Times ágeis e o “Efeito Neymar”…

Jorge Improissi
Bee Lab Academy
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3 min readMar 14, 2018
Divulgação

Já é comum para Neymar ouvir que ele é o “dono da bola”, “ele resolve”, “leva o time nas costas” e muito mais, mas no time em que chega o jogador brasileiro leva consigo o bom futebol e um punhado de polêmicas na bagagem.

Nos times em que o craque passou sempre ficou o estigma de que “se tocar no cara, ele resolve”, mas e o restante do time? Não servem para nada?

Futebol é um esporte coletivo, é óbvio que temos de tempos em tempos jogadores diferenciados que se sobressaem dos demais em habilidade, mas um resultado de jogo é construído pela performance de toda a equipe.

Não é diferente em se tratando de um time de desenvolvimento de software, alguns podem até achar que esse discurso de “time” soa piegas, mas não dá para esperar muito de uma equipe que mal consegue dividir o mesmo espaço por não suportar um ao outro ou devido megalomaníacos que se julgam geniais que sabotam àqueles que pensam na integração de ideias.

Beleza, mas o que o Neymar tem a ver com isso?

Neymar é supervalorizado onde chega e consequentemente rola uma certa soberba, talvez natural por tantos holofotes direcionados ao craque. Mas o que o time ganharia como reforço pelo futebol do cara vem acompanhado de subvalorização do restante do elenco e possivelmente um sentimento de ser pouco valorizado.

Há poucos dias o PSG, time de Neymar, foi eliminado de uma das maiores competições de futebol da Europa (ou talvez do mundo?), uma semana depois do brasileiro ter sofrido um fratura. Apesar de terem perdido o primeiro jogo por um placar largo muitos acreditam que o brasileiro fez falta para uma possível reação. A pergunta que fica é: Neymar fez falta?

Para o status em que ele foi recebido no clube, sim! Mas e em relação à equipe? E o restante do time? O time são onze jogadores e não apenas um!

Ganha-se junto, perde-se junto!

O “efeito Neymar” no dia a dia do desenvolvimento de software

No cenário de desenvolvimento de software não é difícil ver situações em que um desenvolvedor é “o dono da feature”, o cara que em um momento crítico recebe a funcionalidade que está dando dor de cabeça por que é ele quem tem domínio para tal, está aí o “Efeito Neymar”.

No caso de um Time Ágil não há a necessidade de existir esse tipo de situação, já que se prega o conhecimento alinhado de todo o time aplicado às práticas como pair programming, dojos, entre outras.

E você já parou para pensar quando o “Neymar do desenvolvimento” fica doente, entra de férias, a funcionalidade ou sistema adoece e sai de férias também? Absurdo, certo?

Então em times que trabalham em contexto ágil não dá para esquecer que o real conceito de time é o trabalho em grupo, indivíduos engajados para atingir o mesmo objetivo.

Mantenha seu time jogando e evoluindo juntos! ;)

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