BEPiD_Semana01

Eduardo Zmievski
BEPiD PUCPR
Published in
3 min readMar 15, 2017
eu vs. 2017 (Imagem do game Shadow of the Colossus)

06/03/2017, 14h horário de Brasília, Curitiba, Paraná, Brasil.

Começa para mim e mais 49 estudantes o BEPiD — Brazilian Educational Program for iOS Development — e como de costume quando encaro novos projetos, não sei muito o que há por vir. Soube do programa em 2016 através de um amigo, também designer e interessado em tecnologia — ele bem mais do que eu, e que inclusive já programava enquanto eu mal sabia a diferença entre C+ e JAVA. Mas tudo bem, estava feliz por ter passado no processo seletivo mais maluco e desafiador que já participei e ainda um pouco nervoso, ansioso e com muitas dúvidas sobre do que se tratava realmente o tal do "curso da Apple pra programadores e designers que tinha um bol$a maneira e dava macbooks”. Não sabia se conseguiria concluir os próximos 2 anos de estudo em 2 faculdades, sair de casa, arrumar um estágio, fazer projetos pessoais e se sobrar tempo tentar algum hobbie ou atividade fora de design. Muita pressão, responsabilidade, desencanto pelo ensino tradicional e ineficiente que conhecia até então na faculdade, insatisfação pessoal e profissional. Mas ao mesmo tempo havia um otimismo ingênuo de sabe-se-lá onde vinha. Vai que, né?

E não é que foi mesmo, pois logo no primeiro dia já tive uma supresa e das boas: o BEPiD era muito mais do que eu esperava. Claro, eu imaginava que seria um curso interessante que agregaria muitos pontos ao meu currículo ainda vago de designer gráfico em formação, que poderia me abrir boas oportunidades e fazer tirar algumas ideias do papel. Porém fui surpreendido novamente, tal como na primeira semana de aulas no curso de design gráfico na UFPR, ou na primeira viagem a um N design, minha mente se abriu de tal forma que já não cabia mais no mesmo eu de algumas semanas atrás. Nessa primeira semana nos foi apresentado formalmente o CBL — Challenge Based Learning — , um método de projeto desenvolvido na Apple e que seria nosso Vade Mecum nos próximos 2 anos. Fui seduzido completamente, confesso. O desafio de descobrir, experimentar e criar algo novo sempre foi o que me moveu a buscar e aprender coisas novas, e encontrar um lugar onde isso é a atividade principal foi incrível.

Como sempre que me deparo com uma potencial oportunidade, esse programa me abriu o apetite por projetar, fazer coisas e acima de tudo atiçou meu instinto de curiosidade. Durante a semana, simulamos todas as etapas do método num projeto curto e muito intenso, porém ainda bastante superficial devido ao caráter de "tutorial" necessário para amaciar nossa carne para os próximos meses de trabalho. Ao final, me sentia cansado e entusiasmado, como numa boa sessão de exercícios com o corpo transbordando ácido láctico e endorfina.

Fico feliz por ter essa chance de poder estar num ambiente motivador, com ótimas pessoas e profissionais incríveis, e o que mais gosto: aprender fazendo. Espero que esse entusiasmo se mantenha durante o ano e me ajude a seguir em frente e superar os desafios com os projetos não só dentro do BEPiD mas também na vida pessoal, que no meu caso é diretamente ligada e dependende do meu "eu" designer, e agora, também developer.

--

--