Nos acréscimos, Brasil derrota a Costa Rica e triunfa pela primeira vez na Copa da Rússia

Gols da partida saíram dos pés de Philippe Coutinho, aos 46 da segunda etapa, e de Neymar, aos 53

Victor Dias Thiesen
Redação Beta
3 min readJun 22, 2018

--

Philippe Coutinho comemora o primeiro gol da partida. Alívio e festa para a Seleção Brasileira. (Foto: Reprodução do site da FIFA/Getty Images)

Reza a lenda que tudo aquilo que vem do suor é mais gostoso. Foi nesse embalo que a Seleção Brasileira conquistou, na manhã desta sexta-feira (22/6), em São Petersburgo, a sua primeira vitória na Copa do Mundo de 2018.

O triunfo, diante de uma Costa Rica retrancada e até então satisfeita com um empate, surgiu aos 46 do segundo tempo, após bola alçada na esquerda. Da cabeçada de Firmino à ajeitada de Gabriel Jesus, a redonda parou nos pés de Philippe Coutinho, que balançou as redes. Neymar, após bela jogada de Douglas Costa, fechou o placar. Com isso, o Brasil chegou a quatro pontos no Grupo E.

Um primeiro tempo nada fácil…

Até os 25 minutos de jogo, o que se via na Seleção Brasileira era uma atuação apática, neutralizada por não saber o que fazer. Parecendo sentir o peso da estreia que levou ao empate contra a Suíça, no último domingo, o lado direito foi pouco harmonioso. Todas as jogadas se passavam pela esquerda, com Marcelo, Neymar e Coutinho.

Não havia problema para a brava Costa Rica se fechar por esse lado e impedir qualquer tipo de avanço do Brasil. A não ser quando Marcelo ou Casemiro viravam uma bola longa para Willian. Quando isso aconteceu, ao menos algumas vezes, os times se espalhavam pelo campo e abria espaço para uma tentativa de jogada individual entre os jogadores.

Fagner, semelhantemente a Danilo no último jogo, apoiou pouco e teve atuação apagada. Tite optou pelo lateral que foi de confiança na época de Corinthians e que, apesar de o retorno não ser lá o esperado, deu bom suporte defensivo. Até a metade do primeiro tempo, a Costa Rica chegou a dominar muitas vezes a posse de bola e, inclusive, determinar o ritmo de jogo.

Ritmo frenético na última etapa

No segundo tempo, ao voltar com Douglas Costa no lugar de Willian, o Brasil foi outro time em campo. As possibilidades de jogadas aumentaram com o ponta-direita aparecendo consistentemente à frente nos primeiros minutos. Tendo mais um front de ataque brasileiro, a seleção costarriquenha abria espaços do outro lado do campo, onde estavam Marcelo, Coutinho e Neymar.

Nos minutos finais, a Costa Rica se mantinha intacta, errava pouco e investia nos contra-ataques, que foram neutralizados pela defesa brasileira. Contudo, nosso sistema defensivo ainda não enfrentou nenhuma seleção com um ataque proeminente. O gol sofrido contra a Suíça no último domingo foi de bola parada, o que é um mau sinal para o próximo jogo contra a Sérvia, cuja média de altura é 1,84m.

Ao final da partida, algum torcedor poderia dizer que poderia ter visto somente os acréscimos: Coutinho marcou aos 46’ e Neymar aos 53’. Outros argumentariam que se não for para sofrer um pouquinho não vale a pena. Os dois concordariam, certamente, que a Seleção já não tem tanta facilidade para sair vitoriosa sobre equipes com menos tradição no futebol. Suíça e Costa Rica merecem o destaque de tantas outras seleções desta Copa que não se acovardam frente a times tradicionais. A camisa pesa mais para quem: para o adversário ou para quem veste?

Em tempo: vale chorar na fase de grupo, como fez Neymar ao fim do jogo?

Em tempo (2): 10 jogadores brasileiros valem sozinhos mais do que todos os atletas da Seleção da Costa Rica.

A Seleção Brasileira volta a campo na próxima quarta-feira (27/6), às 15h, em Spartak, contra a Sérvia, quando terá que confirmar a classificação.

--

--