas do banQi. A empresa passou a nos procurar (e não tanto o contrário) porque:
- Fornecemos dados que podem ser usados por todos os times (não apenas produto)
- Sabemos as necessidades do cliente de acordo com cada produto que o banQi oferece
- Temos uma percepção do que precisa ser melhorado primeiro
Outro destaque foi a descentralização das pesquisas e a capacitação dos times de Product Design e Produtos para que façam seus próprios testes, deixando o time mais livre para atuar em descobertas estratégicas.
Lição 5 — Vira-latas são amostrados. E nós também!
Deixamos a parte mais legal do encontro para o final, quando as duplas ou trios (PDs + Writers + UX Researchers) mostraram os casos que mais curtiram fazer. E o que não faltou foi gente empolgada para falar:
Thalita Freitas, Mariana Ferreira, Maraneane, Gustavo Mandú, Joel Silva, vitoria botelho, Gustavo Côrtes, Thiago Alves, Tiago Cardoso, Thiago Dias, Thiago Valente (um dos pré-requisitos para ser designer no banQi é chamar T(h)iago, sabia? ;-p ), Guilherme Ramos e Lucas França.
Embora tenha sido gostoso dividir com a empresa os fluxos e soluções que mais nos deram orgulho, foi um momento importante também para mostrar quanto estudo e ciência existe por trás das telas bonitas e textos enxutos que chegam para o usuário final.
Estamos cansados, mas bem felizes. Sabemos que esse foi só o começo, ainda vem muita cachorrada por aí. ;-)