Crianças e adolescentes da FASC expõem suas obras no Paço dos Açorianos
As 28 pinturas fazem parte do Projeto Artinclusão e podem ser vistas até o dia 29 de novembro, na Praça Montevideo, em Porto Alegre
O Paço dos Açorianos abriu as portas para 28 pinturas em telas produzidas por crianças e adolescentes abrigados na Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC). As obras estão expostas desde o dia 12 de novembro, em Porto Alegre, no prédio da Prefeitura (Praça Montevideo, 10, Centro Histórico), e permanecem até 29 de novembro. A exposição faz parte do Projeto Artinclusão, financiado pelo Fumproarte, e realizado às quartas-feiras no Abrigo Residencial 7 sob a coordenação do artista plástico Aloízio Pedersen.
As oficinas que dão vida à exposição ocorrem, semanalmente, desde junho. Nas aulas são utilizadas telas e tintas de muitas cores, permitindo que os jovens exponham os seus sentimentos e memórias nas obras.“No projeto os jovens têm total liberdade para se expressar e, através da arte, podem exibir suas obras na exposição. Além disso, usamos muito a cor vermelha e preta, para que possam usar a sua história e colocar nas telas’’, relata Pedersen.
Um dos objetivos do projeto é permitir que os participantes tenham acesso a relatos da infância de grandes artistas nacionais e internacionais que conseguiram ressignificar os seus sofrimentos em desenhos e pinturas.
“Nós contamos as histórias de vida dos artistas para os alunos, permitindo que utilizem essas histórias como gancho para as suas produções. A ideia é que a trajetória desses artistas que transformaram o sofrimentos em arte inspire os pequenos a fazerem o mesmo. Por isso, é com alegria e criatividade que as crianças e adolescentes manifestaram as suas emoções e esperanças nas releituras dessas obras’’, explica Pedersen.
Conforme a coordenadora da FASC, Jeanne Luz, o Projeto Artinclusão recebe meninos de até 14 anos e meninas de, no máximo, 18 anos, que viviam em situações de vulnerabilidade. “Esse projeto traz esperança para esses jovens, permitindo que eles depositem um olhar positivo sobre a vida e se tornem mais esperançosos em relação ao futuro’’, enfatiza.
O artista plástico Perdersen explica que a arte oferece subsídios para esses jovens acreditem num futuro melhor. “A arte nos mobiliza por inteiro como adultos, então imagina os seus efeitos numa criança. Então, o projeto vem com toda essa riqueza para se trabalhar nos encontros”, enfatizou.
A exposição tem entrada gratuita, aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h.