Até logo, Hansi

Oficialmente, treinador do sextete bávaro deixará o clube ao fim da temporada

Ricardo Baijão
bayernmunchenbr
3 min readApr 27, 2021

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Para quem não ainda acredita, ele realmente está indo-se.

O texto começa com um esclarecimento de que o mesmo não será como qualquer um. Isso que estou e irei escrever serão agradecimentos por duas temporadas.

Duas lindas temporadas, com muito contraste entre elas.

A primeira de um futebol irresistível, difícil de ser superado. Ninguém jogou tanta bola quanto nós na temporada 2019–20, nem chegaram perto. Não havia um time capaz de aguentar o Bayern do novato Hansi Flick, que realmente chegou abalando o mundo futebolístico e fazendo TODOS temerem o Maior da Alemanha. Em seus 36 jogos comandando o time de Munique até então, absurdas 33 vitórias, sendo 23 seguidas até esta temporada atual. A maior marca de um clube das cinco grandes ligas européias. Além disso, Bundesliga, Pokal e Champions League conquistadas.

A segunda temporada teve suas turbulências.

Começaríamos com tudo a temporada 20–21, como foi o fim da anterior, mas a maneira de jogar e o “downgrade’’ no elenco fizeram com que o rendimento caísse. Também temos o calendário puxado que foi o do futebol europeu com a crise do coronavírus, mas isso foi algo que afetou todos os clubes do mundo.

Flick manteve seu ideal: jogar no campo do adversário. Só que não deu muito certo na atual temporada e isso é compreensível, pois quem chegou, não chegou tão bem e alguns jogadores que já estavam no clube não mantiveram seus níveis de atuação da temporada anterior. O maior destes provavelmente foi Serge Gnabry. Além disso, Douglas Costa e Bouna Sarr foram nomes decepcionantes e pífios. Flick não pôde contar com eles.

A grande chegada da temporada foi Leroy Sané, que vinha de uma grave contusão e não performou no nível natural dele, o que também é compreensível. Robert Lewandowski, esse sim, após ser eleito o melhor jogador do mundo, não só manteve seu nível como o elevou e sua temporada é melhor que a anterior, inclusive.

Com tudo o que foi citado, Flick teve dificuldades em seu segundo ano comandando o Bayern.

Não irei tocar muito no assunto Brazzo, apesar de acreditar em tudo. Porém, está claro que Hansi almeja ser treinador da seleção alemã (cargo que ficará vago após a Euro deste ano, com a despedida de Joachim Löw), e é o que irá acontecer. Na real, isso é algo que temos que respeitar pois se você for pensar, quando chegou, Flick não seria efetivado mas seu trabalho fez com que fosse. Hoje, ele já está consolidado (muito, inclusive), após se tornar o primeiro e único treinador da história bávara a conquistar todos os seis títulos possíveis numa temporada, mostrando seu valor e seu grandíssimo potencial.

Para nós, torcedores, claro que a despedida dele é triste. Hansi nos devolveu ao brilhantismo e nos tornou temidos novamente, mas o que me deixa mais relaxado é que ele sairá de peito aberto e com a certeza de que fez um excelente trabalho.

Nós nunca esqueceremos o que Hans-Dieter Flick fez em seus tempos como treinador do Bayern de Munique, nunca mesmo. E, com certeza, não será um adeus, mas sim um até logo. Que Flick seja vitorioso onde estiver, não desejamos menos que isso.

Danke für alles, Hansi!

Willkommen, Nagelsmann.

Mia san mia.

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Ricardo Baijão
bayernmunchenbr

22. Amante de futebol, acima de qualquer coisa. Torcedor do Bayern de Munique e do Fluminense.