Após casos confirmados, Gravataí bate meta de vacinação contra o sarampo
Município teve ampliação na cobertura do atendimento à população em 2018
A Prefeitura de Gravataí, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atingiu números superiores aos estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS). Segundo a secretaria, durante a primeira etapa da campanha nacional contra o sarampo, foi alcançado um número de 106% das crianças em relação à meta colocada para o público infantil.
Em 7 de outubro, início da campanha nacional, quatro casos já haviam sido identificados no Vale do Gravataí (Gravataí e Cachoeirinha). Depois disso, mais dois casos foram identificados, o que reforçou a necessidade do município avançar sobre a cobertura do ano anterior, que também serviu de alerta para comunidade.
“Em 2018, o município atingiu 92% em relação à meta. Essa ampliação pode ter muito a ver com a campanha publicitária do Ministério da Saúde. Em momentos nos quais há casos (registrados) no município, as pessoas tendem a buscar mais a vacina”, explica a enfermeira Patrícia Rosa, coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde (VIEMSA). Segundo Patrícia, essas metas dizem respeito às crianças com idade de 1 ano até com um dia antes de completar dois anos.
O secretário da saúde e procurador geral do município, Jean Pierre Torman, afirma que a Secretaria conseguiu bater as metas para todas as faixas etárias, e que isso não se limita àquela proposta pelo Ministério da Saúde nesse primeiro momento. “Com o esforço da nossa equipe, e a conscientização da população, conseguimos esse excelente resultado, o que tem nos qualificado em relação à prevenção de nossa comunidade”, opina.
O motorista de aplicativo Miguel Leote, 48 anos, levou o seu filho, de quatro anos, para fazer a vacina depois de ver a propaganda na televisão. Ele foi à Unidade de Saúde da Família (USF) COHAB C com o objetivo de proteger apenas o seu filho, mas acabou também sendo vacinado. “Foi um atendimento rápido, a vacina estava à disposição e fui avisado que eu também fazia parte do grupo de pessoas que podiam se vacinar. Então, voltamos os dois com essa proteção para casa”, conta, satisfeito. A faixa etária mencionada por Miguel vai de um a 49 anos, conforme a SMS.
Segundo a enfermeira Patrícia, "de acordo com o Ministério da Saúde, o sarampo teria retornado à rotina dos brasileiros possivelmente por conta da migração de venezuelanos para o país". Tido como erradicado em anos anteriores, em função desta nova realidade migratória "os estrangeiros teriam trazido para o território nacional o retorno do vírus, que logo se espalhou por conta de sua natureza de fácil viralização", complementa Patrícia. Mas, ainda que os casos assustem, o cenário não pode ser considerado uma epidemia, tanto no estado, quanto no município.
Essa classificação, conforme aponta a enfermeira, dá a ver que a situação atual não se refere a um surto, como se poderia pensar. “O sarampo é um pouco diferente. A sua classificação é particular, uma vez que ele é altamente transmissível pelas vias aéreas. Então, a ideia é não ter o vírus circulando, ou seja, é erradicar novamente, e isso é só a partir da vacina, não tem outra forma”, salienta.
Ainda que a primeira parte da campanha nacional tenha se encerrado, os municípios seguem buscando alcançar o maior número de vacinados em todas as idades. Elas ficam à disposição pelo ano todo, mas ganham um acréscimo durante os períodos de campanha. Em Gravataí, o público terá acesso a esse material em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Estratégias de Saúde da Famílias (ESF’s).
Saiba mais sobre a importância da vacinação na matéria Dose contra a desinformação sobre as vacinas.
