Gin Martini

Renata Kotscho
Bebendo a morta
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2 min readMar 12, 2020

Marvelous Mrs. Maisel

Eu pensei em escrever uma crônica estilo dramalhão russo hoje. Afinal, a coisa está tensa, senhoras e senhores. Não sei vocês, mas ultimamente antes de abrir o meu celular eu tenho feito o sinal da cruz (credo). Tá difícil acompanhar a quantidade de notícia ruim. Puta merda. E essa parada de cancelar tudo? “Cancelamento é a palavra do ano”, alguém escreveu no twitter. Está certíssimo.

A gente tenta planejar a vida mas, “às vezes as coisas simplesmente explodem na sua cara”, né? Parece que sim. Saudades do tempo que a gente ficava triste porque o nosso time de futebol ou de basquete perdia. Hoje a gente fica triste porque cancelaram a temporada de basquete inteira. Acabô tudo.

Mas, vai adiantar o quê ficar chorando? Nada. Então resolvi encarar que a vida é comédia mesmo (meio negra, é verdade) e falar de Midge Maisel, a personagem mais leve e divertida da ficção nos últimos tempos.

A terceira temporada de Marvelous Mrs. Maisel é a pior das três, mas paradoxos da vida, tem o melhor episódio de todos: o quinto. Está tudo lá. É tão bonitinho. Os 15 minutos finais então…suspiros. (melhor do que isso para dar aquela levantada no astral, só beber champagne dentro da banheira de espuma, ui*)

E a química que a nossa heroína tem com o Lenny Bruce, então? Tem um ditado em inglês que diz o seguinte: “When you have chemistry, all you need is timing. But timing, my dear, it’s a bitch”. É mais ou menos essa a história da dupla, que nem dá pra chamar de casal, são dois funny Valentines.

A bebida preferida da nossa nova iorquina Mrs Maisel, é o Gin Martini, talvez o mais romântico de todos os drinks. Ele é perfeito para tomar em boa companhia, pois estimula os nossos sentidos. Foi também o primeiro cocktail desses mais sofisticados que eu aprendi a fazer. Desce um pra mim também, vai..

Cheers!

Eu faço Gin Martini assim:

Duas doses de Gin
Meia dose de vermouth seco (eu gosto muito de um Vermouth produzido aqui em Napa, na Califórnia, chamado Lo-Fi que é uma infusão de várias ervas)
E para enfeitar, trocando as tradicionais azeitona ou casca de limão eu coloco um ramo de alecrim que harmoniza com os aromas desse Vermouth.
Ao contrário do James Bond, eu gosto do meu Martini “stirred, not shaken” fica mais forte assim…chacoalhar dilui demais o gelo, rs. Depois é só coar e servir com o alecrim.

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Renata Kotscho
Bebendo a morta

Médica formada pela UNICAMP, especializada em Medicina Estética pela American Board of Aesthetic Medicine