30º Festival de Bandas de São Lourenço do Sul marca retomada após dois anos de pandemia
Tradicional evento contou com a participação de 17 bandas de diversas cidades do Rio Grande do Sul
O último domingo, 21 de agosto, foi de sol forte, brisa e calor, em São Lourenço do Sul, características não muito comuns ao tradicional Festival de Bandas da cidade localizada no sul do Rio Grande do Sul, geralmente marcado pelo frio do inverno e forte vento decorrente da posição do município às margens da Lagoa dos Patos.
Este, que é um dos festivais de bandas marciais mais tradicionais do estado, voltou a acontecer depois de dois anos sem ser realizado presencialmente, por conta da pandemia de Covid-19, chegando à sua trigésima edição neste ano.
Como de costume, as bandas desfilaram, tocaram, cantaram e dançaram na raia de apresentações, ao longo do asfalto da Avenida Marechal Floriano Peixoto, na Praça Dedê Serpa, no centro. Além da anfitriã, a Banda Musical Municipal Luiz Carlos Colvara, que comemorou 38 anos de sua fundação, outras 16 formações participaram do festival.
Entre os destaques esteve a Banda de Música da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada/19º Batalhão Motorizado do Exército, que levantou o público com dobrados — gênero musical brasileiro proveniente das marchas militares — muito bem executados.
Dos dobrados militares, passando pelo pop internacional e chegando ao tradicionalismo gaúcho, o 30º Festival de Bandas de São Lourenço do Sul foi palco dos mais diversos estilos de música e apresentações, representando a pluralidade da cultura de bandas.
Com a participação de grupos de cidades como Bagé, Pantano Grande, Canguçu, São Leopoldo, Sapiranga, Porto Alegre, Rio Grande, Alvorada, Pelotas e Eldorado do Sul, o Festival cumpriu mais uma vez com o seu objetivo de valorizar e estimular a cultura de bandas, reforçando o papel fundamental que as corporações desempenham no desenvolvimento social de muitas crianças e jovens.
É importante dizer que a cultura de banda diz respeito a disciplina, respeito, amizade, convivência, aprendizado, foco, determinação e empatia. As “bandas de escola” vão muito além de algumas batidas de bumbo e alguns sopros de trompete. A música por si só já é transformadora. Quando unida a instituições que valorizam o coletivo, ao mesmo tempo que respeitam o indivíduo, é capaz de mudar trajetórias de vida. Por isso eventos como o promovido por São Lourenço do Sul são tão relevantes para a perpetuação dessas instituições, levando a emoção e o encantamento das bandas a um maior número de pessoas.