CRÍTICA: A sequência “É assim que começa” mostra que depois de todo final existe um começo

No best-seller de Colleen Hoover, após sofrer nas mãos de Ryle, Lily tem a chance de recomeçar longe do ex-marido abusivo

Nadine Dilkin
Redação Beta
3 min readMar 28, 2023

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“É assim que começa”, paradoxalmente, dá continuidade à história iniciada em “É assim que acaba” (Foto: Nadine Dilkin/Beta Redação)

Número um na lista de best-sellers do jornal New York Times, Colleen Hoover conseguiu superar a própria marca com o livro É assim que começa. A sequência de É assim que acaba levou a escritora — que já publicou 24 livros, entre novelas e romances — a ocupar o primeiro e o segundo lugar na lista de mais vendidos no Brasil. Foi através do TikTok que a autora conquistou uma legião de fãs, que imploraram por mais um capítulo da história de Lily e Atlas.

Nota da autora em “É assim que começa” cita pedido dos leitores pelo segundo livro da trama. (Foto: Nadine Dilkin/Beta Redação)

É assim que começa continua exatamente da parte onde parou É assim que acaba, que já foi tema de crítica na Beta Redação. A sequência é uma leitura mais tranquila, mas o leitor continua sentindo aquela apreensão em ver mais agressões físicas contra Lily. Nesse livro, você se apaixona cada vez mais por Atlas.

“É neste momento que percebo que a parte mais difícil de acabar com um relacionamento abusivo é que você não está necessariamente acabando com os momentos ruins. Os momentos ruins ainda dão as caras de vez em quando. Ao terminar um relacionamento abusivo, é com os momentos bons que você acaba.”

Lily é uma jovem que cresceu vendo seu pai agredir fisicamente sua mãe. Ela se casou afobadamente com Ryle, que logo começou a se comportar agressivamente. Quando cogita a separação, descobre que está grávida. Em É assim que acaba, Lily se reaproxima de Atlas, seu primeiro amor da infância.

Lily e Atlas se reencontram e, como já era de se esperar, o destino dos dois personagens não seria tão fácil. Devido ao ciúmes do ex-marido Ryle, Lily se sente numa encruzilhada, entre Ryle, Atlas e a filha Emerson. A personagem encontra dificuldades na possível reaproximação com Atlas, por medo do ex-marido fazer algo, além da falta de confiança em deixar a filha com o pai, sem saber se ele iria ou não machucá-la.

Diferentemente do primeiro livro, a sequência é protagonizada por Atlas, que teve uma descoberta surpreendente após ter seu restaurante vandalizado. O personagem precisou voltar atrás em algumas decisões e bater de frente com uma mulher que havia deixado no passado. No seu reencontro com Lily, Atlas surge mais maduro e confiante do que nunca.

Hoover autografando seus livros. (Foto: Instagram/Colleen Hoover)

No decorrer do livro, o leitor é surpreendido por muitos momentos apaixonantes e fofos. Atlas tem várias descobertas sobre Lily, como a tatuagem que ela fez na faculdade, as cartas em formato de diário que ela escrevia para sua ídola, a apresentadora Ellen Degeneres, a descoberta do nome do meio da filha Emerson e o esperado confronto com Ryle.

Assim como o primeiro livro, a sequência É assim que começa não decepciona. A leitura é muito envolvente, não apenas por ser uma continuação necessária e muito aguardada, mas também por causar muitas emoções, como aflição, raiva e muito amor. Recomendo, principalmente para as mulheres que passam pela mesma situação retratada no livro, para que possam ver que não estão sozinhas e podem dar a volta por cima para seguir em frente.

Livro: É assim que começa

Autora: Colleen Hoover

Editora: Galera Record

Páginas: 334

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A Beta Redação integra diferentes atividades acadêmicas do curso de Jornalismo da Unisinos em laboratórios práticos, divididos em cinco editorias. Sob a orientação de professores, os estudantes condutores e publicam aqui conteúdos jornalísticos de diversos gêneros.

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Written by Nadine Dilkin

Estudante de Jornalismo na Unisinos - Amo livros