OPINIÃO: Falta ambição no Beira-Rio
A derrota por 2 a 0 no clássico Gre-Nal do último domingo, 3, serviu para escancarar (ainda mais) a falta de ambição do Sport Club Internacional. Mesmo com jogadores experientes e qualificados no plantel, o colorado parece não ter vontade de vencer. Nem contra o maior rival, em confronto direto por uma vaga na próxima Libertadores, a equipe muda a postura dentro de campo.
Evidente que a perda do título da Copa do Brasil, em setembro, deu um baque nos atletas e na torcida. Mas o time precisa reagir. De lá para cá, o Inter venceu apenas três partidas (sendo duas contra os dois piores times do Brasileirão). Do outro lado, o rival, que sofreu uma goleada na semifinal da Libertadores, demonstrou reação rápida e venceu — com autoridade — seus três jogos seguintes.
O placar poderia ter sido muito mais amplo na Arena. O Inter, do técnico Zé Ricardo, não finalizou em direção ao gol nenhuma vez. Principal contratação da atual gestão, Paolo Guerrero, mais uma vez, ficou isolado na frente. Titulares no clássico, Uendel e Guilherme Parede não têm a menor condição de fardar no Inter. A insistência dos treinadores e da direção em alguns jogadores coloca a torcida contra o próprio clube.
O Inter segue na zona de classificação para a Libertadores de 2020. Ainda restam oito rodadas, mas se continuar jogando sem ambição, tanto fora, quanto em casa, o clube não vai disputar a principal competição continental no próximo ano.
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