Ao aprender algo novo, fora de meus conhecimentos usuais e me aprofundar em assuntos que já conheço, aprendi que

Aprendendo…

Luis Copetti
BEPiD PUCPR
3 min readApr 18, 2017

--

Aprender dói! Essa é uma verdade que há muito tempo foi validada por mim. O receio de tentar algo novo e falhar é constante na busca de novas habilidades, principalmente quando esse aprendizado requer de você algo com o qual você não está habituado a utilizar. Explicarei..

Eu era daquelas crianças que quando ganhava uma caixa de lápis de cor, se limitava, de forma inconsciente talvez, a utilizar muito poucas cores. Quando alguns dos lápis escolhidos terminava, eu rapidamente o substituia por outro e continuava o rascunho. O atributo que eu mais utilizava das cores era o constraste. Eu sabia que determinado trecho de um desenho era diferente de outro, e portanto, quaisquer cores suficientemente diferentes bastaria para representar este efeito. Por incrível que possa parecer esse comportamento se mantém até hoje. Recentemente me impus ao desafio de desenhar diariamente por 30 dias (estimulado por um grande desenhista de meu trabalho @Dorabits). O tema foi fácil de decidir, Pokémons.

Alguns dos desenhos Pokémon

A parte mais desafiadora era olhar para os desenhos acima e ter a cara de pau de continuar.

Todos os desenhos foram copiados, quis começar fazendo cópias para estimular a memória muscular, porém, esta prática se estendeu por todo o progresso do desafio. E, apesar da maioria dos desenhos que copiava serem bastante coloridos, com constrates fortes e cores alegres eu, em nenhum momento me senti compelido a trocar a uniformidade do grafite pela incontrolável diversidade de um espectro maior de cores.

Por vezes, tento acreditar que essa abordagem tenha seu lado mágico, assim como um certo nível de daltonismo o permite ver uma pessoa camuflada, também gosto de acreditar que tenho pronpensão a enxergar coisas que outras pessoas deixam passar batido. Mas cá entre nós, até agora, isso nunca aconteceu. heheh

Resumindo, pensar na pessoa que estará do outro lado do desenvolvimento, que efetivamente se benecifiará do que está sendo feito, não é só um aprendizado mas sim um desafio.

Aprofundando…

Na parte do aprofundamento me sinto mais a vontade para dissertar. Eu escolhi a área da computação por eu gostar do conteúdo e por isso, não me importo de passar várias horas em cima de um mesma tema tentando decifrar como as coisas funcionam.
Após o Scholarship tivemos mais tempo para dedicar a este propósito e experimentar com o Xcode sem o frenesi da entrega inadiável. Resolvi, portanto, investir boa parte do tempo no aprendizado de novos conceitos da linguagem, porquê utilizá-la eo que exatamente a torna tão legível como muitas pessoas gostam de caracterizá-la e etc.

Sendo mais específico, gostei muito da construção dos switches. Utilizar uma palavra-chave reservada (fallthrough) para evidenciar o caso, que na maioria das vezes era exceção foi uma sacada interessante para evitar breaks repetitivos.
A integração dos conceitos de Optionals diretamente na sintaxe da linguagem também me surpreendeu. A utilização dos símbolos ! e ? são muito intuitivos e permitem uma melhor facilidade e fluência na utilização dessa abstração.
Por último, estou tendo uma certa dificuldade em argumentar ora contra, ora a favor das parameter labels.

Linha de código do Scholarship

Aceito o argumento de que há momentos em que a utilização dessa funcionalidade parece obrigatória. O código fica tão claro que é possível lê-lo como uma sentença, porém, por muitas vezes acabo achando a utilização dessa técnica muito verbosa e poluída. Mas talvez o tempo me ensine melhor…

Respondendo…

Bom, para finalmente subir o nível e responder a pergunta:

Estou reaprendendo a aprender. Tanto tempo focado em um universo de exatas fez com que eu começasse a relevar o caráter estético das minhas obras. Portanto, algo que tentarei levar para frente é uma postura mais aberta em relação a este tema. Mas não prometo nada!

Abraços,
Luís Copetti

--

--

Luis Copetti
BEPiD PUCPR

Developer, forever. Great interest for other programming paradigms usually for the sole purpose of learning them such as Haskell, Prolog, VHDL and Golfscript.