Geração Z e Millennials — Previdência é CRINGE?!
Reforma da Previdência (INSS) — O que mudou?
E se aposentar, é cringe? Já pensou nisso?
Segundo estudos realizados pelo CNDL/SPC Brasil e Banco Next, a Geração Z não se prepara para a aposentadoria: 75% não paga INSS nem possui uma previdência privada. As justificativas são: falta de renda (27%), acreditar que é cedo demais (27%), não ter dinheiro sobrando (24%) e não saber como guardar as economias (21%).
Aquele desconto que vem no seu contracheque todo mês mudou, você percebeu?
A Reforma da Previdência chegou em novembro de 2019 trazendo várias mudanças para o brasileiro conseguir a aposentadoria.
Antes da reforma era possível se aposentar por idade e por tempo de contribuição. Para se aposentar por idade era preciso que os homens tivessem 65 anos e as mulheres 60 anos. Já a aposentadoria por tempo de contribuição exigia que o tempo mínimo fosse de 30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos para os homens.
Após a reforma, a aposentadoria apenas por tempo de contribuição não existe mais. Agora, a idade mínima para se aposentar é de 62 anos para as mulheres e 65 para os homens, além da contribuição de 15 anos para mulheres e 20 para homens.
Entre as principais mudanças, estão:
● fixação de idade mínima para se aposentar (65 anos para homens e 62 anos para mulheres);
● tempo mínimo de contribuição (15 anos para mulheres e 20 para homens no setor privado);
● regras transitórias para o trabalhador que já está no mercado de trabalho (vamos explicar melhor lá embaixo);
● valor da aposentadoria calculado com base na média de todo o histórico de contribuições do trabalhador (e não descartando as 20% das contribuições mais baixas, como feito anteriormente);
● o valor descontado do salário de cada trabalhador (quem ganha menos vai contribuir menos para o INSS; quem ganha mais vai contribuir mais).
Nova tabela do INSS para o cálculo do desconto, por faixas salariais (2021)
Vamos ver na prática: uma pessoa com salário de R$ 4.000 deverá calcular o valor do INSS em todas as faixas dessa forma:
1ª faixa: R$ 1.100 x 7,5% = R$ 82,50
2ª faixa: (R$ 2.203,48 — R$ 1.100) x 9% = R$ 1.103,48 x 9% = R$ 99,31
3ª faixa: (R$ 3.305,22 — R$ 2.203,49) x 12% = R$ 1.101,73 x 12% = R$ 132,20
4ª faixa: (R$ 4.000 — R$ 3.305,23) x 14% = R$ 694,77 x 14% = R$ 97,26
Somando tudo (R$ 82,50 + R$ 99,31 + R$ 132,20 + R$ 97,26) ficaria R$ 411,27 de INSS.
Regras Transitórias
As regras transitórias são uma espécie de “meio-termo” para os trabalhadores que já estavam contribuindo ao INSS antes da reforma, mas que ainda não concluíram os requisitos para dar entrada na aposentadoria.
O objetivo é permitir que os brasileiros profissionalmente ativos se aposentem antes da idade mínima estabelecida pela reforma. E o trabalhador poderá sempre optar pelo formato mais vantajoso.
Com a reforma, existem pelo menos 9 possibilidades de aposentadorias, regras de transição e cálculos que todo mundo precisa analisar antes de se aposentar:
1. Nova aposentadoria por tempo de contribuição e idade;
2. Aposentadoria com regra de transição somente da idade;
3. Aposentadoria com regra de transição com pedágio de 50%;
4. Aposentadoria com regra de transição com pedágio de 100%;
5. Aposentadoria com regra de transição dos pontos progressivos;
6. Aposentadoria com regra de transição da idade com tempo de contribuição;
7. Aposentadoria por tempo de contribuição pelo direito adquirido;
8. Aposentadoria por pontos pelo direito adquirido;
9. Aposentadoria por idade pelo direito adquirido.
Saiba mais sobre cada uma das regras, aqui.
Análises do IBGE mostram que a expectativa de vida ao nascer cresce a cada ano, com base em projeções demográficas que pesquisam a população como um todo, e à medida que a expectativa de sobrevida sobe, faz com tenhamos que trabalhar mais anos para ter o mesmo benefício.
Será que a previdência social ainda existirá em 2050?
Fontes: