Rebelião
“Não existe honra nas coisas feitas por medo”
ATO 1 — GUERRA
LEVANTE,
ENCARE
O som da trombeta a soar!
O prelúdio
Da guerra,
A Morte a se aproximar.
Deixe o medo
De lado,
Prepare-se para lutar.
Em forma,
Ataque!
Ponha-se a marchar.
Junto
Da tropa
Com os seus estandartes a balançar,
Sob as cores de um mestre
A luta se dará.
Vermelho-sangue,
Cor da limpeza,
Anuncia o rei que irá reinar.
Onde os fracos
Não têm voz,
Coloque-se em seu lugar!
Acredite,
A sua crença
Do lado vencedor deve ficar,
Afinal,
O que é ser patriota
Na hora de matar?
ATO 2 — O LEMA ERA UMA MENTIRA
Por um lema,
Uma mentira,
Muitos irão afundar…
Então não seja
Dos derrotados,
E sim dos que vão derrotar.
Saiba, apenas
De qual lado você deve ficar.
Se por acaso
Ver
Que o jogo está a virar,
Antecipe-se,
Troque de lado,
Para aos vencedores glorificar.
ATO 3 — “NÃO ME IMPORTO!”
E não se importe,
Nunca se importe
Com o que eles irão bradar.
Afinal
Eles falam só por falar,
Porque não sabem o que dizer!
Quando percebem que vão perder,
A ninguém querem saudar!
ATO 4 — A VITÓRIA CONQUISTAR
Mas quem pode dizer
Que é este o caminho a se seguir?
Onde os fracos não têm vez,
É com os fortes que se vai evoluir!
Pois é dito e sabido
Que a honra e o bom-senso
São por si só inofensivos,
Sem o braço forte,
Não faz-se mudança tampouco revolução.
Pois onde a paz é inviável,
A guerra
Se torna inevitável.
Mas se for para lutar,
É para a vitória conquistar!
Afinal,
Não existe honra
Nas coisas feitas por medo.
Não tão cedo.
