Escolas da Região Metropolitana já registraram 170 arrombamentos em 2019

Porto Alegre, São Leopoldo e Novo Hamburgo totalizam mais da metade de todos os casos registrados na Região Metropolitana

André Martins
Redação Beta
3 min readNov 13, 2019

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Foto: (Reprodução/Pxhere)

Segundo dados da Assessoria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, as escolas da região metropolitana registraram 170 arrombamentos desde janeiro. Porto Alegre, Novo Hamburgo e São Leopoldo possuem os maiores índices, contabilizando 44, 28 e 20 casos, respectivamente.

Ao analisar os dados é possível identificar que Novo Hamburgo e São Leopoldo possuem números peculiares quando observados em conjunto. A capital do calçado registrou o maior número de furtos a escolas em janeiro, totalizando dez casos, enquanto São Leopoldo não registrou nenhum caso no mesmo período. Porém, em junho a cidade leopoldense registrou seu maior índice, com seis ocorrências, enquanto que Novo Hamburgo não registrou nenhum caso no período.

Porto Alegre é a única cidade em que as ocorrências de arrombamentos ocorreram ao longo de todo o ano, contabilizando, em média, 4,8 casos por mês. Já Novo Hamburgo manteve uma média de 3,5 furtos por mês, seguido por São Leopoldo, com 2,8 casos.

Juntas, as três cidades totalizam 54% dos casos registados na Região Metropolitana, composta por 34 cidades. Araricá, Capela de Santana, Charqueadas, Dois Irmãos, Glorinha, Nova Hartz, Portão e Triunfo não tiveram nenhum caso de arrombamento em escolas em 2019.

Os casos de arrombamentos a escolas, na Região Metropolitana, ocorreram principalmente no período de férias. Somente em janeiro, 35 casos foram notificados. Fevereiro e março, por sua vez, registraram 20 casos cada. Após a volta às aulas os números diminuíram, voltando a aumentar após as férias de inverno, em agosto, quando ocorreram 22 casos na região.

As escolas

A escola Harry Roth, localizada no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, sofreu, em julho e agosto, cinco invasões. Foram levados computadores e materiais básicos, o que fez a prefeitura investir 5 mil reais em segurança no local.

A diretora Carla Allgayer disse que a escola não teria verba para garantir a segurança adequada. “Não podemos tirar dinheiro da nossa verba para as crianças e gastar em câmeras e alarmes, mas prefeitura fez o certo e nos ajudou com esse suporte”, explica.

Mesmo não registrando casos de arrombamento no último ano, a escola Otilia Rieth, de São Leopoldo, mantém o sistema de controle de quem entra e sai, bem como câmeras e sistema de ronda noturna. A segurança é ponto importante na opinião da diretora Cláudia Silveira. “Precisamos manter a segurança da escola para que possamos proteger os materiais dos alunos e, infelizmente, precisamos nos manter sempre atentos aqui em São Leopoldo”, declarou.

Dados de arrombamentos a escolas na Região Metropolitana (Fonte: SSP)

Novo Hamburgo e São Leopoldo

Questionados sobre a segurança de Novo Hamburgo, a Assessoria da Prefeitura afirmou que a Guarda Municipal possui agentes fixos em sete escolas da rede municipal (localizadas em zonas de maior vulnerabilidade ou selecionadas por meio de demanda específica) e realiza a patrulha escolar em todas as unidades. “Há, também, convênio com uma empresa terceirizada para monitoramento por câmeras e tele alarme, com acionamento da GM em caso de necessidade”, complementou.

Em outubro, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, anunciou um pacote de medidas para cessar com os casos de vandalismo na cidade. Uma das medidas prevê a instalação de alarmes em todos os patrimônios públicos e o aumento de câmeras de vigilância em pontos estratégicos.

Alerta para os pais

Diretora da escola Harry Roth, Carla explica que os pais precisam ficar atentos às notícias de arrombamento na escola, pois os materiais furtados acabam faltando para os alunos, então os pais precisam ajudar e estar cientes desses problemas. “Quando gastamos da verba da escola com segurança precisamos tirar de verba de livros, materiais didáticos e afins”, completa.

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