Do processo seletivo a 1 ano de empresa, o que mudou?

Laryssa Camara
Bastidores Even3
Published in
4 min readFeb 21, 2019

Quando comecei o processo seletivo de estágio na Even3, confesso que não conseguia enxergar a menor possibilidade de fazer parte do time. Confesso ainda que, na última etapa do processo, fui forçada pelo meu digníssimo namorado, Augusto, à comparecer (Chefinho, agradeça a ele). Sem o seu poder mágico de me convencer fazendo cara feia, não teria sequer aparecido na última entrevista.

E, olha, hoje ele mesmo se gaba por ter me levado àquele empresarial e ter esperado em pé, enquanto eu lançava meu puro nervosismo para os sócios da Even3 (e toda a equipe que estava trabalhando na mesma sala naquele momento). Subi no elevador com o corpo inteiro tremendo, quase como se estivesse subindo para o abate.

Chegando na sala, que já havia conhecido antes numa etapa anterior, me deparo com mais pessoas do que na última vez e os três sócios prontos para me fazer perguntas. Renato me ofereceu uma água, Cláusio me analisava gentil e Leandro começou conduzindo a entrevista.

As perguntas foram ótimas, até engraçadas, uma delas querendo saber o que eu faria se encontrasse um pinguim na minha geladeira (claro que eu chamaria o Ibama). E assim, para todas as perguntas seguintes, respondi com muita sinceridade e humor, quase me esquecendo que as pessoas que estavam à minha frente tinham interesse em me contratar.

Desci correndo, fui de encontro ao meu prometido, quase convicta de que não seria escolhida. E essas foram exatamente as minhas palavras: “Eles não vão me escolher, fui muito eu nas respostas”. Claro que, como bom namorado babão, ele disse que seria exatamente por isso que seria contratada.

Alguns dias depois, recebi um e-mail dizendo que o processo havia sido finalizado. Ok, eu não estava nervosa. Talvez só o suficiente para atualizar a caixa de entrada a cada hora.

E, durante uma dessas atualizações, recebo uma ligação da minha xará. Meu coração congelou, minhas mão começaram a suar e, sem muito exagero (talvez um pouco), vi minha alma saindo do meu corpo e cruzando os dedos enquanto eu ouvia o que Larissa dizia.

Eu nem acreditei no que ela disse, quase pergunto se ela tinha certeza disso. Nunca fui confiante (percebemos desde o início) e imaginar que agora faria parte de um time, de uma empresa maravilhosa, só parecia ser pegadinha. Nem preciso dizer que o queridíssimo namorado disse “Eu sabia, eu avisei”, não é? Ele ficou tão feliz que até parecia que ele iria trabalhar no meu lugar.

E, naquela segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018, exatamente às 10 horas da manhã, lá estava eu. As pessoas foram maravilhosas, me deixaram bem à vontade e me ensinaram algumas coisas primordiais para viver no escritório. Por exemplo, Caio me ensinou, com muita paciência, a usar a cafeteira. Tudo bem que ele precisou fazer café comigo 3 vezes até eu ter certeza que não ia explodir nada.

E em seguida os desafios começaram. Leandro, meu líder, me passou responsabilidades, sempre com muita calma e paciência. Logo comecei a pegar demandas de Cláusio e Renato, e atender a toda equipe, que também foram bastante pacientes e atenciosos. E, dessa maneira, apaixonei pela gestão empresarial e gestão de pessoas.

Todos os dias, desde a primeira segunda-feira, trabalhei amando o que faço. Às vezes surgem reuniões com o contador, mas até nesses dias, me sinto realizada. Tanto que, no meu segundo mês, recebi o prêmio de destaque — mais uma vez a tecla de que não me sentia merecedora — mas o sentimento de trabalho bem feito teve mais espaço.

Durante essa jornada, vários foram os desafios atirados a mim. E vários foram os sorrisos que dei ao conseguir cumpri-los. Nós nos mudamos, fomos para um escritório novo. Cheio de novas motivações. Passamos por meses de altas demandas, onde todos arregaçamos as mangas e colocamos as mãos na massa para fazermos o que a Even3 oferece de melhor: focar no cliente.

Durante todo esse furacão de demanda, mais uma surpresa: a minha contratação. Aconteceu durante uma reunião e, no momento que ouvi a proposta, tive vontade de me atirar e agradecer às 3 pessoas que acreditaram em mim, confiaram no meu potencial e tanto me ensinaram. Meu coração batia à 100 por hora, mas sem pressa alguma, minhas mãos ficaram trêmulas, mas, sem muito sucesso, precisei me conter.

No retorno para casa, naquele mesmo dia, meus pensamentos se voltaram para o primeiro teste, para a vontade que eu tive de desistir, a insegurança que quase me sabotou. Me lembrei, ainda, do sorriso de orgulho de Augusto, das lágrimas do meu pai e de tantos outros familiares que vibraram comigo quando fui chamada.

Ali, uma nova pessoa nascia. Uma nova pessoa dava início à uma jornada ainda mais bonita. Muito trabalho, mas muita satisfação e gosto por fazer o que ama. Hoje, 1 ano após o início da mais bela trajetória profissional que pude imaginar, contratada, com uma carga de experiências ótimas, me sinto imensamente feliz.

Pude aprender e agregar conhecimento, abraçar os setores e ser abraçada de volta. A mala de conhecimento está mais pesada, a visão profissional se transformou, mas os valores seguem intactos. E é com a mesma veracidade que respondi as primeiras perguntas, que respondo essa: O que mudou? Hoje, acredito que sou capaz de tudo, junto à minha equipe e aos meus líderes. O mercado é grande e nós somos gigantes, pois somos todos uma família.

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