Por que sua empresa deve investir em inovação para ter resultados em 2017?

Bemind
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5 min readMar 24, 2017
Fonte imagem: The Business Learning Institute

O país vivencia hoje a pior recessão de sua história. O PIB brasileiro registra queda, o poder de compra das pessoas também caiu, cerca de 12% da população está desempregada, de fato, afirma-se que o Brasil está enfrentando a sua pior crise.

Pensando nesse cenário e em como lidar com a crise, você pode estar se perguntando: falar de inovação em uma hora dessas?

Sim, em horas como essa é ainda mais importante falar em inovação! Há uma máxima que diz que é na crise que surgem as oportunidades.

Por isso, a inovação é tema de nosso artigo de hoje! Confira como está a inovação no Brasil, estratégias para inovar em sua organização e algumas das principais tendências para gerar inovação em seu negócio. Vamos lá?

A inovação no Brasil

Nosso país é reconhecido por sua biodiversidade e etnodiversidade, pelo samba, Carnaval… mas não propriamente por ser uma nação que investe em inovação!

Em um levantamento recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Brasil figura como penúltimo colocado entre 18 países no quesito competitividade. Um dos critérios para a classificação é, justamente, o nível de inovação da nação.

Já no ranking global de inovação elaborado pela A.T. Kearney, o Brasil aparece na 69ª colocação, entre 128 pesquisados. Em uma escala que vai de 0 a 100, a nota obtida pelo país em inovação é de 33,2.

Outro dado preocupante é que aqui menos de 27% dos cientistas trabalham em projetos ligados ao ambiente corporativo. Nos Estados Unidos, por exemplo, berço de diversas iniciativas voltadas à inovação, 80% dos pesquisadores participam de projetos empresariais.

Esse índice reflete uma realidade ainda vivenciada no país: o descolamento e a falta de uma integração maior entre a academia e o mercado. Muitas universidades ainda possuem cursos que preparam os estudantes apenas para seguir o fluxo, não para gerar inovações realmente disruptivas.

Ao contrário de nações como os Estados Unidos, em que há uma integração e uma presença mais substancial das empresas nas universidades, aqui ainda há uma separação entre os dois ambientes, o que contribui para o baixo índice de inovação no país.

Entretanto, o brasileiro vem encontrando um outro caminho para gerar inovação: o empreendedorismo. Hoje, registra-se a maior taxa de empreendedorismo no país nos últimos 14 anos. Praticamente quatro a cada dez brasileiros possui ou está envolvido em abrir um negócio. Assim, com criatividade, o brasileiro vem encontrando oportunidades para inovar e empreender mesmo diante de uma crise.

O papel da inovação para o crescimento das empresas

Em um cenário de alta competitividade, de comoditização de produtos e serviços, em que o consumidor está mais criterioso, é por meio da inovação que as empresas podem alcançar um crescimento sustentável.

Hoje, o consumidor quer ter uma experiência única, personalizada e encantadora ao interagir com as empresas. Apenas oferecer um produto ou serviço de qualidade já não é mais suficiente, é preciso ir além para não perder a relevância para seu cliente e market share para seu concorrente que investe em inovação.

Mas afinal: como investir em inovação?

É preciso ressaltar que apenas inovar por inovar pode não trazer resultados. Adotar novas tecnologias e metodologias sem estratégia, pode fazer com que você crie um ‘sundae de almôndegas’ em sua organização.

O empreendedor e especialista em marketing Seth Godin criou essa denominação para ilustrar esse comportamento encontrado nas empresas que vão adicionando novidades sem um pensamento crítico por trás, criando uma mistura de elementos que não traz o resultado esperado e que não funciona bem em conjunto.

Dessa forma, é preciso, primeiramente, conhecer quais são as necessidades e os objetivos que a inovação deverá ajudar a atender.

Deve-se conhecer em detalhe o perfil de seu cliente, suas dores e o que ele valoriza em uma experiência com as marcas. A partir disso, você poderá criar sua estratégia de inovação com embasamento e assertividade.

Principais estratégias de inovação adotadas pelas empresas

  • Need seekers: estratégia em que as empresas buscam, com consistência e regularidade, antecipar as necessidades de seus clientes.
  • Market readers: estratégia em que se adota soluções agilmente no negócio, conforme elas vão surgindo.
  • Technology drivers: estratégia em que se faz uso intenso da tecnologia para gerar inovação, tanto para melhorar processos já existentes quanto para criar mudanças mais profundas.

6 tendências de inovação para 2017

1. Vertical commerce

Estratégias e empresas nativas digitais, que surgem com foco no desenvolvimento de soluções totalmente criadas com base nas necessidades de seu público.

No vertical commerce normalmente há uma relação próxima e intensa com o cliente e um uso profundo da tecnologia como eixo na busca por inovação.

2. Personalização

Cada vez mais o cliente quer se sentir único e contar com soluções exclusivas. Nesse quesito, há bastante espaço e demanda para a inovação.

Uma das tendências para atender a essa exigência por personalização é o uso da Dynamic Creative Optimization (DCO), solução capaz de mudar o texto e a imagem de peças como banners publicitários automaticamente, de acordo com o perfil de cada cliente.

3. Inteligência artificial no atendimento ao cliente

Outra tendência é o uso da inteligência artificial no processo de atendimento ao cliente. Essa tecnologia já vem sendo aplicada, por exemplo, nos chatbots, chats de atendimento a clientes do Facebook e WhatsApp.

Por meio dela, os clientes interagem com robôs e softwares capazes de compreender e de utilizar a linguagem dos seres humanos. Com isso, as organizações podem reduzir custos e os clientes passam a contar com atendimento 24 horas por dia.

Em estudo realizado pela Gartner, é previsto que até 2020 os consumidores conseguirão administrar 85% de seus relacionamentos com empresas sem qualquer intervenção humana.

4. Machine Learning

Ferramentas de aprendizado que utilizam tecnologia com inteligência artificial (Machine Learning) em breve estarão acessíveis não apenas para grandes empresas — como o curioso caso da Target, cuja análise de dados do sistema previu que uma jovem adolescente estava grávida apenas pelo histórico de compras.

Elas também serão utilizadas em pequenos empreendimentos, ajudando a atender e prever demandas de maneira mais precisa, o que pode fazer com que a experiência do cliente torne-se mais otimizada e pessoal do que nunca!

5. Integração total de canais: o Omnichannel

Para 2017, não basta apenas oferecer o atendimento ao cliente em múltiplos canais. Será preciso integrá-los e otimizá-los para que todos entreguem a mesma qualidade de experiência e estejam centralizados em uma mesma operação.

O cliente não deve ser tratado sob rótulos como mobile, analógico, etc. O consumidor é orgânico e acessa os mais diferentes canais para interagir com as empresas, por isso a estratégia de inovação deverá ser pensada de modo a integrar os canais de relacionamento e de interação com o cliente de modo sinérgico para gerar resultado.

6. Experiência de compra do cliente

Em 2017, as empresas precisarão inovar para melhorar a experiência de compra dos clientes.

De acordo com a consultoria Gartner, nesse ano, 89% das empresas já estarão competindo tendo a experiência de compra como seu principal diferencial.

Para isso, as empresas deverão otimizar todos os seus pontos de contato com o cliente, pensando em proporcionar uma experiência positiva e encantadora desde o momento de prospecção até o período de pós-compra.

Como a inovação é tratada em sua empresa? Você conhece outras estratégias ou tendências de inovação para 2017? Compartilhe suas dúvidas e experiências nos comentários!

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