Kreuzberg

O epicentro da vida noturna

Rafão Araujo
Berlim — Amor e Cinzas
4 min readDec 4, 2018

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Ficou isolado pelo Muro e por isso foi marginalizado e esquecido, o ponto mais pobre da cidade por muito tempo. Com a industrialização e especulação imobiliária foi redescoberta pelos artistas de rua e imigrantes. Em constante transformação, reduto de punks, queers, hippies, artistas, imigrantes e tudo que for fora do rótulo, lar da contracultura. Um lugar boêmio e perigoso, ideal pra encontrar restaurantes aberto até tarde, arte de rua e prazeres ilícitos.

Há desemprego, a grana é curta, é populoso, possui muitos bares, pubs e discotecas também podem ser encontrados na área.

Os grafites questionam o mundo. As vielas são sujas, lugares abandonados, esquecidos e ainda não reconstruídos. Música, cafés e kebabs, são os ingredientes para a vida noturna de Kreuzberg.

Apenas a escória vivia aqui quando os Wilhelm dominava o Leste, mas não mudou muito. Os Membros que vivem aqui é porque gostam desse ambiente ou não conseguem nada acima disso. Há uma grande quantidade de sangue fraco aqui, um lugar onde eles chamam de casa. Aqui é possível encontrar todo o tipo de vampiros, principalmente os mais exóticos, dos assassinos às serpentes.

Quase sempre venho aqui para ler os grafites e mensagens que os mercurianos trocam. Há ma linguagem sendo construída e preciso entender. Mesmo amando este lugar eu o evito o máximo possível.

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