Primeiras semanas— BEPiD overview

Pedro Francescon Cittolin
BEPiD PUCPR
Published in
3 min readMar 21, 2017

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Semana #1 : CHALLENGE Based Week

Já nos primeiros dias eu me via completamente fora da minha zona de conforto, estimulado a fazer coisas das quais eu nunca tinha feito, mas que no fundo estavam me interessando e cativando muito. Em momento algum, durante a primeira semana do que foi um tutorial de Challenge Based Learning, eu de fato apliquei conhecimentos advindos do meu curso e especificamente da minha área de estudo, diferentemente dos designers que, imagino eu, devem ter seus cursos e disciplinas muito mais voltados a essa realidade de dinamismos, reflexões e desenhos feitos em pé pelas paredes :). É claro que, colocando dessa forma, estou estereotipando as áreas de ensino e ignorando o fato de que as duas precisam coexistir e trabalhar juntas, seguindo os mesmos processos e fluxos de projeto. Apesar disso tudo, muito foi discutido, aprendido e muitas inabilidades minhas foram desenvolvidas e estimuladas durante todo o processo. A multidisciplinaridade me encanta, e perceber que o BEPiD é um lugar onde essa característica é muito praticada e valorizada fez com que o feeling de realização pessoal tomasse conta de tudo o que eu estivesse e atualmente estou projetando e desenvolvendo.

Semana #2: “Hello, coding!”

Na segunda semana, entretanto, a situação se fez de forma completamente diferente. Dentro da proposta do WWDC Scholarship, nós, os developers, nos vimos muito mais situados e familiarizados. Mesmo que nas primeiras horas o ecossistema Apple tenha sido uma novidade e feito com que mesmo os mais experientes se vissem um tanto quanto perdidos, não demorou muito para que a fluência em codificar fosse readquirida e a linguagem de programação Swift tomasse conta dos nossos coraçõezinhos de baixo nível.

Como o estudo em pares pode ter mais impacto no meu aprendizado?

Como acabo de apresentar, de forma muito sucinta e superficial (comparado ao quão realmente intensos foram esses primeiros dias), aproximadamente duas semanas foi o tempo necessário para que o BEPiD destruísse completamente o estereótipo de modelo tradicional de aprendizagem intrinsecamente enraizado nas nossas pequenas mentes e fizesse com que pessoas das mais diversas áreas se obrigassem a trocar ideias, conselhos, ensinamentos e experiências. O estudo em pares — proposto durante a segunda semana para que desenvolvedores pudessem auxiliar, no processo de aprendizado, os designers e aqueles que tiveram pouco ou nenhum contato com o universo da programação — acabou surpreendendo e, talvez pela pluralidade acadêmica e contexto em que estamos inseridos, trouxe ainda mais benefícios dos que os esperados. Tive a oportunidade de, por exemplo, reforçar vários dos conhecimentos básicos e refletir sobre alguns dos meus atuais maus costumes de programação, para que os mesmos não fossem adquiridos pelos novos programadores (\\designers). Me forcei a manter o foco desde os exercícios mais simples aos mais complicados e, acima de tudo, dei o meu máximo para aprimorar a habilidade de Story Telling — tanto almejada dentro das propostas da própria Apple — e transmitir meu conhecimento da forma mais didática e simplificada possível. É nessa hora que agradeço a imensa paciência e compreensão da minha simpática dupla (aka Lucas B.). Sou realmente grato por fazer cara de quem estava entendendo, mesmo comigo falando de um jeito que eu mesmo não entenderia. A intenção foi pura e verdadeira, eu juro.

E, finalmente, me sinto na obrigação de comentar o quão interessante foi poder visualizar e compreender o ponto de vista de, no caso de quem eu fiz dupla, um arquiteto, diante de situações comuns de codificação. Na grande maioria das vezes acabamos nos restringindo aos clichês e moldes clássicos da programação, e agregar conhecimentos e pontos de vista de diferentes áreas, que são, a princípio, alheias ao universo dos códigos, fez os meus próprios horizontes, relacionados à simples detalhes que eu nunca tinha de fato parado pra pensar sobre, se expandirem.

Espero que, diante disso tudo, eu finalmente tome por hábito fazer essas reflexões de forma periódica, pois, analisando (enquanto escrevia esse texto) o quão importantes elas realmente são, sinto que é lamentável eu ter demorado para começar a discorrer sobre as novas experiências e realizações pessoais que venho tendo, até porque, mesmo me referindo à uma curtíssima fração de tempo, estou também me referindo ao fenômeno BEPiD (nossa) e sei que estou deixando muitos detalhes e aprendizados importantíssimos, que mereceriam muito ser relatados, apenas nas profundezas do meu subconsciente (nossa #2).

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