Do Céu à Terra: o universo diante dos olhos

Exposição composta por 67 meteoritos e impactitos que caíram na Terra pode ser visitada na Unisinos até 20 de dezembro

Lorenzo Panassolo
Redação Beta
3 min readSep 13, 2019

--

Exposição é aberta para o público em geral e está localizada na Unisinos São Leopoldo. (Foto: Lorenzo Panassolo/Beta Redação)

Você já parou para pensar sobre o quanto sabe a respeito tudo o que nos cerca no universo? Se a resposta for sim, você provavelmente se encantaria com o acervo de 67 amostras de corpos-celestesa da exposição Do Céu à Terra. Os visitantes recebem a oportunidade de ingressarem em um espaço de história, atentando-se com curiosidades e informações sobre meteoritos e impactitos, além de conhecer mais sobre a primeira visita do homem à Lua — que completou 50 anos em julho deste ano.

A mostra acontece no Museu da História Geológica do Rio Grande do Sul (MHGEO), está localizado na sala 104 do prédio C09 do Campus da Unisinos em São Leopoldo — juntamente com o Museu Itinerante de Ciências Naturais. A exposição também conta com uma série de palestras temáticas até dezembro.

O fundador do Museu Itinerante de Ciências Naturais e proprietário dos materiais da exposição, Rodrigo Guerra, que desde 2015 coleciona meteoritos e disponibilizou seu acervo para exposição. O intuito da iniciativa é oportunizar um ambiente de visualização e entendimento sobre diferentes fragmentos do universo que caíram na superfície da Terra.

Meteorito lunar que está disponível para visualização na exposição. (Foto: Lorenzo Panassolo/Beta Redação)

“Nós temos à disposição diversos itens no museu, como meteoritos do mundo inteiro, amostras de rocha de impacto — material que foi impactado por asteróides e que tornaram-se um novo objeto a partir da colisão. E quanto à raridade, temos um meteorito lunar, fragmento que veio para a Terra depois de acontecer um choque com asteróides na Lua. Também um de Marte, que chegou até nós devido à atração da Terra”, afirma Rodrigo

Experiência de quem visitou

Quando alguém entra no MHGEO para ver a exposição Do Céu à Terra, um alarme toca avisando que pessoas estão no local. Isso é intrigante se pensarmos que esse som poderia ser um aviso de que um meteorito está caindo perto de nós. Algo que na verdade não é tão raro.

Cada item da exposição possui sua história e curiosidade, sendo totalmente raro, delicado e único. Mas eles são apenas alguns dos 50 mil meteoritos já foram encontrados na Terra, segundo estimativa da NASA.

De acordo com a estudante Bruna Peixoto, graduanda em Ciências Biológicas na Unisinos, o que mais lhe chama atenção na exposição são os exemplares originais. Ela diz que não é necessário dominar o assunto para entender a importância do que está no local.

“O museu é bem organizado, com identificação ao longo dos materiais expostos, uma boa disposição das mesas onde estão os meteoritos. Achei criativa a parte onde o público assiste às palestras. Mesmo sendo pequeno, souberam aproveitar o espaço”, afirma Bruna.

Meteoritos e impactitos que caíram no Rio Grande do Sul e Brasil fazem parte da exposição. (Foto: Lorenzo Panassolo/ Beta Redação)

Mas foi um objeto específico que atraiu o estudante Pedro Hoffmann, também de Biologia na Unisinos e bolsista de iniciação científica no Laboratório de Ecologia e Conservação de Ecossistemas Aquáticos (LECEA). “Apesar de ter amostras incríveis de diferentes locais e até da Lua, o que mais me chamou a atenção foi a réplica da Apollo 11 em lego”, conta Pedro.

A exposição Do Céu à Terra pode ser visitada no MHGEO até 20 de dezembro. Está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h45. Para as palestras e visita de grupos, é preciso se inscrever previamente no site. A entrada é gratuita.

--

--