Investimentos financeiros: Uma forma de complemento para a renda mensal

Brasileiros investiram cerca de R$ 5 trilhões em 2022, sendo um aumento de 11,7% dos R$ 4,5 trilhões registrados em 2021.

Arthur Mombach Schneider
Redação Beta
5 min readJun 29, 2023

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Dados da bolsa de valores (Foto: AhmadArdity — Pixabay)

Atualmente é muito comum as pessoas investirem o seu dinheiro para adquirem bens e pensar no futuro. Existem muitos meios para se realizar investimentos, como em fundos imobiliários e a bolsa de valores. Contudo, o grande problema, muitas vezes, é a falta de conhecimento sobre o mercado financeiro. Muitas pessoas acreditam que é necessário ter muito dinheiro para conseguir investir. Porém, não é bem assim: hoje já existem algumas formas de se realizar aplicações financeiras com pouco dinheiro.

Primeiramente, ao começar a fazer investimentos é importante entender qual perfil de investidor que a pessoa tem. É possível identificar o perfil por meio de questionários na internet. “Você pode facilmente encontrar na internet, questionários de API (análise de perfil do investidor) que são perguntas que irão nortear sobre: experiência com os produtos financeiros, pretensão de prazo de investimento, situações de risco que corremos”, explica Arthur Feiten, o SDR (Sales Development Representative) da Avél Investimentos.

“Dessa forma, é possível entender se a pessoa está iniciando na área, se tem necessidade de curto, médio ou longo prazo do recurso aplicado e se ela tem estômago para o risco de determinados produtos”, ressalta Arthur.

Entretanto, antes disso, é importante consolidar uma reserva de emergência, considerando os gastos mensais. É recomendado reservar o valor de 6 meses em uma aplicação de liquidez imediata (que pode ser resgatada a qualquer momento). Apenas depois disso é recomendado realizar investimentos em outras classes de ativos, sempre prezando pelo longo prazo e diversificação dos investimentos, assim evitamos perdas e buscamos um melhor resultado.

Existem muitas formas de se realizar investimentos no Brasil. Dentre as mais comuns é investir em renda fixa e fundos imobiliários, outra forma que acaba valendo a pena é realizar a aplicação por meio de corretoras financeiras. Porém, depende sempre do perfil de investidor no qual a pessoa se enquadra.

“Em uma corretora, você vai encontrar uma ampla gama de produtos financeiros, sem ter um ciclo fechado a ativos da própria instituição, dessa forma, facilitamos a procura de investimentos e abrimos novas portas a diversificação e consolidação da carteira, concentrando em um só lugar”, comenta Arthur.

Para iniciar, vale a pena buscar corretoras que não cobram taxas e em contrapartida oferecem somente a plataforma, como é o caso da Clear, Rico e Modal Mais. Já pessoas que possuem um patrimônio elevado e não tem tempo de acompanhar o mercado financeiro, ou até mesmo não possui conhecimento suficiente, corretoras como a XP Investimentos, proporcionam um acompanhamento de profissionais para auxiliar, trazendo uma gestão especializada sobre os valores aplicados.

Arthur também indica o melhor caminho para quem pretende começar a fazer investimentos com seu salário: “Sempre tenha a reserva de emergência consolidada e a enxergue como de fato um capital para emergências. Destine todo mês uma parcela de seu salário para investimentos, seguindo sempre a lógica de investir como se fosse uma dívida a ser paga. Só depois disso, destine o capital para o lazer. Dessa forma, estamos pensando em nosso futuro e não em um prazer imediato”, explica.

Investimentos possuem seus riscos, devido a variação constante do mercado financeiro(Foto: 3844328 — Pixabay)

O objetivo de se investir muitas vezes começa com a ideia de gerar uma renda extra, ou então guardar um dinheiro para quando chegar a aposentadoria. Esse é o caso de Vinicius Blume, que trabalha na área de suporte da SAP e investe parte de seu salário pensando no seu futuro. Todos os meses ele deposita uma parte de seus ganhos naquilo que acredita estar com as melhores oportunidades entre as opções de ativos de Fundos Imobiliários, Ações e Renda Fixa.

A partir de seus investimentos, Vinicius consegue encontrar um equilíbrios entre aproveitar a vida e cultivar um futuro melhor (Foto: Arquivo Pessoal/Vinicius Blume)

“Não acredito que conseguirei me aposentar utilizando o INSS, penso que talvez até lá alguma mudança aconteça que reduza os valores da aposentadoria ou acabe de vez. Por conta disso, decidi investir com pensamento em longo prazo”, comenta Vinicius.

Kamilly acredita ser importante começar a investir o mais cedo possível, para que assim seja possível alcançar seus objetivos o quanto antes (Foto: Arquivo Pessoal/Kamilly Andrade)

Já para Kamilly Andrade é diferente. Ela investe parte de seu salário para conquistar seus objetivos de vida. “Eu comecei a investir pois foi um jeito de conseguir alcançar meus objetivos pessoais e começar me organizar financeiramente” comenta. A vendedora investe seu salário apenas em corretoras, como a XP e Rico, onde aplica em Renda Fixa e Fundos Imobiliários, dessa forma ela acaba tendo mais segurança e rentabilidade no dinheiro aplicado.

Tanto Vinícius quanto Kamilly, acreditam também ser importante realizar um estudo sobre investimentos para que assim, seja possível entender os riscos, as movimentações do mercado financeiro.

Investimentos com pouco dinheiro

Investimento é uma alternativa para se garantir uma estabilidade financeira (Foto: Nattanan23 — Pixabay)

Para muitas pessoas o problema de investir, principalmente quando é parte de seu salário, é o medo de ficar sem dinheiro ou ter que se investir altos valores. Mas apesar disso, existem formas de se fazer aplicações com pouco dinheiro.

“Hoje existem CDB’s (Certificado de Depósito Bancário) de liquidez diária (Título de Renda Fixa) que não há mínimo para investir. Há o Tesouro Direto (títulos do governo) que permite realizar uma aplicação a partir de R$ 30. Se olharmos para uma aplicação um pouco mais arrojada, como ações, podemos encontrar empresas com cotas negociadas abaixo de R$ 10”, explica Arthur.

Para finalizar, o corretor financeiro ressalta “O investimento é para gerar acúmulo e evolução patrimonial, não se deve acumular primeiro para depois investir, mas sim fazer o exato contrário, investir para acumular”.

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