Um terreno fértil
Nos últimos dois anos tive a oportunidade de explorar uma Belo Horizonte efervescente. Talvez seja uma palavra pouco usada para se referir a uma cidade que por muitos é estereotipada como fechada ou conservadora. Foi então que conheci um lado que para alguns nem existia por aqui, o lado da criatividade empresarial.
Espero que essa porta nunca mais se feche pra mim já que tive a oportunidade de trabalhar em um projeto no qual a palavra chave era inovação. E à época, nem eu sabia exatamente o seu significado real e muito menos que BH abriria espaço para ela. Fui surpreendida — para a minha alegria!
Em uma tacada só conheci o designer que virou sorveteiro, uma jovem estudante de música que resolveu ser empresária e abriu o bistrô mais charmoso da cidade e ainda o artista argentino que deu a cara a tapa e abriu um café, que mais tarde virou bar, em um local que antes era um reduto boêmio tradicionalíssimo do centro e, hoje, ainda atende pelo nome de Maletta, mas ganhou uma chuva de resignificados e apropriações criativas.
Conheci também o publicitário que cansou da vida de agência e arriscou a sorte como empreendedor sob o lema: a democracia da boa comida. Ah, e não podia me esquecer da designer de acessórios que, sem perceber, criou um dos negócios mais originais da cidade que aquece corações com açúcar e afeto.
Para quem achava que a capital mineira era um terreno árido de ideias, pessoas interessantes, lugares surpreendentes e oportunidades, enganou-se — novamente, para a minha alegria! Beagá, o meu muito obrigada por me apresentar essas mentes criativas. Estou pronta para novas aventuras.