A minha evolução de Tester Manual para Tester de Automação

Sofia Trindade
Bee Lab Academy
Published in
3 min readMay 7, 2020

Olá a todos!

Fico muito feliz por ter despertado a vossa atenção para lerem este meu artigo…

Em primeiro lugar, quero contar-vos que eu vim parar à área da TI e mais propriamente à área de Testes de Software por acaso, mas… estou a adorar 😊

E vocês perguntam-se, por que será?

Porque, em 2013, tive que decidir que licenciatura queria frequentar… Não tinha qualquer ideia porque eu gostava da área da saúde e de matemática, mas não tinha certezas de nada… Foi então, que familiares meus, que estão na área de TI, convenceram-me a candidatar-me à Licenciatura em Engenharia Informática…

E, assim aconteceu, entrei sem saber ao certo do que se tratava… No primeiro semestre pensei em mudar de curso várias vezes. Mas, apenas não o fiz por causa da matemática. Fui fazendo as disciplinas e consegui concluir a licenciatura no tempo expectável.

Depois, em 2016, comecei à procura de emprego e a primeira oportunidade que surgiu (coincidência ou não) foi logo para testes de software. Como eu não gostava muito de programação juntei o útil ao agradável e aceitei.

Estive cerca de 1 ano e meio a fazer apenas testes manuais, mas como trabalhava num ambiente agile e convivia todos os dias com os developers, comecei a despertar em mim o bichinho da programação…

A primeira interação com algum automatismo de testes foi com o Selenium IDE (na altura apenas estava integrado com o Mozilla, agora já dá com outros browsers) e a primeira sensação que tive foi de alívio por conseguir reduzir todos os clicks repetitivos que dava numa interface num único click que era no play da execução da suite de testes…

Foi aqui que o meu mindset começou a mudar, comecei a explorar mais a área de automação e a gostar cada vez mais do poder que ela me dava.

A segunda interação, foi começar a exportar todas as suites que tinha no Selenium IDE para scripts em C# para integrar numa solução de desenvolvimento. Mas, algumas coisas não eram compatíveis e tive que começar a mexer no código de alguns scripts.

E aqui comecei a pensar: “e se fosse eu a fazer, desde o início, estes scripts? Será que não é mais vantajoso?” A resposta na altura foi claramente que sim, já que tinha acesso à solução de desenvolvimento, comecei a trabalhar com o selenium webdriver em c# e a construir tudo de início. Segundo as boas práticas como BDD e Gherkin Syntax, Page Object Pattern

E, pronto este foi ponto de partida na automação… A partir deste momento foi sempre uma evolução constante, não só por minha vontade, mas também, porque a tecnologia está sempre a evoluir e nós temos que acompanhar.

Neste momento, eu já consigo automatizar testes de integração em APIs com o JEST e Supertest (se tiverem curiosidade em aprender podem espreitar o meu artigo aqui) explorei também o WiremockJs para não ter dependências de serviços externos. Ainda neste nível, uso o Postman com ferramenta de auxílio nos testes de API manuais. E, também, tive interações com o JMETER para testes de performance. No nível acima nos testes de end-to-end uso, neste momento, o WebdriverIO com Cucumber e o JEST.

Como podem reparar mudei também a linguagem de programação de c# para javascript isto foi outra vitória… Eu passei a adorar javascript, porque na minha opinião, é uma linguagem menos burocrática e muito mais rápida de aprender!

Todo o processo desde o setup do projeto de testes até à parte de configurar os comandos de teste a serem executados durante de um processo deploy nas pipelines são coisas que eu nunca imaginei fazer… Porque pensava que a automação era um bicho de 7 cabeças 👻

Mas garanto-vos que não é, e este foi o único motivo que me levou à escrita deste artigo, porque quero inspirar e incentivar todos os testers que apenas fazem testes manuais a experimentar a automação.

É minha intenção continuar a escrever artigos com as ferramentas que uso, por isso fiquem atentos 😉

Espero que tenham gostado!

--

--