Banda São Marcos, da cidade de Alvorada. (Foto: Prefeitura de São Lourenço do Sul)

30º Festival de Bandas de São Lourenço do Sul marca retomada após dois anos de pandemia

Tradicional evento contou com a participação de 17 bandas de diversas cidades do Rio Grande do Sul

Laura Blos
Published in
3 min readAug 26, 2022

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O último domingo, 21 de agosto, foi de sol forte, brisa e calor, em São Lourenço do Sul, características não muito comuns ao tradicional Festival de Bandas da cidade localizada no sul do Rio Grande do Sul, geralmente marcado pelo frio do inverno e forte vento decorrente da posição do município às margens da Lagoa dos Patos.

Este, que é um dos festivais de bandas marciais mais tradicionais do estado, voltou a acontecer depois de dois anos sem ser realizado presencialmente, por conta da pandemia de Covid-19, chegando à sua trigésima edição neste ano.

Como de costume, as bandas desfilaram, tocaram, cantaram e dançaram na raia de apresentações, ao longo do asfalto da Avenida Marechal Floriano Peixoto, na Praça Dedê Serpa, no centro. Além da anfitriã, a Banda Musical Municipal Luiz Carlos Colvara, que comemorou 38 anos de sua fundação, outras 16 formações participaram do festival.

Banda de Música do Exército foi um dos destaques do festival. (Foto: Prefeitura de São Lourenço do Sul)

Entre os destaques esteve a Banda de Música da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada/19º Batalhão Motorizado do Exército, que levantou o público com dobrados — gênero musical brasileiro proveniente das marchas militares — muito bem executados.

Dos dobrados militares, passando pelo pop internacional e chegando ao tradicionalismo gaúcho, o 30º Festival de Bandas de São Lourenço do Sul foi palco dos mais diversos estilos de música e apresentações, representando a pluralidade da cultura de bandas.

Com a participação de grupos de cidades como Bagé, Pantano Grande, Canguçu, São Leopoldo, Sapiranga, Porto Alegre, Rio Grande, Alvorada, Pelotas e Eldorado do Sul, o Festival cumpriu mais uma vez com o seu objetivo de valorizar e estimular a cultura de bandas, reforçando o papel fundamental que as corporações desempenham no desenvolvimento social de muitas crianças e jovens.

Banda Crioula Cláudio Wingert, de Sapiranga, foi uma das participantes do 30º Festival de Bandas. (Foto: Juliane Della Giustina/BCCW)

É importante dizer que a cultura de banda diz respeito a disciplina, respeito, amizade, convivência, aprendizado, foco, determinação e empatia. As “bandas de escola” vão muito além de algumas batidas de bumbo e alguns sopros de trompete. A música por si só já é transformadora. Quando unida a instituições que valorizam o coletivo, ao mesmo tempo que respeitam o indivíduo, é capaz de mudar trajetórias de vida. Por isso eventos como o promovido por São Lourenço do Sul são tão relevantes para a perpetuação dessas instituições, levando a emoção e o encantamento das bandas a um maior número de pessoas.

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