Energia solar cresce no Brasil e abre portas para novos empreendedores
Franquia de energia solar oferece investimento a partir de R$ 12 mil reais em modo de home office e retorno do valor em até oito meses
No ano de 2022, o Brasil atingiu a marca de um milhão de consumidores de energia solar. Com a escassez hídrica ocorrendo no país desde o final de 2021 e o aumento da tarifa de luz causada pelo acionamento das termelétricas, muitos brasileiros optaram por investir em painéis solares. Com isso, este se torna um bom momento para quem deseja empreender no ramo da energia fotovoltaica. Em São Paulo, por exemplo, a aquisição de painéis fotovoltaicos, no ano de 2021, chegou a triplicar, mostrando uma crescente no mercado, que se confirma pelos dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica — CCEE responsável pela produção e comercialização da energia elétrica no país, que mostra um aumento de 60,9% na geração deste tipo de energia, em janeiro de 2022.
Ainda, de acordo com a franquia Solar Primer, que atua nas regiões: Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com maior foco na região sudeste e sul do Brasil. Somente em 2020 o setor de energia solar de geração distribuída cresceu 113%, passando de 180 mil para 386 mil unidades consumidoras, movimentando cerca de R$ 30 milhões, afirma a Solar Primer. “Segundo estimativas do governo, a tendência é que este mercado movimente R$ 100 bilhões até 2030”, afirma a empresa.
Fabrício de Ávila, gestor comercial da empresa Energy Infinty, do município de Bom Principio (RS) deixa claro que é bastante relativo o tempo de retorno incial de um empreendedor da área fotovoltaica. “Mas diria que, para ter lucro sobre o investimento, precisaria algo em torno de 6 meses”, afirma.
“Qualquer pessoa pode abrir uma empresa de energia solar, basta manter uma equipe completa para ter fluxo e os pré-requisitos que seriam: engenharia, técnicos de instalação, registros pertinentes, equipe comercial e pós vendas”, de acordo com Fabrício.
O gestor ainda explica que cada projeto e instalação demanda tempo, materiais e valores distintos, por levarem em conta as necessidades do cliente. “Elaboração de projeto, instalação de base, inversores, cabeamento e depois os painéis. Os gastos são relativos, vão depender da geração que o cliente irá necessitar”, comenta Fabrício.
Em média da instalação leva em torno de sete a quinze dias dependendo do local, por exemplo, Olavo Mello que implantou o sistema de energia solar em sua residência relata que levou por volta de sete dias a instalação, “para ligar o sistema com distribuidora pública de energia, a CPFL em Sapucaia do Sul tive que aguardar mais alguns dias, para aprovação final. E deu tudo certo. O gasto foi por volta de 20 mil reais”.
Algumas empresas oferecem o modelo de franquias para quem quer começar a empreender com energia solar, como a HCC, empresa de energia solar que começou no mercado em 2015, atua na região Sul, Sudeste e Centro-Oeste dopaís. Em um de seus modelos de negócio a franqueadora afirma que é possível recuperar o valor investido em 8 meses, faturando mais de R$ 300 mil em um ano, no modelo home office que começa a partir de R$12 mil reais e leva em torno de oito meses para obter retorno.
No modelo de negócio pocket focado para abertura de escritórios, coworkings e afins, o investimento começa a partir de R$ 17 mil reais, com o retorno de investimento de treze meses, e o faturamento estimado do primeiro no primeiro ano é de R$ 652.500,00 reais.
O modelo de loja semelhante a franquia da HCC tem o investimento inicial de R$ 22 mil reais, com o faturamento estimado no seu primeiro ano por volta de R$ 927.500,00 reais. O retorno deste investimento leva em torno de onze meses.
Vantagem para quem empreende e para quem investe
Questionado sobre qual é o benefício, na visão dele, de se investir em energia solar, Fabrício afirma: “Energia limpa, não polui e é totalmente renovável. Traz uma economia para o usuário de até 90% na conta de energia elétrica, permite que você desfrute de ar-condicionado e outros aparelhos de conforto com maior habitualidade em função de produzir sua própria energia e não prejudica o meio ambiente”.
A durabilidade dos painéis fotovoltaicos é de, em média, 25 anos, de acordo com o professor da USP, Pedro Côrtes, e a estimativa d retorno do valor investido pelo cliente em placas solares é de cerca de cinco anos. Ainda, a energia solar não libera CO² — um dos gases causadores do efeito estufa — durante sua geração.
Para a Associação Brasileira de Energia Solar, a Absolar, a eliminação de CO² é um dos números mais importantes a se considerar, de acordo com a associação, os painéis fotovoltaicos já evitaram a emissão de 18 milhões de toneladas do gás pela geração de eletricidade apenas em 2020. “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o país recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades e novos empregos”, afirma Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.