Camila Petribú
Bastidores Even3
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4 min readApr 4, 2016

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Como é ter o Even3 como “meu primeiro estágio”

É engraçado pensar o quanto a vida muda em pouco tempo. Depois de um período de dúvidas e de estresses quanto à carreira que iria escolher, tomei uma decisão: saí do curso de Letras na UFPE e decidi tentar o vestibular para Jornalismo.

Era dia 10 de dezembro de 2015, uma quinta-feira, quando vi o “cambio” da minha vida (expressão que significa “mudança” em espanhol) acontecer. Ainda não tinha assumido publicamente que havia trocado de curso mais uma vez (sim, antes de Letras, cursei duas semanas de Direito e também desisti), mas, em um meetup do Manguezal, comunidade empreendedora de Pernambuco, criei coragem, por me sentir entre amigos (embora tivesse uma grande quantidade de desconhecidos) e contei sobre o tal “cambio” para as pessoas presentes.

Desde o Startup Weekend Education, vi a importância de conhecer pessoas novas. Enxerguei, também, que os contatos que fazemos em eventos, reuniões e meetups podem, muitas vezes, deixar de ser um “simples contato”, tornando-se amigos e mudando completamente o rumo da nossa vida.

Turma do SW EDU Recife 2015

Foi naquele meetup de dezembro que conheci os meninos do Even3. Primeiramente, descobri, por meio de um pitch super rápido, feito no evento, o que a empresa fazia — facilitar a organização de eventos científicos -, e já me identifiquei de cara com a sua missão.

Quando era 5ª série do Ensino Fundamental, entrei, pela primeira vez, em contato com o mundo dos artigos e dos projetos científicos. Aprendi, por meio de um manual fornecido pelo colégio onde estudava, as regras mais básicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e me apaixonei. Enquanto todos da minha turma odiavam as aulas de Iniciação Científica que tínhamos toda semana por as julgarem desnecessárias, eu me deliciava em formatar trabalhos com as tais regras e com a possibilidade de aprender sobre escrita científica.

Lembro-me que minha mãe me explicou, desde cedo, a importância da pesquisa científica na vida de qualquer estudante ou profissional. Ela só havia tomado conhecimento do assunto e da ABNT na época da pós-graduação, o que lhe rendeu um estresse “extra” na elaboração do trabalho. Enquanto ela teve o primeiro contato com gêneros e com a formatação científica quando adulta, eu, ainda criança, no Ensino Fundamental, já sabia organizar e diferenciar capa, folha de rosto, sumário, anexo e apêndices de acordo com o padrão exigido pelas grandes empresas e Universidades.

Pesquisar não era “apenas uma obrigação”, era uma verdadeira paixão. Mudei de colégio e, mais uma vez, o amor pela pesquisa não saiu de mim. Sempre deixei bem claro que a parte de elaborar projetos de pesquisa era a minha fase preferida do colégio.

Naquele dia 10 de dezembro, após conversar, de forma descontraída, com os meninos do Even3, Leandro, Renato e Cláusio, devido a um amigo e mentor em comum, Arthur Padilha, não imaginava que, em pouco tempo, o mundo científico estaria ainda mais presente na minha vida. De um simples bate-papo surgiu a oportunidade de um estágio no Even3.

Confesso que, na hora, não acreditei, afinal, ainda estava pra fazer o vestibular que determinaria o ingresso no meu atual curso: o Jornalismo. Mesmo assim, aqueles três meninos acreditaram em mim e me contrataram. Eu, ainda no primeiro período da faculdade, havia conseguido o meu primeiro estágio. E a melhor parte: trabalharia com a produção de conteúdo para o blog e com as demais redes sociais, escrevendo e produzindo sobre um dos assuntos que mais amo na vida, pesquisa científica.

Quando você faz o que ama, consegue logo enxergar o resultado: só no primeiro post que escrevi para o blog, sobre um curso de escrita científica oferecido pela USP, consegui ajudar gente do Brasil todo. Foram mais de 10.000 pessoas alcançadas no Facebook e quase 50 mil acessos no blog do Even3. O post viralizou nas redes sociais e, para isto, nem precisamos pagar por “impulso” ou publicidade no Facebook! O post, por si só, já foi um sucesso!

A sensação foi maravilhosa. Agradeço, de coração, aos meninos do Even3 por terem acreditado em mim desde o princípio. Vejo o quanto tenho aprendido neste pouco tempo que estou na empresa e me surpreendo em como eles estão sempre dispostos a me ensinarem. Acho que essa é uma das principais características de se trabalhar em um ambiente de startup: a galera se ajuda. Esse é o grande diferencial.

Espero continuar aprendendo a cada dia, mesmo que, para isso, sejam necessários alguns puxões de orelha ou algumas “mini-broncas” de vez em quando. O bom de ser estagiário é, justamente isto: estar ali para aprender. Aprende-se com os erros, com as críticas, com os elogios e, também, com os acertos e a sensação é incrível. É maravilhosa.

Sei que, lá na frente, quando estiver velhinha, lembrarei do quanto o Even3 mudou a minha vida, do quanto aprendi e do tanto de gente nova que conheci. Foi ( e está sendo) o meu primeiro estágio e, por isto, sempre terá um lugar especial em meu coração! Obrigada, Leandro, Renato e Cláusio, por terem me dado esta chance!

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Camila Petribú
Bastidores Even3

Estudante de Jornalismo, ansiosa, escritora no blog Chá das Quatro, apaixonada pela arte de lidar com pessoas e com palavras! www.chadasquatro.com.br