Eleitores manifestam suas posições políticas através das cores e simbologias

Leopoldenses vão às urnas no segundo turno das eleições representados pelo amarelo, verde e vermelho

Laura Rolim
Redação Beta
3 min readOct 30, 2022

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Além das cores, roupas de alguns eleitores tinham estampas com desenhos e frases alusivas às duas candidaturas (Foto: Laura Rolim/Beta Redação)

O Brasil vive hoje um dos momentos mais esperados e aguardados por eleitores de todo o país. É como se fosse uma final de Copa do Mundo. Mas, nesse caso, sem a diversão e a alegria que o futebol proporciona.

Isso porque o Brasil tem registrado casos de violência e intolerância política. Ainda assim, isso não foi motivo para amedrontar os votantes que foram às urnas neste 30 segundo turno das eleições presidenciais e para governador no Rio Grande do Sul. Os eleitores manifestaram o voto através das cores e simbologias, em verde, amarelo e vermelho.

Em São Leopoldo, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Otília Carvalho Rieth, onde a Beta Redação esteve por cerca de uma hora, leopoldenses decidiram ir à urna vestindo as cores dos seus votos.

Caminhando em direção à entrada da escola, Daniel Adams Boeira, 57 anos, diretor de uma escola da cidade, estampava o rosto do ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) numa camiseta vermelha com a escrita: “Lula vale a luta”.

Adams, que vota desde 1986, disse se sentir muito orgulhoso e corajoso, além de não sentir medo nenhum. “Estou muito tranquilo e com bastante esperança. Vamos recuperar a democracia para todo o cidadão poder votar com liberdade”, assegura. Nas palavras dele, o conflito político tem que acabar.

“Não podemos reprimir a expressão política das pessoas, e temos que respeitar o resultado das urnas”.

Daniel Adams Boeira vota desde os 21 anos (Foto: Laura Rolim/Beta Redação)

Já Elis Blanck, 44 anos, também moradora de São Leopoldo, chamou a atenção por vestir uma camisa verde com adesivos, carregar uma bandeira do Brasil nas mãos e estar com a filha pequena, também vestida com uma camiseta do Brasil e uma tiara com a cor verde e amarela.

Manifestar o voto para ela significa ter a própria liberdade e o amor pela família. “Fazia muito tempo que não tínhamos amor pela pátria, e ele (Jair Bolsonaro) conseguiu trazer isso de volta”, afirma. Ela revela não ter conseguido dormir há duas noites seguidas. “Estou sofrendo. Muita ansiedade. Só aguardar e torcer agora”, finaliza.

Elis Blanck manifestado o voto ao lado da filha (Foto: Laura Rolim/Beta Redação)

Logo depois de ir à urna, Pedro Caetano saía sorridente da escola vestindo uma camiseta vermelha com o rosto do candidato Lula (PT). Ele afirma que não se sente intimidado.

“Bem capaz que esses caras vão colocar medo em alguém. A democracia em primeiro lugar”. Para ele, votar em Lula significa ter a própria voz e opinião. “Temos que parar com esse negócio de ódio”, desabafa.

Depois de algum tempo de movimentação no entorno da escola, um senhor do outro lado da rua vestia uma camiseta amarela estampada e uma bandeira do Brasil em volta das costas. Antônio Fortes, 75 anos, disse ser brasileiro, acima de tudo.

“Sou patriota, sou família. Não tenho medo, tenho confiança”. Durante a entrevista, ele se emocionou ao mencionar os netos. “Eu nem precisaria estar votando, pois tenho 75 anos, mas voto pelos meus netos, eu me preocupo com as minhas crianças”, declara.

Antônio Fortes representando o voto através das cores e adesivos (Foto: Laura Rolim/Beta Redação)

E foi assim que os leopoldenses viveram esse dia de segundo turno da eleição.

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