IAB abre quatro exposições na Galeria Espaço
Esculturas, fotografias, bonecos e obras de materiais recicláveis compõem mostras que vão até 9 de setembro
O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/RS) abriu as portas para quatro exposições, que integram o segundo ciclo de artes visuais da Galeria Espaço IAB em 2019. As obras estão em exibição desde o dia 8 de agosto em Porto Alegre, na sede do instituto (Rua General Canabarro, 363, Centro), e permanecem até 9 de setembro. As exposições são de diversos arquitetos, divididos em quatro temas: 25° Pequeno Bronze da AEERGS; Brincar é coisa séria; Terragrita e Cartas Patrimoniais. Conheça, a seguir, cada uma das mostras.
“25° Pequeno Bronze da AEERGS”
Conforme o presidente da Associação dos Escultores do RS (AEERGS), Lucas Strey, é uma exposição de esculturas que teve as primeiras realizações na Divisão de Cultura da Secretaria de Educação de Porto Alegre. A 25ª edição conta com 27 participações de artistas, apresentando um mosaico diversificado na produção do bronze, com detalhes em pequenos formatos. Porém, com liberdade para utilização de outros materiais. Além disso, a mostra Pequeno Bronze visa homenagear o centenário de nascimento do escultor Xico Stockinger.
“A exposição é uma coletiva tradicional dos escultores, onde buscamos reunir 20 ou 30 propostas no uso do trabalho do bronze. Além da homenagem ao Stockinger, a exposição está homenageando os artistas Guma e Vasco Prado”, explica Strey.
“Brincar é coisa séria”
Toda criança se diverte, dá risadas, mas nada melhor que um brinquedo ou o uso de bonecos de diversos tipos. Por isso, os artistas Cláu Paranhos e Leandro Selister criaram os “bonecos emocionais”, que convidam a criança à introspecção. Mesmo sendo costurados de uma forma não contínua, ou seja, desordenada, a ideia é passar uma ancestralidade e sustentabilidade a partir de uma cultura contemporânea.
O nome das obras é justamente o foco da relação da criança com o brinquedo, momento em que, segundo os artistas, ela tem contato com algo do mundo e que é fundamental para o bom desenvolvimento — por isso, “brincar é coisa séria”.
“Terragrita”
O artista Paulo Corrêa, 54 anos, traz uma mensagem de “socorro” da terra, ou seja, um grito que o planeta faz sobre a poluição. Corrêa, que também é arquiteto, utiliza em sua obra papelão e madeiras, onde representa cortes profundos na carne e os traços afro. Por isso, introduz uma dor da terra que grita em rios e em campos com a poluição.
“A minha obra é 100% com materiais recicláveis, ou seja, o uso de cordas, pregos velhos e caixinhas. O nome da obra é justamente por causa da poluição que o homem faz com o planeta. A Terragrita pede socorro e pede ‘já chega’! Eu faço com a ferramenta de estilete uns traços fortes no papelão, informando o socorro e o pedido da terra. Um artista que me inspira é Jean Basquiat”, declara Corrêa.
“Cartas Patrimoniais”
Preservação, memória e valorização cultural são os objetivos do trabalho de Renata Galbinskih, que estampa prédios históricos com pintura e fotografia. Conforme a artista, as fotografias são de janelas, portas e fachadas, que recebem a sobreposição de camadas de tinta veladas. Além disso, são inseridas letras e números como referência às “cartas patrimoniais”, documentos que registram as características arquitetônicas históricas.
Serviço
O quê: exposições na Galeria Espaço.
Onde: IAB RS (Rua General Canabarro, 363, Centro de Porto Alegre).
Quando: até 9 de setembro.
Quanto: entrada gratuita.