Festividades de fim de ano exigem precauções contra a Covid-19
Aglomeração é um dos fatores mais preocupantes com relação à transmissão do novo coronavírus
Alguns países já estão vivenciando a segunda onda da pandemia causada pelo coronavírus. No Brasil, a primeira onda apresenta um declínio na média de mortes por Covid-19, mas a proximidade das festas de fim de ano faz aumentar a preocupação com o avanço da pandemia e a possível sobrecarga do sistema de saúde.
Segundo a médica infectologista Fernanda Varela, há o temor de um risco real do aumento de casos em função das datas comemorativas, já que o costume do brasileiro é se reunir com a família e os amigos, tirar férias, fazer passeios e ter encontros em bares e restaurantes nesse período.
Diante disso, Fernanda alerta que o convívio social acaba aumentando o risco de transmissão de doenças infectocontagiosas por via respiratória e de contato, sendo que entre elas está a Covid-19.
Mantendo a postura
A infectologista Fernanda Varela orienta que é necessário seguir com o isolamento social sempre que possível, fazendo reuniões e encontros virtuais e priorizando comemorações com aqueles com quem se compartilha o mesmo local de moradia diariamente.
“Caso vá encontrar pessoas com as quais não mora, sempre mantenha o uso de máscara, higiene de mãos e distanciamento, mesmo que em ambiente externo, além do cumprimento oriental sem toque, sem beijos, abraços ou aperto de mãos”, salienta a infectologista.
Para Fernanda, o cenário que poderá se estabelecer exige preocupação em relação à sobrecarga do sistema de saúde. “Qualquer aumento no número de casos pode, sim, sobrecarregar o sistema de saúde e diminuir a disponibilidade de leitos. Temos que manter todas as regras de isolamento, distanciamento, higiene e uso de máscaras”, acrescenta.
De olho nos sintomas
Segundo o médico Rodrigo Lima, a aglomeração de pessoas sintomáticas torna a situação ainda mais preocupante. Sintomas como tosse e espirro, por exemplo, podem indicar a incidência do novo coronavírus. O convívio e a interação com pessoas com esses sintomas representam um risco sério para a transmissão do vírus.
“É importante manter os ambientes bem ventilados e as pessoas precisam manter distanciamento entre si, quando não é possível evitar a aglomeração”, salienta o médico.
O vírus não tira férias
Segundo a biomédica Mônica Alves, é importante lembrar que o vírus continua existindo e é necessário compreender que a aglomeração é prejudicial, não importando a ocasião.
Para Mônica, a convivência com familiares e a própria intimidade que existe entre parentes e amigos é um fator agravante no caso das festividades do final de ano. “É muito difícil manter a distância adequada e o uso da máscara, senão impossível para alguns, já que há uma tentação muito forte para ocorrência da aproximação”, explica.