Conheça a estrutura do futebol brasileiro e gaúcho

Brasileirão é dividido em quatro divisões, enquanto que o Gauchão, por si só, tem três divisões estaduais

Kévin Sganzerla
Redação Beta
3 min readDec 9, 2020

--

Estádio Beira-Rio é a casa do Inter, um dos clubes gaúchos que estão na primeira divisão do futebol nacional (Foto: Kévin Sganzerla/Beta Redação)

O Campeonato Brasileiro, também conhecido como Brasileirão, é dividido em quatro divisões nacionais. Na primeira divisão há 20 clubes, em tese, os melhores do país, dentre os quais estão Grêmio e Internacional, com folhas salariais de aproximadamente R$ 4,3 milhões e R$ 6,3 milhões, respectivamente. Na Série B também há 20 clubes, assim como a Série C. A Série D é a última divisão do futebol nacional, e é a porta de entrada para os clubes participarem do Campeonato Brasileiro. A Série D, por sua vez, conta com a participação de 68 equipes.

Todos os Estados contam com competições estaduais, que ocorrem no início do ano, antecedendo o Campeonato Brasileiro. No Rio Grande do Sul há três divisões. Na primeira divisão há 12 equipes: Grêmio e Internacional, que disputam a Série A do Brasileirão; Juventude, de Caxias do Sul, e Brasil de Pelotas, da Série B da competição nacional; Ypiranga, de Erechim, e São José, de Porto Alegre, da Série C; São Luiz, de Ijuí, Caxias e Pelotas, da Série D; e Novo Hamburgo, Esportivo, de Bento Gonçalves, e Aimoré, de São Leopoldo, que momentaneamente não disputam competições nacionais.

A título de comparação, o Novo Hamburgo, que foi campeão gaúcho em 2017, despachando o Internacional, na semifinal, e o Grêmio, na final, conquistou o título contando com uma folha salarial de apenas R$ 250 mil, valor que não paga o salário mensal de nenhum jogador titular da Dupla Grenal.

A segunda divisão do Campeonato Gaúcho, como já mencionado, é nomeada como “Divisão de Acesso”, cujas 16 equipes participantes disputam duas vagas à elite da competição estadual. Neste ano o campeonato, que realizou somente três rodadas, por conta da pandemia, contou com a participação do São Paulo, de Rio Grande, Bagé, União Frederiquense, de Frederico Westphalen, Brasil de Farroupilha, Glória, de Vacaria, Guarany de Bagé, Inter, de Santa Maria, São Gabriel, Passo Fundo, Tupi, de Crissiumal, Igrejinha, Cruzeiro, de Cachoeirinha, Guarani, de Venâncio Aires, Lajeadense, de Lajeado, Avenida, de Santa Cruz do Sul, e Veranópolis.

O Estádio Vermelhão da Serra é a casa de um dos tradicionais clubes do interior do Estado que disputa a Divisão de Acesso: o Passo Fundo (Foto: Kévin Sganzerla/Beta Redação)

Por fim, a terceira e última divisão do Gauchão contempla 12 equipes do Estado. Ela é chamada de Segunda Divisão, mas conhecida como “Terceirona Gaúcha”.

Em 2020, a competição foi cancelada, devido à pandemia da Covid-19. Participariam do campeonato o PRS, de Garibaldi, São Borja, Real SC, de Tramandaí, Sapucaiense, de Sapucaia do Sul, Novo Horizonte, de Esteio, Rio Grande, 12 Horas, de Porto Alegre, Gaúcho, de Passo Fundo, Santo Ângelo, Santa Cruz, SER Cruz Alta e Nova Prata.

A folha salarial de uma equipe da Divisão de Acesso e da Segunda Divisão raramente ultrapassa a faixa de R$ 100 mil. Na “Terceirona Gaúcha”, por exemplo, é permitido apenas três atletas acima dos 23 anos nos elencos, o que faz com que os clubes tenham uma despesa significativamente inferior, promovendo, sobretudo, a formação de jovens atletas, que podem ser negociados futuramente junto a grandes clubes.

Um dos exemplos recentes foi a venda do zagueiro Roger Ibañez, que foi negociado pelo Fluminense ao Atalanta, rendendo ao PRS, de Garibaldi — clube formador do atleta — cerca de R$ 600 mil. O clube entrou na justiça para receber o valor, o qual não foi pago em sua totalidade pelo clube carioca.

--

--