“Não posso ter a pauta fiscal como a razão de um governo”, diz Ranolfo Vieira Júnior

Protagonista do segundo episódio da série Futuro do Rio Grande, pré-candidato do PTB ao Governo do Estado critica prioridades da gestão Sartori

Beta Redação
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3 min readNov 16, 2017

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Por Leonardo Ozório, Bolívar Gomes, Eric Machado, Thiago Greco e Henrique Bergmann

Ranolfo Vieira Júnior, 51 anos, foi anunciado ao final de julho pelo PTB como pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul para as eleições do próximo ano. Delegado há 19 anos, chefe de Polícia do Estado durante a gestão de Tarso Genro e com apenas uma eleição disputada na recente carreira política, aparece como único representante do partido na disputa do Piratini.

Para o Delegado Ranolfo — como é popularmente conhecido — , chegou o momento do partido ter protagonismo político na corrida pelo Executivo.

“Depois do período da redemocratização, é o único grande partido que ainda não governou diretamente o Estado. Entendemos que já temos o conhecimento suficiente para assumir o Estado do Rio Grande do Sul”, disse.

Na sequência, ele explica o motivo da escolha do partido por seu nome para que consiga alcançar o protagonismo desejado. “Pela experiência pública que tenho, específica na área de segurança, e também pela atividade docente desenvolvida como professor universitário, a soma de tudo isso fez com que o PTB optasse por mim”, justifica.

Confira a entrevista completa

Questionado sobre seu trabalho como secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania de Canoas, cargo que assumiu no início deste ano a partir da gestão do prefeito Luiz Carlos Busato, Ranolfo mostrou-se satisfeito com os resultados obtidos até então.

“A população canoense voltou a ver polícia na rua, efetivamente. Devolveu, de certa forma, a sensação de segurança à sociedade”, afirmou.

Quanto aos projetos para o Rio Grande do Sul relacionados à segurança pública, acredita que muito daqueles implantados em menos de um ano à frente de Canoas podem ser aproveitáveis.

Sobre a crise financeira estadual, contesta a solução encontrada pela atual gestão, alegando que a dívida com a União está quitada. “Sem dúvidas o tema (crise financeira) é importante, só que eu não posso ter a pauta fiscal como a razão de existir de um governo.”

“Por exemplo, eu não posso admitir que o governo, às 6 horas da tarde, anuncie que no dia seguinte pague R$ 200 para cada servidor público, sem dizer quando vai terminar esse pagamento”, finaliza.

Trajetória política

Ranolfo Vieira Júnior nasceu em Esteio, em 1966. É filho de Ranolfo Vieira e Célia Lucas Vieira. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), é pós-graduado no curso superior de Formação de Delegados de Polícia pela Academia da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul (Acadepol).

Realizou curso de extensão universitária em Competências Essenciais ao Desenvolvimento da Investigação Criminal na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e de Mediação em Situação de Crise pela Acadepol.

Antes de ser chefe da Polícia Civil no governo Tarso Genro por quatro anos, o pré-candidato foi diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) durante seis anos. Atuou ainda como delegado em Rio Grande, na Delegacia Regional do Vale dos Sinos, no Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcotráfico (Denarc) e na Delegacia Especializada de Furto, Roubos e Capturas (Defrec), em Canoas.

Em 2014, concorreu a deputado estadual, oportunidade em que conquistou 27.336 votos e a suplência pelo PTB.

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A Beta Redação integra diferentes atividades acadêmicas do curso de Jornalismo da Unisinos em laboratórios práticos, divididos em cinco editorias.