CRÍTICA: Cuco Teatro Para Bebês é perspicaz, interativo e dinâmico

Em cartaz até 2 de outubro, peça para pequenos de 0 a 3 anos diverte e entretém de maneira coerente ao seu público-alvo

lucas proença
Redação Beta
2 min readSep 9, 2022

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Crianças e responsáveis interagem com a peça. (Foto: Lucas Proença/Beta Redação)

Sucesso radiante entre bebês de 0 a 3 anos de idade, o Cuco Teatro para Bebês também é capaz de cativar os pais. E eles que o digam: se não é tarefa fácil entreter um bebê, imagine então uma dúzia deles. Pois foi exatamente o que aconteceu durante os cerca de 30 minutos de duração do espetáculo.

Movimentos. Muitos movimentos aliados a roupas e objetos coloridos foram capazes de não apenas deixá-los atentos, mas também de provocar reações das mais fofas dos pequenos na plateia.

A linguagem dos bebês

A imersão acontece logo que chegamos na Casa de Cultura Mário Quintana. No primeiro momento, após entrarmos no elevador — repleto de pais e filhos, a maioria no colo e intrigados com o elevador panorâmico — a primeira parada é em uma sala com muitos artefatos estimulantes para a faixa-etária. Tanto adultos quanto bebês já começam a interagir com o local, os objetos e o espaço.

A interação dura até o momento em que o pedagogo Paulo Fochi aparece para passar instruções e dicas de como lidar com eventuais situações que possam acontecer em um teatro para bebês. Antes de iniciar a performance de fato, ele antecipa questionamentos que provavelmente possam vir à mente da maioria dos responsáveis.

Ao atravessar para a outra torre da Casa de Cultura, chega-se à sala do espetáculo. Então, é pedido para que todos tirem os calçados e sentem em almofadinhas com encostos, organizadas em formato de arena. Sem dar muito tempo para uma eventual afobação dos bebês, o elenco está a postos.

Trata-se da dupla Gabriel Martins e Eduardo D’Ávila, que vestem roupas brancas e meias coloridas. Eles sentam-se sob edredons e começam uma coreografia. Rapidamente surgem objetos de cena como bolinhas artesanais de tricô, tecidos esvoaçantes e coloridos, linguagens estimulantes e mudanças de figurino e cenário, incluindo a revelação multicor do lado de baixo dos edredons, que instiga os pequenos.

Depois de alguns minutos de performance, o elenco chama a plateia para o palco em um momento de diversão e interatividade bastante livre e sem script, capaz de tirar qualquer expressão enfadonha de quem acompanhava — se é que elas ainda existiam naquele momento.

Sucinto, perspicaz e coerente ao seu público-alvo, além de interativo e dinâmico, Cuco: A Linguagem dos Bebês no Teatro confirma o sucesso da montagem, que acena para novas temporadas.

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lucas proença
Redação Beta

contos autorais; textos jornalísticos; crônicas sobre futebol