Epifania em Caná

Matheus Doresbach
Basileia
Published in
2 min readAug 15, 2018

Por Peter J. Leithart

The Marriage Feast at Cana — Bartolome Esteban Murillo

Jesus transformou água em vinho no casamento em Caná da Galileia. É o primeiro sinal, João nos fala (João 2:11). É uma epifania da Palavra feita carne.

É um sinal do quê?

O casamento acontece no “terceiro dia” (2:1), que é o sétimo dia na sequência de dias no primeiro capítulo de João. Em toda a Escritura, um terceiro dia é um dia de novo nascimento (quando as sementes e as árvores frutíferas nascem do solo) e de transição do velho para o novo.

O grande terceiro dia da história do evangelho é a ressurreição de Jesus. O terceiro dia do casamento antecipa o último sinal do Evangelho de João. O Sabbath é o grande sétimo dia, e o sinal de Caná antecipa o novo Sabbath, o oitavo dia da ressurreição.

Jesus não transforma só água em vinho. A água é a água da purificação dos Judeus, e quando Jesus a transforma em vinho ele não está apenas manifestando poder divino, mas manifestando sobre a transição das regras de pureza do velho para a celebração jubilosa do novo.

A água está nas talhas de pedra, e ao tirar vinho da pedra, Jesus prova que Ele é maior que Moisés, que tirou mera água da pedra.

De maneira sutil, é uma manifestação da humildade de Jesus. Quando o vinho é servido, as pessoas elogiaram o noivo por guardar o melhor vinho para o final. Jesus não intervém para redirecionar a glória de volta para Si. Ele fica de lado para que o noivo leve o crédito.

E assim, desde o primeiro sinal, a glória de Jesus é mostrada para ser a glória da humildade, a glória da cruz.

Texto Original: Epiphany at Cana
Tradução: Matheus Doresbach

--

--

Matheus Doresbach
Basileia

Casado, Pai do Matheus Filho, Estudante de Teologia, Tecnólogo em Redes de Computadores.