A série WandaVision estreou em janeiro no Disney Plus, e retrata a história dos personagens Wanda e Visão. (Foto: Disney Plus/Divulgação)

CRÍTICA: Marvel Studios começa com o pé direito no Disney Plus

Além de expandir o Universo Marvel, a série WandaVision trata de temas relevantes, como o luto

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Após 23 filmes de sucesso, o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) apostou em uma série de nove episódios para o serviço de streaming do Disney Plus, baseada em dois personagens conhecidos das histórias em quadrinhos: o casal Wanda Maximoff e Visão.

A série é uma homenagem aos sitcons americanos do século XX, principalmente ao seriado “The Dick Van Dyke Show” (1961–1966), e usa a comédia como uma forma de expandir a história dos protagonistas iniciada no cinema.

Cada episódio da série representa uma década e faz referência a um seriado icônico do período, começando pelo ano de 1950 até 2000. Os capítulos apresentam os personagens com as características das décadas correspondentes. Impressiona é a fidelidade com que o cabelo e a maquiagem são representados, fazendo com que o espectador conheça e/ou relembre tempos passados.

Os fãs de sitcom com certeza se sentirão nostálgicos com as músicas compostas por Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez, que serviram para dar o tom de cada episódio de acordo com a série homenageada. Cada década retratou perfeitamente o estilo musical que lhe atribui, como no episódio dos anos 60, que trouxe o jazz, e anos 70 com o swing.

O tom da série foi evoluindo a cada semana, deixando de ser cômico, para abordar assuntos mais sérios e profundos, tais como o luto de Wanda, com a perda do seu amor, Visão, que apareceu primeiro no filme “Vingadores: Guerra Infinita” (2018). A protagonista passa pelos estágios do luto durante a série, fazendo com que o espectador se identifique com aquele momento.

A realidade alternativa criada por Wanda serve para experimentar como seria sua vida vivendo com Visão, se ele não tivesse morrido. Ao final do último episódio, uma das mensagens deixadas pela série é que existe uma vida além do luto, e que se deve seguir em frente.

Elizabeth Olsen (Wanda) e Paul Bethany (Visão) desenvolvem bem a interpretação de seus personagens durante os episódios. Especialmente a atriz, que consegue ser complexa e transparecer toda a dor de Wanda, algo que ela não teve tempo disponível para apresentar nos filmes do MCU.

A Marvel Studios começou com o pé direito em sua primeira série distribuída no Disney Plus, onde tratou de assuntos relevantes, além de expandir o conceito de narrativas episódicas em grandes sagas cinematográficas.

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