Um líder nato

Maicon de Lima Padilha (1991–2020)

Luã Fontoura
Redação Beta
2 min readDec 14, 2021

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Maicon (à direita, de preto), orienta Kauê (de verde), durante competição. (Foto: Kauê Gidel/Arquivo Pessoal)

“Coloque-se no lugar do outro, sempre. Isso mudará seu jeito de ver o mundo e lembre-se: as melhores coisas da vida não são as coisas.”

Era com essa frase que Maicon, o Padilha, como era mais conhecido, propunha uma solução para os problemas. Não importa aonde fosse, nos churrascos, nas peladas organizadas com os amigos, nos aniversários, ele sempre trazia luz e alto astral para o ambiente.

Sempre muito comunicativo, foi soldado no ano de 2010, servindo no batalhão de comunicações, em Porto Alegre, onde seu número era 953. Já tinha na época uma paixão pela oratória, era muito querido e todos gostavam de ouvi-lo. O que, com o passar do tempo, o tornou um líder.

Um líder na vida, não apenas na dele, mas na vida de muitos. Tinha um coração enorme, era um amigo único e especial, para citar algumas de suas maiores qualidades. Sempre que possível ajudava seus amigos e familiares, não importando o que estivesse sentindo.

Provocava sorrisos facilmente, fazia parte de muitos ciclos de amizades e tinha facilidade de agregar pessoas ao seu redor: “um homem a frente do seu tempo”, diziam os amigos.

Autônomo, reiterava que dinheiro era apenas consequência dos esforços, e o que importava de verdade era o amor, sentimento nutrido pelos amigos e familiares.

Segundo o amigo Kauê Gidel, Maicon era um homem de muita fé, religioso e e tinha um coração enorme, não tinha inimigos, sempre ajudava as pessoas. Ajuda que durante a pandemia foi capaz de alimentar e aquecer familiares e necessitados. já que Maicon arrecadou alimentos e cobertores, pedindo qualquer colaboração que pudesse ajudar ao próximo.

Maicon de Lima Padilha nasceu e morreu em Porto Alegre, aos 30 anos, vítima do novo coronavírus.

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