Os Cães ladram, mas a caravana não para

Tales Fernandes
Besouros Verdes Gigantes
3 min readNov 14, 2020

Será que não cansam de tentar? Será que não percebem o quanto soam patéticos e miseráveis enquanto gritam suas palavras de ódio, de desprezo, que no final apenas servem para escancarar sua própria pequenez? Por enquanto, parece que não.

Capa do disco do Planet Hemp (Reprodução)

Um fenômeno, que de novo não tem nada, vem (re)surgindo pelo mundo, a volta de movimentos abertamente de extrema-direita, que continuam com os mesmos padrões de disseminação de seus pensamentos retrógrados e tóxicos, carregado de populismo barato e até um certo misticismo, de gente que acredita pertencer a uma “raça superior”.

“ Na noite de 2 de junho de 2019, Walter Lübcke foi executado com um tiro na cabeça em sua casa no Estado alemão de Hesse. Então presidente do distrito de Kassel, o político do partido da chanceler Angela Merkel recebia ameaças de extremistas de direita devido a suas posições pró-refugiados.” Segundo reportagem da BBC .

A democracia não tem valor algum para os simpatizantes da extrema-direita, que como vem se provando em diversos casos, prefere resolver suas diferenças “ideológicas” na violência, como foi o caso da extremista brasileira Sara Geromini, conhecida como Sara Winter que sugeriu que deveríamos “Ucranizar o Brasil” e também conhecida por promover a organização de um grupo paramilitar que se instalou no Eixo Monumental da Esplanada dos Ministérios, em Brasília e se autointitula “a primeira militância organizada de direita no Brasil”, “Os 300 do Brasil”. ~tava mais para 30~

No fim de maio, a extremista de 27 anos, foi alvo de busca e apreensão pelo inquérito das fake news, em seguida publicou um vídeo afirmando ter vontade de “trocar socos” com Alexandre de Moraes, prometendo infernizar a vida do ministro e persegui-lo. Depois do vídeo e da declaração de Sara, diversos “fãs” dela foram nas redes do ministro ameaçando não só ele, como sua família.

Sara Giromini e seus 30 fãs

“O lema do 300 Pelo Brasil é “vamos ucranizar o Brasil”, repetido inclusive por políticos bolsonaristas com mandato. Mas o que isso significa exatamente? Bom, trata-se de uma gíria criada por bolsonaristas simpatizantes das milícias que se formaram nos protestos sangrentos na Ucrânia em 2014. ” — segundo reportagem do Intercept.

Na Hungria, liderado pelo premier húngaro, Viktor Orban, o Fidesz abandonou suas raízes liberais para se tornar uma legenda populista de extrema-direita. O partido defende políticas anti-imigração extremas e o fortalecimento do Estado. A mudança impulsionou o segundo partido de extrema-direita do país, que desde 2010 ganha espaço no Parlamento.

Aqui no Brasil, onde o “homem na cadeira” já exaltou torturadores abertamente, faz descaso com as mais de 164 mil vidas perdidas pela COVID-19, e recentemente foi comparado pela revista ISTOÉ em uma capa com o palhaço agente do caos, Coringa, eterno vilão do personagem Batman da DC comics.

Antes fosse Bolsonaro um personagem de quadrinho, lidar com ele no mundo real tem se mostrado complicado até mesmo entre seus apoiadores, que cada vez mais se distanciam do pensamento do presidente. Ainda assim, alguns persistem em defender Bolsonaro e seus filhotes, independente das atrocidades que saiam de suas bocas infelizes e estúpidas.

O palhaço agente do caos (Reprodução: ISTOÉ)

Resta aos que prezam pela democracia e pela saúde dela se posicionarem e combaterem esses que a colocam em risco, que fazem ameaças constantes à suas instituições e escancaram seu desprezo pelas mesmas, nesse domingo não se esqueça de votar em projetos, e em quem você acredita que seja uma boa escolha para liderar a sua cidade pelos próximos anos, não vote em palhaços ou charlatões que aparecem apenas nessa época do ano, exerça seu papel como cidadão da melhor forma possível, respeite o seu voto, respeite o seu povo.

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Tales Fernandes
Besouros Verdes Gigantes

Estudante de jornalismo, sobrevivente do apocalipse e mestre pokémon.