Olá, sou Nildo, antigo benzedor do Caeira da Barra do Sul.

Pedro
benzedeiras
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2 min readDec 20, 2018

Chegamos ao senhor Nildo Bernadino do Nascimento após perguntarmos, em comércios e pela vizinhança local, se sabiam de alguém que benzia na região. Por “coincidência”, fomos abordadas pelo seu filho, que nos encaminhou até sua casa onde o pai e mãe estavam. Eles nos receberam de maneira muito gentil, convidando-nos para sentar no sofá da sala onde escutamos um pouco dos seus saberes. Senhor Nildo aos 82 anos de idade, benze desde criança.

À esquerda na imagem o Sr. Nildo e à direita, sua esposa

A oração ouvida em conversa foi a seguinte: “Pedro Paulo veio de Roma e encontrou com Jesus Cristo. Jesus Cristo perguntou: Que há, Pedro Paulo? Muita doença, Senhor, muita zipra, zipela, zipelão, fogo bravo, ferida, rosa, mancha, quebradura, rendedura. Volta atrás, Pedro Paulo, vá curar com a palma da minha mão. Em nome de Deus, da Virgem Maria para sempre. Amém, Jesus”. Essa oração é parar curar zipra e vários outros males.
Nildo Bernardino aprendeu o benzimento com sua mãe, que “benzia com uma folhinha de laranjeira, bergamoteira, mas eu não preciso. Benzo com a palma da mão”. Único filho vivo, também teve uma irmã que benzia afogado e outras doenças. Já ele, benze “ferida na perna que tá inchada, uma dor, alguma coisa, ferida que não sara, a gente benze. É zipra que dá, às vezes, não da zipra, dá zipela, dá zipelão, tem ferida, rosa, mancha, quebradura. Tem gente que não acredita, né?”.
Já ensinou para uma vizinha o saber cuja oração entregou escrita “num papelzinho”. “Acho que ela tá benzendo, disse sua esposa”.

Agradecemos ao senhor Nildo e família por nos terem aberto a porta de sua casa, compartilhando um pouco de tanta sabedoria!

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