Arsène Dupoar

O Apaixonado em tormenta

Rafão Araujo
Belregard — O Salário do Pecado
3 min readJun 19, 2019

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Arsène Dupoar

Interpretado por Diego Bassinelo

Um dos pilares econômicos de Girond, possui os melhores vinhedos nas terras altas da cidade. Graças ao apoio do Chefe Villare, prosperou mais o que esperado e não tem problemas com manadas de javalis em suas plantações.

Fora amigo de infância de Gael Boucher e por consequência, amigo também de Étienne. Os três eram sempre vistos juntos. Não demorou para que a luxuria mostrasse sua face e fizesse com que desejasse e fosse prontamente correspondido, pela esposa de seu amigo. Dali surgiu um amor proibido. Hora consumado, hora reprimido sob muita luta.

Anos se passam e ela, relata sobre horrores que Gael a obrigava passar para satisfazer sua patologia sexual: mortificação, dor, sangue, máscara, falos artificiais de couro e madeira… tudo dentro de seu lar, sob a máscara mentirosa de um casal normal.

Tomado de ódio, viu com seus próprios olhos. Recebe a proposta de por fim ao sofrimento de Étienne e assim o faz, envenenando seu melhor amigo, matando por acidente o irmão mais novo do mesmo, que bebeu do vinho proibido sem nenhum alerta.

Sua paixão e desejo nunca sessou. Obrigando sua esposa a se vestir como sua amada proibida, fazendo-a viver um inferno terrestre para poder, deste único modo, ter um pouco do desejo e atenção de Arsène Dupoar.

Sendo manipulado por quem ama, colocou fim à vida de mais outras quatro pessoas. Sendo a ultima, uma jovem gravida de seu filho Maël. Isso ruiu sua sanidade, fazendo-o afundar-se de vez na bebida. Essa que, sempre é compartilhada com o crânio seco e exumado de seu querido amigo, seu único companheiro de bebedeiras solitárias.

Sua Villa, O Crânio de Gael e sua esposa Victorie

Sempre foi um homem de trabalho, de luta, mas foi apenas com o apoio do Chefe Villare que conseguiu conquistar as Terras Altas de Girond. O antigo dono o perdeu por dívidas, então, foi questão de tempo para que caísse em suas mãos, em troca de apoio à Rhibauld sob qualquer situação.

O Crânio de Gael é seu totem, sua âncora, parte do que lhe atormenta e mantem sua tênue sanidade. Exumado com suas próprias mãos, o crânio do seu amigo lher serve de companhia. Pede perdão pelo ato cometido, uma vez que percebeu que sua morte não colocou fim às desgraças que um dia descobrira.

Victorie vive uma vida deplorável, amando alguém que não a ama. Sujeitando aos seus mais hediondos caprichos, encenando ser Étienne na cama do casal, para que assim possa ser alvo de algum desejo e amor.

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